Juízo Final Parte-1 UP

23-10-2022

Tudo começou com o aparecimento de um parasita em África. Para o conter, oficiais experientes em combate dos mais variados ramos se uniram. Algum tempo passou desde então. O mundo evoluiu e novas ameaças surgiram. É responsabilidade deles conter e descobrir o que assombra o seu mundo.

Género: Ação, Drama

Desde que se lembra ele sempre esteve sozinho.
Viveu sozinho.
Comeu sozinho.
Dormiu sozinho numa casa que não estava vazia. 
Era um perfeito solitário.
E o mais difícil de acreditar é que ele o fez por vontade própria.
Porque a vida ensinou-o que magoava com quem quer que entrasse em contacto.
Não importava a situação isso sempre acontecia.
Sem exceção...
Por isso ele decidiu mudar.
Não esperou que o mundo mudasse por ele.
Isolou-se na sua casa o máximo possível.
Apenas acompanhado do seu filho e mulher com quem fazia questão de não falar muito.
Mesmo no trabalho tentava evitar criar laço com aqueles que os rodeavam para os proteger de si.
Mas...
...agora que se encontra nesta nova situação ele repensa nos seus atos.
Não sabe se é do silêncio, porém ele começa a refletir neste assunto novamente.
Pode ser uma especulação, contudo o mundo está tão diferente que o faz acreditar.
Fá-lo pelo menos ponderar se os estava mesmo a proteger de si próprio.
Ele começa a pensar que...
...na verdade...

Ele sempre os esteve a proteger deste mundo.


 

A manhã em África está quente como sempre. Ninguém na sua boa cabeça quereria caçar com este calor, mas Momu não teve escolha. O seu irmão lá o convenceu outra vez e os dois pegaram nas espingardas e decidiram ir buscar o almoço para o resto da aldeia.
Até porque já sabiam que caso não o fizessem, seriam punidos por Makeda mais uma vez ou...
...quem sabe...

...talvez fosse Chidimma a repreendê-los.

Bem...pensando bem...até fizeram bem em terem escolhido ir caçar.
Sim, mesmo Momu, o mais novo e embirrante dos dois, tem de admitir isso. 

Ele vagueava pela floresta com a espingarda na mão, lado a lado com Sandu, o seu irmão que também estava armado. Na verdade, Momu estava a morrer de calor. Já sabia que estaria um clima quente, como todos os dias em África, contudo, hoje, estava mais do que o normal. Talvez este sentimento infernal de calor que sente seja um exagero do seu corpo, uma forma de se revoltar contra o facto de ter seguido as palavras do seu irmão. É capaz, mas isso apenas deixa claro que um dos dois está claramente lá contra a sua vontade e acho que ninguém o pode culpar. 

Enquanto Momu estava a morrer de calor, Sandu suava, mas não se queixava e simplesmente continuava o caminho. Nem parecia humano. Afinal, quem é que é ele? Um alienígena? Um mutante com superpoderes? Momu começava, não ironicamente, a formular hipóteses na sua cabeça. Ou, pelo menos, tentava dar asas à imaginação, pois o calor começava a chegar-lhe à cabeça. Já para não falar do cansaço acumulado, uma vez que, caminhavam há 2 horas, sem interrupções.
Isto é um exagero. Tinha noção de que seria cansativo, mas não esperava já estar a suar. Até porque nas outras vezes que veio caçar, nunca esteve tanto calor. Mesmo nas histórias que Sandu contava, ele especificava o clima, mas nunca disse estar assim tão quente.

E tanto súor escorrega do seu corpo. 

Tanto cansaço se acumulava. Daqui a momentos as suas pernas poderiam colapsar.

Tem que intervir e dizer algo, nem que seja para alertar aquela criatura a que chama de irmão. Sim, não deve custar muito. Ao menos é melhor do que caminhar por mais horas. Logo, sem conseguir aguentar o calor, Momu, exausto, suplica:
Momu: "Ei, Sandu, podemos fazer uma pausa? Estamos a caminhar há horas."
Pede-lhe, com claro cansaço na sua voz ofegante. A esperar uma resposta com um igual nível de simpatia, mas, ao invés disso...recebeu uma decepção.
Sandu: "Uma pausa? Hmm. Seria bom, mas nem pensar nisso."
Momu: "O quê?!"
Momu fica estupefato com a resposta do irmão. Estava à espera que ele cedesse ao seu pedido, mas parece que esperou demais dele. Mesmo assim, Momu não desiste:
Momu: "Vá lá, mano. Sabes que eu não caço há tanto tempo como tu, por isso, sê um bom irmão mais velho e deixa-me fazer uma pausa, nem que seja para beber água."
Sandu: "Já disse que não."
Momu: "Mas porquê?"
Sandu: "Só com a dor e o cansaço é que poderás melhorar. Já para não falar que pessoas na aldeia estão à espera de um animal para o almoço. Seria rude deixá-los à espera."
Momu: "Oh, lá estás tu com as tuas morais. Deixa-te disso e faz uma vontade ao teu irmão. E, sim, é verdade que eles estão à espera, mas eu estou cansado, tipo, muito cansado mesmo."
Sandu: "Porra...está difícil de compreender, hã?"
Resigna, percebendo a teimosia infinita do irmão, que está a usar os seus golpes mais fortes para este último e mais forte golpe de todos: 
Momu: "Por favor, só te peço que dês uma ajudinha aqui. A sério, Sandu. Ajuda lá o teu irmão em sofrimento, da mesma forma que os pais faziam. Mostra que tens esse espírito bondoso...."
Sandu: "..." 
Vê-se alguma hesitação nos olhos de Sandu. Parcialmente pela menção quase desesperadora dos pais deles que, por muito que seja barata...atinge-o sempre no coração. Porém, apesar desta pausa e clara tentação que o provocam a responder, ele clareia a cabeça para decidir e, eventualmente, responder:
Sandu: "Desculpa, mano, mas...já sabes o meu veredito. Não é não."
Momu: "Tchk." 
O irmão nem parecia surpreendido. Decepcuonado e pouco surpreendido. Desde o início já sabia mesmo que Sandu não ia mesmo ceder. O que o faz perguntar porque é que sequer tenta. Porque é que sequer tenta conciliar com alguém que nem parece ter um coração...
Apercebendo-se disso, Momu baixa a cabeça e limita-se a seguir os passos do irmão. As esperanças estão baixas. O cansaço é tanto que já nem dói. Talvez Sandu tenha razão. A dor realmente faz um indivíduo melhorar. Contudo... porque é que ele não pode ser mais simpático. É nestes momentos que Momu se arrepende de ter Sandu como irmão.
Porém, de surpresa, Sandu coloca a sua mão direita, livre, no ombro de Momu. Os dois permanecem em movimento, mas aquele toque tocou Momu no coração. Um toque de um amigo, de um familiar, de um irmão. É então, com a cabeça de Momu e todas as atenções do irmão voltadas para si, que Sandu o conforta:
Sandu: "Eu sei que, às vezes, posso ser maldoso contigo, mas quero que saibas que, acima de tudo, adoro-te. É por ti que eu vou caçar e faço qualquer uma das minhas ações. Ouviste? Tu, Momu, és o meu tesouro e isso é algo de que nunca te deves esquecer."
Imediatamente, após falar, Sandu pára. Momu observa o movimento do irmão e faz o mesmo. Inicialmente, ficou sem entender o porquê de terem parado, mas, rapidamente, vira a cabeça para a frente e vê o porquê.
Momu: "Então é já à frente."
Sandu confirma a suposição do irmão, acenando com a cabeça.
À frente dos dois irmãos está uma árvore. Uma árvore grande e espessa que parece ter caído há uns bons anos atrás, devido a uma tempestade. A árvore caída no chão bloqueia o caminho para a frente e o progresso dos dois. Felizmente, não é a primeira vez que aqui passam para caçar.
Sandu: "Anda, eu vou primeiro."
O irmão vai até à árvore. É enorme. Até Sandu, que é alto, parece uma formiga junto a ela. Não há forma de trepar, é demasiado grande e não tem zonas por onde se pegar. Na verdade, é tão grande que bloqueia qualquer vislumbre do que se esconde do outro lado, com as suas folhas e ramos. Alguém pouco experiente, já teria começado a andar para trás. Mas eles não.
Então, usando a sua memória, Sandu agacha-se, ficando de barriga para baixo. A parte da frente da sua t-shirt de tecido bege chega a ficar molhada, com a lama que está no chão da zona. Deste modo, com o peito chegado ao chão, Sandu começa a rastejar para a frente. Um ato genial da sua parte. Há anos que a árvore ali se encontra. Normalmente, seria impossível passar por ela, mas Sandu, numa das suas expedições de caça, notou que, no solo onde a árvore pousou, existe uma depressão que pode usar a seu favor. E assim vai ele, rastejando por baixo da árvore. Antes que Momu se aperceba, Sandu já está fora do seu campo de visão.
Sandu: "Anda, agora é a tua vez, Momu."
Momu: "S-sim."
Seguindo os mesmos passos do irmão, Momu chega o peito ao solo húmido, sujando a sua roupa, também. Desta forma, ele segue rastejando adiante. Em pouco tempo, Momu chega ao outro lado.
Sandu: "Bom trabalho, mano."
À sua frente está Sandu, de mão estendida. Sem hesitar sequer um segundo, Momu aceita a ajuda e pega na mão do irmão.
Momu: "Obrigado, meu."
Momu ergue-se. Está sujo, mas isso não importa, pois finalmente chegaram. A planície onde os animais são abundantes está mesmo adiante
Momu: "Mas que raio?!"
Momu olha para a frente e nem quer acreditar no que vê. Não é de todo a planície cheia de vida que vira desde sempre. Sandu olha também para a frente.
Sandu: "Sim, também não sei o que se passou aqui."
Diante dos dois irmãos está a mesma planície verdejante de sempre, mas, algo está diferente.
Os animais que por ali andavam, alegremente, interagindo entre si, agora...
Os animais...
Momu: "Porque é que eles estão todos mortos, Sandu?"
Sandu: "Estou tão confuso quanto tu."
Momu fica estupefato a olhar para o que está à sua frente.
Veados, vacas, touros de búfalos, javalis, até os pássaros.
Todos deitados no chão, mortos, sem um pingo de vida neles. Nem parece um cenário real. Assemelha-se mais a algo vindo de um filme de terror. Com isto, fica a pergunta: quem foi o monstro que fez isto?
Sandu avança para a frente, pretendendo analisar a situação nunca antes experienciada, quanto mais vista. Já Momu, nem consegue se mexer, de tão estupefato que está. Ele não consegue fazer nada, senão observar o cenário por onde o seu irmão está agora a passar.
Sandu caminha por entre aquele cenário surreal. Ele vê os animais mortos. Vendo-os mais de perto, ele nota que as pobres criaturas estão gravemente feridas. Na zona das suas barrigas, está um enorme buraco. Na verdade, as suas barrigas foram abertas, estando com as suas vísceras à mostra para o mundo exterior.
Porque será que quereriam os órgãos dos animais? O que têm eles de tão bom? Perguntava Sandu, enquanto observava as moscas a rodearem o intestino de um veado.
Ele dá mais alguns passos, sob a visão atentiva do irmão, até que pára. Sandu pára diante de um touro caído que se encontra à sua frente a bloquear o caminho.
No entanto, não foi só o touro caído que o fez parar. Não. Para além do touro, está alguém. Um homem agachado no chão, de costas para Sandu, a alimentar-se dos interiores crus da criatura.
Foi ele. Certamente, foi ele o responsável pela chacina que está na planície. Mas, porquê? Porque razão é necessário matar tantos animais? Será para se alimentar? E porque é que ele está a comer os intestinos do touro? Quem é que na sua plena consciência, vai comer os intestinos de um touro sem a devida preparação?
Tantas perguntas pairam na cabeça de Sandu, mas, de momento, ele deixa-as de lado. Com certeza, não será por uma boa razão. O homem não está bem da cabeça. Sentindo o perigo eminente, ele levanta a espingarda, mira para as costas do homem e, lentamente, começa a caminhar na sua direção.
Momu começa a ter dificuldades em ver de tão longe a ação, então, começa a correr na direção da posição atual do irmão.
Sandu: "Alto!"
Grita Sandu para o homem, enquanto dá mais um passo. O indivíduo ignora as palavras de Sandu e continua a comer.
Sandu continua a caminhar, mas, desta vez, mira para a cabeça. É melhor prevenir. Não sabe se está armado, mas, caso esteja, pode matar Sandu de surpresa com facilidade.
Sandu: "Consegue ouvir-me, senhor?"
Ainda nada. Ou ele é surdo, ou está a fazer de propósito, pois Sandu está a gritar numa voz bastante audível. Mesmo assim, ele continua caminho, agarrando firmemente na espingarda.
Sandu: "Pare de fingir! Eu sei que me ouve! Por isso, levante-se e coloque as mãos no ar!"
O homem continua a ignorá-lo. Algo de mal se passa com ele.
Sandu: "Mas o que raio é que não compreende!? Eu estou armado, está a ouvir! Por isso, faça-me um favor e renda-se!"
Sandu, imediatamente pára. Já se chegou perto o suficiente. Está a um metro do indivíduo. Mesmo assim, não importa o quanto esteja perto dele, nada mudará.
Entretanto, Momu, chega ao pé do irmão. Seguindo a pose do irmão, Momu levanta a espingarda e também a aponta para as costas do indivíduo.
O futuro está incerto. Com a vida em risco, é melhor jogar pelo seguro. Seja quem for o misterioso indivíduo, ele está encurralado. Não existe lugar para onde escapar.
Sandu dá um último aviso, gritando alto como sempre:
Sandu: "Está encurralado! Levante-se e coloque as mãos no ar! Se tiver sorte, talvez o poupemos!"
Os dois irmãos já esperavam que o homem os ignorasse outra vez. No entanto, para a surpresa de ambos, ele mexe-se. Ele simplesmente ergue a cabeça, deixando de estar com as atenções fixadas nas vísceras do touro. Pode parecer idiota, ficar impressionado com um movimento tão simples quanto este, mas para Sandu que estava a gritar-lhe há minutos, receber uma resposta, foi quase motivo de celebração.
Desde o início, devia estar a ouvir, mas, só agora é que já estava a incomodar. Ficou difícil ignorar os gritos. Parece que a voz de Sandu estava mesmo a inquietá-lo.
Porém, nenhum dos dois estava feliz. Estavam apreensivos. Não sabiam se ele estava armado ou as suas intenções. Ainda incertos quanto ao que o misterioso indivíduo fará, ambos continuam a agarrar firmemente a espingarda. Sandu ordena:
Sandu: "Mostre a sua cara!"
A pessoa parece ter ouvido outra vez. Sendo assim, ele segue a ordem do irmão mais velho. Então, ele, ainda agachado no chão, vira a cabeça para a direita.
Eles conseguiram ver. Os dois irmão viram. Mal o homem virou a cabeça para a sua direita, conseguiram ver a face da sua cara.
Aquela cara pálida e manchada de sangue, presumidamente do touro. Na bochecha, estava um pedaço de carne do animal. E, ainda assim, ele sorria.
Ele...
Ele...
Ele estava a comer os animais crus.
Que tipo de pessoa é ele? Não pode ser humano! Não é humano! NÃO PODE!
Momu começa a tremer e, sem se aperceber, a sua boca abre. Sandu também começa a tremer, mas ainda tem certo controlo sobre o corpo. Os dois não acreditam no que veem. Aquele homem, seja o que for, não é humano. Nem as pessoas mais doentes matariam inúmeros animais com as próprias mãos, apenas para comer as suas vísceras cruas.
Sandu: "Que raio de criatura és tu?"
Pergunta Sandu para si mesmo, incrédulo.
A criatura sorridente levanta-se e vira-se para os dois irmãos. O homem revela a sua roupa de tecido barato e calças de ganga. Acima de tudo, o que sobressai é sua pele, branca como a neve. Ele não pode estar vivo. Ninguém vivo estaria tão pálido. Isso significa que ele está...
Sandu: "Momu, atrás de mim!"
Ordenava o irmão mais velho. Contudo, o irmão mais novo não se mexia. Não conseguia se mexer. O medo era tanto que o impedia de mover um dedo que fosse.
Sandu: "Momu, para trás!"
Repete ele, gritando. Mesmo assim, não resultou em nada.
É aí que, com Sandu preocupado com a segurança do irmão, subitamente, a criatura corre.
O homem de pele esbranquiçada começa a correr na direção dos dois irmãos. Ele deu três passos em tão pouco tempo. Mais um e alcançará os dois irmãos. Há pouco tempo para reagir. Só há tempo de um dos irmãos fazer uma ação. Felizmente, Sandu já se decidiu.
Sandu: "Afasta-te!"
*Bam*
Sandu prime o gatilho da espingarda e dá o tiro. A bala sai a uma velocidade sobre-humana em direção à cabeça do monstro. O suficiente para matar um humano real, contudo.
*Flish*
A bala atinge o olho da criatura, no preciso instante em que ela ia assentar o pé no solo. Acabou. O seu olho direito é destruído. Está morto...era o que todos quereriam. Em vez de cair no chão, simplesmente alarga o sorriso. A dor não existe para ele. Afinal, ele já nem está vivo. Ele assenta o pé no solo, ficando com ambos os irmãos ao seu alcance.
É então que a criatura levanta a mão direita no ar e, rapidamente, a abaixa, deferindo um corte profundo no peito de Sandu, que o deixou no chão.
Momu nem conseguiu reagir aos movimentos rápidos do morto-vivo. Ficou imóvel a observar o seu irmão a ser ferido. Antes que pudesse reagir, o morto-vivo olha para ele e pontapeia o, fazendo-o largar a sua arma com a dor e voar metros para trás.
Momu fica deitado no chão, desarmado. Sandu também se encontra no chão, mas conseguiu manter sempre a espingarda na mão.
O morto-vivo começa a andar, cambaleando de um lado para o outro, na direção do irmão mais novo. Sandu sabe disso. Sabe que o seu irmão vai morrer. A dor é tanta. O corte no peito queima como se estivesse a ser incendiado. No entanto, mesmo assim, ele ultrapassa a dor e levanta-se.
A criatura passa pelo meio de vários dos animais que matou e comeu. Está perto da sua próxima vítima. No caminho, ele assenta o pé na arma que Momu deixou cair e quebra-a com a força do seu pé, antes de seguir caminho. Ele está quase a alcançá-lo. Só mais um pouco.
Momu não consegue levantar-se. O pontapé foi tão forte que o deixou sem ar.
Momu: "Q-Que tipo de m-monstro és tu?"
Pergunta Momu, enquanto olha para cima, de modo a ver a criatura, em pé, a olhá-lo de cima, com saliva a escapar-lhe da boca para o chão.
Ele olha para Momu, empolgado. Tem à sua frente a próxima refeição. Se os animais já lhe sabiam bem, um humano vai ser ainda melhor.
Ia ele pôr as suas mãos no assustado Momu, quando algo o atinge na cabeça.
*Pam*
O impacto desequilibra-o e fá-lo dar 3 passos para a esquerda só para se manter em pé.
Momu: "Sandu..."
Exclama vendo o irmão à sua frente, segurando na espingarda como se fosse uma espada. Foi ele quem bateu com a espingarda na cabeça do morto-vivo. Ele salvou-o.
Sandu: "Anda. Vamos a isto."
Diz Sandu para a criatura, segurando na espingarda com as duas mãos, pronto a usá-la como um bastão.
Sandu: "Não é por ter a aram encravada que não posso lutar."
Então, o morto-vivo começa a correr na direção do irmão mais velho, com sangue nos olhos. A velocidade a que corre é absurda. Parece ser o fim de Sandu, mas...
*Plam*
Uma tacada horizontal na cabeça da criatura. A mesma técnica e tudo.
Sandu: "Toma lá!"
*Plam*
Outra tacada, desta vez para o lado contrário.
Mesmo assim, Sandu não parará até matá-lo, por isso, ele decide dar outra tacada, quando...
Subitamente, no instante em que a pega da espingarda ia atingir de novo a sua cabeça, o monstro segura a arma, em pleno movimento, parando o ataque. Ele adaptou-se à estratégia de Sandu. Agora, Momu ficou de lado. A próxima vítima será, na verdade, Sandu.
Então, exercendo força na sua mão, o monstro quebra a parte da arma em que pega, isto é, na pega.
Sandu ficou apenas a segurar o cano. Não vale a pena segurar mais a arma ou, pelo menos o que resto dela. Sabendo disso, o irmão mais velho atira para o lado o resto da arma.
A criatura aproxima-se e, em troca, Sandu caminha para trás, sem olhar. Está perdido. Enquanto o morto-vivo lentamente anda na sua direção, Sandu olha em seu redor. Nada tem na mochila. Nada pode usar senão o ambiente à sua volta. O problema é encontrar algo que o possa ajudar.
Só que, ao dar passos para trás sem ver, ele tropeça. O calcanhar de Sandu encalha com a cabeça de um javali, fazendo-o cair com as costas no chão.
Quase que nem sente dor com o impacto da queda, de tanto estar preocupado em sobreviver. Sandu olha para cima e vê a criatura a agachar-se, de modo a devorar a presa.
Acabou. Chegou a hora de morrer. Não há nada que possa fazer contra a criatura. Mais vale...mais vale...mais vale desistir. Contudo, dentro do coração do caçador havia uma voz, uma voz que lhe dizia:
"Não desistas, ainda não acabou."
Sandu ouviu a voz em alto e bom som. Uma voz que inspirava até os mais fracos. Por muito que quisesse desistir, a voz não deixava.
Está decidido. 
Assim, sendo, ele profere as suas convicções em voz alta. Sem medo, num grito de guerra que o inspirava a ele mesmo e arregalava os olhos do irmão indefeso:
Sandu: "Até parece que vou desistir. Tck, não. Não. NÃO, ENQUANTO O MEU IRMÃO CONTINUAR A RESPIRAR!"
Momu ouvia tudo ao longe, deitado. Ficou perplexo com a confissão do irmão. Por muito que ele possa parecer mau, às vezes, lá no fundo, é porque quer o seu bem. Momu sempre fora a pessoa que mais quis proteger e sempre será, até quando morrer.
A criatura prepara-se para rasgar a sua cara, usando as suas mãos. É nesse preciso instante que, de surpresa, Sandu pontapeia a cara do morto-vivo, fazendo-o recuar.
Sandu: "Só irei morrer quando me dilacerares, monstro."
Estando a uma certa distância do monstro, Sandu levanta-se, vira-lhe as costas e começa a andar para trás, na direção do touro que atrás dele se encontrava.
Rapidamente, a misteriosa criatura também se levanta. Ele não deixará que ele saia impune. Deste modo, com raiva a pulsar em todo o seu corpo, ele começa loucamente a correr na direção de Sandu, gritando:
Criatura: "Ahahahahaa!"
A velocidade a que o monstro corre é absurda. Certamente, apanhará Sandu. Não há nada que um humano possa fazer contra ele. Para além da sua durabilidade inumana, ainda é tão veloz quanto uma chita. Muitos teriam desistido, mas Sandu não o fará. Lutará até ao fim.
O morto-vivo estende a mão para a frente, prestes a apanhar o irmão. Está quase. Só mais alguns centímetros, quando a presa se agacha. Por dois segundos perde-o de vista. Nem se lembrou de olhar para baixo. Estava confuso e-
*Shplish*
...
Subitamente ele para no caminho.
Paralisa completamente, da cabeça aos pés, mais parecendo uma estátua.
Ele olha para baixo e vê algo espetado no seu peito. São os dois chifres de um touro. Ainda olhando para baixo, mas mais adiante, vê quem o apunhalou: Sandu.
Criatura: "..." 
Sandu: "Tenho de admitir que és rápido, mas...não és lá muito inteligente."
Comenta um dos irmãos. Tendo acabado de dar um golpe decisivo no encontro. Este que ele considera ter sido...
...a marca da vitória.
Foi um golpe bem pensado. Ele começou a correr na direção do touro, pretendendo atrair o inimigo para ele. Então, quando estivesse já perto do animal morto no chão e, quando o inimigo já o estivesse a alcançar, Sandu agachar-se-ia e, usando toda a sua força, levantaria a cabeça do touro e apunhalaria o oponente, usando os bicudos chifres do animal.
Assim o fez. Executou o plano na perfeição. Com certeza, o inimigo estará morto. Até Momu pensou o mesmo.
Porém...
 Criatura: "Ahahaaha!"

O seu riso ainda pode ser ouvido.
Sandu nem se pode mexer. Mesmo com um plano e tendo sido apunhalado, ele permanece vivo. O que é que se está a passar? O seu esforço foi em vão. Não importa o quanto tente, não o conseguirá derrotar.
Sandu petrifica. Não consegue fazer mais nada. A sua cabeça nem consegue processar o que aconteceu. Não entende como a criatura ainda está em pé. As únjcas forças e raciocínios não o deixam fazer nada...
...nada exceto...
...reconhecer a monstruosidade do inimigo:
Sandu: "Merda..."
Então, o monstro estende os braços para a frente, ficando a segurar a cabeça de Sandu com ambas as mãos.
Com o inimigo petrificado e sem conseguir mexer um dedo que fosse, o morto-vivo sorri e aproveita.
Ele começa a exercer pressão na cabeça de Sandu. Força que, inicialmente começou fraca, mas que foi subindo.
Momu via tudo, incrédulo. Sabia o que viria, mas não conseguia tirar o olhar. Como se fosse um incêndio que apenas estava a crescer e a queimar mais com o tempo...
Sandu: "..." 
Antes que a sua mente desistisse, Sandu abriu a boca.
Num dos últimos atos que conseguiu fazer.
Sandu: "Gyah...!"  
Estava com os dentes cerrados.
Tentando exercer uma pequena força de resistência contra a força insuperável do monstro que nunca se via saciado...
Sandu: "Ah!"
Os primeiros gritos começaram a surgir.
Alguns dos seus dentes começaram a rachar e a partir.
Sem resistir àquele poder tão fora do normal.
Com o seu corpo já a desistir...
Sandu: "Oh! Gaahhhh!!!" 
De seguida, sentiu ossos da cara a quebrarem.
A sua bochecha a quebrar e mandíbula a sair do lugar sob o sol escaldante e...
...sob a visão do seu irmão que...começa a escapar da sua memória.
Sandu: "Goh............."
Neste ponto, a sua voz perde.
Desiste como todo o resto do seu corpo e a sua mente se encaminha.  
Depois, o sangue começou a verter do seu nariz. Até que, um olho vaza.
Seguido do outro.
E de outro.
E outro.
E outro.
Até que, chegando o corpo ao limite, a sua paciência ao ponto de rutura e mente ao ponto de ficar sem razão...

*Splash*

Criatura: "Grrrr."
Com a força das suas mãos, o morto-vivo mata Sandu, esmagando a sua cabeça. 
Com um grande e largo e enervante e sociopático sorriso ensaguentado no rosto.
Criatura: "Grhhh..."
Rosnando ele larga aquela que se tornou a sua vítima. O humano que tinha tudo há um segundo atrás e que agora perdeu tudo.
A habilidade de se mover.
Ver ouvir, escutar e andar.
Perdeu a conexão para com toda uma vila, com a sua casa e...
...e especialmente...
...
...
...com o seu irmão.      
Só restou o seu corpo que caiu no chão, sem um pingo de vida.
Sandu: "               "
Marcando o fim daquele que era Sandu Ngalu.
Irmão daquele que se encontra de joelhos no chão.
Indefeso e sem rumo.
Momu: "..."    
Ele que nem acreditava. Não queria acreditar. Deixou até de pestanejar. Sabia que aquilo iria acontecer, mas não conseguia desviar o olhar.
Apenas conseguia...tremer e admirar...morbidamente...o quão surreal tudo aquilo era.
Momu: "..."
Criatura: "Hrhh."
Abrindo espaço para acabar com tudo. 
A criatura dá uns passos para trás, tirando-se dos chifres, vira as acostas e olha para a última vítima restante: Momu. Então, ele começa a caminhar na direção dele.
Momu nada faz. Simplesmente olha para o morto-vivo a aproximar-se, sem nada fazer.
Se o seu irmão, que era mais habilidoso e inteligente que ele morreu, então porquê lutar? Para quê armar-se em herói se, no fim, o resultado vai ser o mesmo?
Ele passa por cima do javali onde o seu irmão tropeçou. Falta pouco. Momu até sente que a morte o está a observar, se é que ela existe.
Finalmente, ele chega. O monstro olha para baixo e vê Momu. Está perplexo. Perfeito para matar. Esta será a morte mais fácil da sua vida, pois não haverão interferências algumas nesta morte.
Criatura: "Rarh..." 
Portanto, ele levanta a mão, pronto a atacar. Prestes a executar o golpe final em menos de um segundo. Pronto a acabar com tudo numa só ação que viria em pouco tempo quando-
*Plam*
Ouve-se o som de um tiro, acompanhado do aparecimento de um buraco no meio da testa do oponente. Um buraco que vai da frente até à parte de trás.
Já o seu cérebro não consegue processar o que se está a passar.
Momu: "Huh...?"
A sua capacidade de formular uma frase perdeu-se há muito. Dizer que Momu estava confuso seria suavizar a realidade. Mas...agora...agora chegou a aoutro nível.
O tiro seria o bastante para matar alguém normal, mas, se havia algo que a criatura não era é normal.
Criatura: "Grhhhh...RAAAAHHHH!"
E o facto de ele ainda ter raiva e energia para se chatear é apenas prova disso. Prova de que ele não vai desistir tão facilmente. Não enquanto a pessoa que disparou não pagar. 
Criatura: "RAAUUUUHGHHHH!!!" 
Seguindo o local de origem do disparo, ele vira as costas para Momu. Energicamente contorcendo as costelas e cada osso do seu corpo só para descobrir a alma corajosa que efetuou o disparo. A alma que ele julga estar no mesmo nível daqueles dois irmãos.
No entanto... 

Mal se vira, o monstro vê algo esquisito.

No ar, estava um helicóptero. Até que perto do solo. Em pé, na borda do lado direito da viatura, está um homem com a pistola apontada para o monstro.
Uma pessoa de roupa totalmente preta, militar, possuindo até um colete à prova de bala. O seu capacete negro com visor cobre o seu rosto. Ele é uma figura bastante estranha. A mesma que largou a bala no morto-vivo.
Momu sabe que o recém-chegado é um desconhecido, mas sente um estranho sentimento de segurança a emanar do mesmo. Que estranho...
O homem dá um salto e pousa no solo verdejante a dois pés. Não é como se fosse uma altura absurda, mas era suficiente para magoar alguém. Mesmo assim, aquele homem absorveu a queda como se fosse apenas mais um dia.
Momu tinha tantas perguntas, mas não conseguia formular nenhuma. Apenas conseguia observar o que iria ocorrer.
Criatura: "Haaaaaaaaaaa!"
Grita o monstro para o soldado, tentando intimidá-lo, mas sem sucesso. Não é a primeira vez que o homem se encontra com algo fora do normal.
Antes de mais, a nova figura analisa o ambiente. Vê o cadavér de Sandu, parte de uma espingarda e Momu no chão. Pelos vistos, o monstro esteve a massacrar os pobres caçadores.
O soldado sabia que a criatura estava pronta a atacar. Por isso, ele levanta a arma e aponta bem para o monstro, de modo a matá-lo de vez. Tem 5 balas. Gastou a última na cabeça do morto. É preciso fazer os disparos contar.
Tudo está pronto. Não existe um único animal morto no caminho entre os dois. A criatura olha-o. Ele olha a criatura. Uma troca de olhares. Uma troca que serve de prelúdio para a ação que sucederá. É aí que...
Criatura: "Haaaa!"
O morto-vivo não perde mais tempo e começa a correr na direção da figura de preto. Sedento por sangue. Nada mais estava na sua mente do que a morte do soldado.
Era isso o que ele esperava. Tudo como queria. Apontando bem para a criatura, ele dispara.
*Plam*
Um tiro na perna direita. O monstro fica, momentaneamente, desiquilibrado, mas consegue seguir. Faltam 4 balas.
*Plam*
Outro tiro, desta vez no ombro. O morto-vivo fica ainda mais danificado, mas a dor não parará. Faltam 3 balas.
*Plam*
Uma bala no peito da criatura que o faz perder ainda mais sangue, mas, tirando isso, não o afeta mais. Faltam 2 balas.
*Plam*
Ainda outro disparo. Um que forma um buraco na garganta da pessoa que se recusa a morrer. Falta uma bala.
O morto-vivo estende o braço para a frente. Está perto. Quase que alcança o inimigo.
O soldado tem uma última chance. O próximo disparo será decisivo. A sua vida está em risco, mas ele permanece tranquilo. O tempo aproxima-se. Tudo está para terminar, quando...
*Plam*
Dá-se o último tiro. A última bala penetra na perna esquerda do morto-vivo. A sua perna direita já estava danificada, mas a esquerda é que o desiquilibrou por completo. Sem perceber como, a criatura cai de cara no chão, aos pés do seu inimigo de preto.
Sem dar uma chance ao oponente de se recuperar, o homem de preto pousa o seu pé sobre a cabeça do monstro e, exercendo uma enorme pressão para baixo, o homem esmaga a cabeça do morto-vivo.
*Splash*
Pedaços de sangue e do crânio esvoaçam para longe.
Alguns alcançam a face de Momu, manchando as suas bochechas de sangue.
Um rosto trágico pertencente a uma pessoa que experiençou coisas que preferia que não tivessem acontecido. Estava assim Momu.
O soldado olha para o rosto do pobre homem de joelhos que está agora a olhar para a sua figura. É visível o sofrimento dele. Para o agente é apenas mais um dia, mas para Momu é o pior dia da sua vida.
Viu o seu irmão a morrer perante os seus olhos. Presenciou uma violência que ele nem sabia que este mundo guardava. Foi uma experiência cruel e surreal em todos os piores sentidos.
Nada poderia melhorar a sua condição. Não havia nada a fazer que pudesse melhorar a situação.
Então, seguindo o seu trabalho, o soldado aproxima-se de Momu, agacha-se, ficando ao mesmo nível do irmão.
Soldado: "Perdoa-nos."
E assim, com um forte soco no estômago, o corpo de Momu começa a ceder, até que os seus olhos fecham, desmaiando por completo.
O seu corpo cai no chão, sem consciência.
Do helicóptero desce uma corda negra, por onde deslizam 3 agentes até ao solo. Cada um destes que vestia preto com equipamento e armamento semelhante ao do soldado que já se encontrava no solo.
Um dos agentes vai tratar de Momu, de forma muito desajeitada, típica de Nick. Outro vai averiguar a situação do morto-vivo, já que este tal de Mure se interessa tanto. E outro...outro vai ao encontro do agente.
Outro soldado: "Estavas demorado, hã? Sei que te tinha dado permissão para intervir assim que vimos que era apenas um inimigo, mas estavas a começar a abusar."
Soldado: "Limitei-me a fazer o necessário."
O outro agente, chegado perto do soldado que acabara de nocautear Momu, para e olha para os arredores.
Outro soldado: "Que situação esta..."
Soldado: "Também não esperava que estivesse assim tão mau."
Outro soldado: "Pois não."
O soldado que acabou de chegar dá uns passos para a frente e agacha-se à frente de Momu, dormente no solo.
Outro soldado: "Vamos só limpar o cenário e partiremos."
Soldado: "Correto, capitão."
Assim, o soldado em pé caminha em direção ao helicóptero e agarra a corda com uma mão.
Com a sua outra mão, segura no capacete e tira-o.
O seu rosto é mostrado. Alguém de cabelos castanhos, olhos azúis.
É um homem com uma face bela. Nem tinha a aparência de uma pessoa que dedicaria a sua vida à luta.
Porquê? O que o move? Por que razão é que ele ergue aquela pistola? Até ele se esqueceu, mas sabe que esse é o caminho a sseguir.O caminho que quer seguir.
Agora, é tarde demais. Não pode mudar o seu trajeto. Nada pode fazer, senão continuar a seguir em frente.
Piloto: "Vou já pousar, Bruce."
Grita o piloto da cabine, vendo que ele se encontra agarrado à corda há já algum tempo. Ao que Bruce Wilson responde, gritando:
Bruce: "Sim, entendido."

O helicóptero pousou por alguns minutos. Momu e o corpo morto da criatura foram colocados no veículo, na parte de trás. Foram especificamente aí colocados para ficarem a uma distância de segurança dos restantes soldados.
Após averiguarem a situação do local, todos os soldados, incluindo John, sobem e o helicóptero parte. Levando aquelas duas provas de que houve ali morte e conflito. Epserando encontrar neles respostas para estes eventos que eles também reconheciam como sobrenaturais.
*Vrrrrrrrrrrrrrrr* *VatapaumVatapaumVatapaum*
As hélices giram e giram sem parar. Já o helicóptero vai acima de uma região mais seca da floresta. Trata-se da Floresta do Congo. Uma das poucas florestas tropicais em África. Uma das poucas que se encontra tão verde. Mas não é a primeira de África a abrigar a morte. Pelo menos, recentemente...
Piloto: "A viagem pode demorar um pouco. Próxima paragem é em Lusaka."
Diz o piloto, com os auscultadores, enquanto prime num botão que ninguém compreende como funciona. 
John: "Ouviram o Blake, rapazes? Vamos diretamente para a fonte do problema!"
Anuncia o capitão daquele grupo, em voz alta. Num tom que ele tem adotado há anos. Aquele que considera o mais audível possível e capaz de captar a atenção de todos como faz agora.
John: "Ora...parece que todos os outros esquadrões também já varreram os arredores, logo podemos ir acabar com isto o mais rapidamente possível e, quem sabe, talvez ainda cheguemos à hora do chá. Então ponham-se à vontade! Vocês todos: Nick, Hyund e Sery, Mure, Wyller e os restantes. Exceto o soldado que se encontra a vigiar os cadavéres. É para o Lucky permanecer atento."
Ordena ele, em pé, com os outros soldados, segurado a uma trave de metal suspensa no teto do meio de transporte. 
O soldado no fundo do helicóptero ouviu em alto e bom som o que foi dito sobre ele. Depois de um pedido destes não pode ficar calado.
Lucky: "Entendido, senhor John."
Mas, tirando esse indivíduo em questão, todos ficam mais tranquilos. Todos eles baixam a guarda para descontrair por um breve momento.
Foi como o capitão disse...
Perante uma batalha tão dura como a que eles sabem que se segue...
...o melhor é mesmo descontrair.
Hyund: "Ufa! Agora é que vai ser, meu."
Sery: "Nem consigo acreditar que só falta varrer o ninho."
Mure: "Se tudo correr bem, mais umas horinhas de trabalho, e voltamos a casa."
...
Nick: "...É...estamos quase...malta..."

Facto é que a descontração tinha se instalado no helicóptero em pouco tempo.

Uns começam a conversar com os outros. Como é o caso de Hyund e Sery. Ou Mure e Wyller.
Depois também há Nick que fica-se pelos pensamentos para relaxar. Ou que tenta socializar com níveis de sucesso variáveis...
Afinal, embora o trabalho deles fosse algo sério, é preciso também distrair um pouco. É como em tudo.
Trabalhemos onde trabalhemos, façamos o que façamos, o nosso corpo tem um limite de paciência, um limite para o quanto consegue trabalhar antes de entrar num modo de brincadeira...
...como este que agora se instala.
John: "..."
O capitão também tem essas necessidades. Porém, sabe que é melhor ficar atento. Só naquela de poder acontecer algo inesperado e estranho...nestas circunstâncias estranhas...
John Mark, nota que todos conversam. Todos distraem-se. E fazem bem.
Todos falam sobre a situação estapafúrdia em que se meteram.
Todos se riem ou fazem esforço para tal.
Formulam teorias e dizem a sua opinião quanto ao que viram hoje.  
 

Todos menos um.


E, curiosamente, é logo o único que não está de capacete...

Bruce: "..."

O soldado que mata sem emoção.

E que da mesma forma olha para a paisagem, como se fosse uma pintura a óleo.

Aquele mesmo que requisitou ser ele a tratar do último infetado, o mesmo que se encontra lá atrás a ser guardado por Lucky.

É ele mesmo.

Bruce: "..."

Bruce Wilson, o soldado mais críptico que alguma vez já viu na sua vida.


Mas, acima de tudo...
...também é um dos mais talentosos.

Bruce: "..."
John: "Aham. Presumo que saibas as regras aqui, cabelos castanhos."
O capitão aproxima-se dele, tendo se apercebido num raro erro cometido pelo veterano.
John: "A não ser que tenhas algum problema, é claro."
Adverte-o, num tom sarcástico. Captando a atenção daquele soldado que vira agora os olhares para o capitão. E obrigando-o a falar:

Bruce: "Oh, certo. Já me tinha esquecido."
 
Responde, sem vida, pegando no capacete que tinha na sua mão há quase minutos. Para, num instante, acordar para a vida. Decidindo seguir aqueles avisos do capitão e assentando ocapacete  na sua cabeça outra vez. 
O capacete que, sinceramente, se esqueceu mesmo de voltar a colocar.
John: "Pronto. Assim está melhor."
Diz, satisfeito com a obediência daquele soldado que volta a ficar com a voz abafada. Agora que aquele soldado parece voltar àquele seu eu estranho e tão...
...vazio.

Bruce: "Pois...obrigado pela ajuda, capitão."
E sem mais nem menos...numa resposta tão vazia e genérica quanto a sua voz, ele agredece ao chefe e volta ao de sempre.
Volta a olhar para a paisagem.
Novamente ele vira as atenções para algo insignificante.
Recusando-se a interagir.
Deixando John apenas com essa conclusão.
Essa conclusão e uma leve ideia do tipo de pessoa que ele é.

Com a ideia de que ele é mais esquisito do que aparentava.       

Claramente está com a cabeça em outro lugar. O silêncio, aquele olhar vazio. Tudo indica para isso. E John nem sabe como se sentir quanto a isso.
Por um lado, respeita a privacidade do homem. Contudo, por outro lado, não gosta daquilo. Ver um homem assim da sua idade a desperdiçar tempo da sua vida sozinho em silêncio. Chega a deprimi-lo.
Porque...ele sabe o que é a solidão e...
...não quer ver-se a si...
...não quer ver outra pessoa...
...mesmo que seja um estranho...
...a passar pelo mesmo.
Caramba, o calor deve estar a afetá-lo para lhe apetecer perturbar a calmaria de alguém.
Mas não aguenta ficar a observar alguém que está solitário.
Não aguenta ficar em pé a fazer nada.        

Só-lhe apetece mesmo dizer:

John: "Caramba. Tão sério."
Ele fala, num comentário que parecia estar a guardar há muito tempo. Um comentário que até apanha Bruce de surpresa.
John: "Anda lá. Distrai-te um pouco. Tu és um soldado talentoso. Eu vi o que fizeste com o infetado. Sei que para tu mesmo teres sido o primeiro a voluntariar-se para ter de lidar com um inimigo sozinho é um ato digno de respeito. Quanto mais ainda teres vencido. E acredita, eu falo com  anos de experiência. Por isso podes ter a certeza que não te estou a conceder permisão só por conceder. Eu estou a dar-te esta prenda porque mereces."
O soldado arregala os olhos com a resposta. É esquisito ver um comandante assim tão desconcertado. Um que ainda por cima não parece respeitar as vontades dos outros.
Até parece que é maluquinho. Este com certeza não é um típico líder. Contudo, não pode deixá-lo sem resposta. Especialmente agora que ele levantou a voz por um pouco. Por isso, Bruce encara o seu superior por uns momentos e fala o que precisa:
Bruce: "Muito obrigado, mas...não é necessário. Estou precisamente bem como estou agora."
John: "Como estás agora? Tipo parado e a apanhar uma maçada?"
Bruce: "Prefiro...atento e pronto para o inesperado." 
E ao acabar, volta a pôr os olhos na paisagem. Assim tão rapidamente. É oficial. O gajo é um caso perdido. Pelo menos é isso o que John pensa ao desistir daquela iniciativa.
John: "Tudo bem. Se tu o dizes."
Bruce: "..." 
Assim, o silêncio volta. 
John: "..."
Bruce: "..."
John: "..." 
A conversa durou mesmo pouco.
Por muito que John tenha tentado, mal conseguiu arrancar umas palavras da boca de Bruce. Mesmo assim, ainda não desistiu. 
...
Parcialmente porque sente porque ele merece e...
...também devido ao facto de...inexplicavelmente...  
O soldado em questão aguçar-lhe mesmo o interesse.
Por alguma razão, encontra-se interessado em tentar saber mais sobre ele.
Mas...também porque viu algo ali naqueles olhos que...
...comhece tão bem... 
São por estas e por outras razões que ele volta a tentar...
...mais uma vez: 
John: "Bem...quanto ao que disseste...Quero relembrar-te que Eles também te contrataram. Para estares aqui comigo e com todos os outros é porque, tal como eles, devias ser alguém mesmo bom no que fazias. Devias ser respeitado no teu trabalho ou ter algumas características que te ajudassem no teu dia a dia. Ou talvez só fosses um tipo carismático do FBI como é o meu caso, pois quanto a ti não posso falar com tanta certeza..."
Bruce: "..."
Neste ponto, até se contém para não suspirar de tão farto que o está de aturar. 
Lá está ele outra vez a tentar puxar conversa e convencê-lo a se soltar. Bruce já começava a achar aquilo irritante.
Ao menos, desta vez, o tema de conversa pareceu-lhe interessante. Também, se o iria despistar com qualquer tema, preferiu logo este. Por isso, vendo-se farto de John e querendo calá-lo ao máximo, não ignorou o capitão.

Bruce: "Bem...agora que fala nisso...vim do exército. Estive lá por uns bons anos, mas...não me consideraria tão bom tal como me descreve. Acho que estou dentro da média."
Diz, virando o seu corpo e atenções para o homem. Isto sinalizava algum investimento no tema levantado. 
Parece que é desta que John consegue.
O comandante sorri e continua a conversa.
John: "Ah! Vamos lá. Agora estás simplesmente a ser humilde. Para esta missão foram contratados os melhores dos melhores. Estes nossos misteriosos superiores viram do que eras capaz e confiaram em ti o suficiente para te darem todo o tipo de armamento necessário para esta missão. Até mesmo a inutilidade que é um fio de estrangulamento nos deram. Logo tu não podes ter sido selecionado apenas porque foste sortudo. Mas sim pela pessoa que és."
Bruce: "É. É capaz de ter razão. A sorte exerce a sua função, mas, no fim, é a habilidade que nos define. E quanto à razão de nos termos juntado a este mundo de violência. Não é?"
Pergunta, claramente interessado na conversa sem se aperceber disso. E desta forma...o capitão também reconheceu a vitória.
John conseguiu fazê-lo falar. Parece que não é um soldado tímido. Há muito mais segredos que aquele homem esconde. Alguns mais visíveis que uns. Outras até com que o John está bastante familiarizado.
Só cabe ao líder descobrir-
Bruce: "Tudo bem? Parece estar fora de si."
John: "Oh, desculpa lá. Estava admirado com o facto de finalmente teres aberto a boca para falar."
Bruce não fica envergonhado com o comentário. Na verdade, permanece o mesmo. Sisudo e sério. Caramba. E mesmo quando pensava que ele seria alguém mais interessante do que dava a crer...
O soldado vira as costas ao capitão e volta a ver, outra vez, a paisagem, percebendo que tinha caído na armadilha, naquele joguinho.
Bruce: "Chegamos daqui a pouco. É melhor ficar alerta."
Ficou claro que já perdeu o interesse. Bastou John confessar que apenas fez aquilo para o fazer falar que imediatamente lhe virou as costas. Julgava a conversa genuína. Contudo, era apenas uma brincadeira do seu líder. Ter caído na brincadeira foi um erro seu. Erro de amador. Algo que não se voltará a repetir.
Já John, sentiu-se um pouco mal. Pensando duas vezes, talvez fosse nelhor não ter dito aquilo. O soldado pode ter percebido que estava apenas a gastar o tempo dele. Tem que se desculpar.
John: "Acho que não me fiz compreender. Peço desculpa. Eu só achei que seria bom meter conversa com alguém e, de todos, pareceste-me o mais interessante. Se não gostaste da troca de palavras, tudo bem. A culpa é minha."
Bruce: "Ok, eu compreendo."
Responde, ainda sem tirar os olhos do exterior. Claramente estava-se pouco nas tintas para aquilo.
O comandante percebeu o seu erro. Acho que estragou qualquer chance que poderá ter com ele. Uma pena. 
Ao menos, pode tentar redimir-se.
Como? Voltando para algo que ele com certeza se importa. Num ato barato, mas de redenção...
John: "Estamos dirigidos para a Zâmbia. Precisamente a zona onde esta doença está mais concentrado. Não somos a única equipa de elite em África ou sequer no local em questão. Isto é tudo um esforço global. Por isso, não podemos baixar a guarda. Especialmente, quando o inimigo é sobrenatural."
Comenta para si mesmo.
Bruce ouviu tudo e aquelas palavras misturadas com a paisagem dão-lhe possíveis vislumbre futuros. Quem sabe o que virá?
Bruce: "Lá nisso tem razão. E ainda bem que agora percebe a perigosidade da situação em que nos encontramos. Uma situação onde todo o cuidado é pouco. Hunf...nunca se pode baixar a guarda."  

Em outro helicóptero, estão soldados, em pé, com uma mão na arma e outra na trave de metal que os apoia. Sobrevoam a Zâmbia. Todos estão calados. Nem um piu. Só se ouvem as hélices e os nervosos bater dos pés no chão. Talvez seja por estarem com medo. Afinal, a descrição que lhes derão do trabalho é capaz de assustar qualquer um. Sim, porque agora é que é o momento certo para dizer que a culpa foi do mensageiro.
Neste clima de silêncio em que...subitamente, uma voz se ergue:
Soldado: "São 12 horas. Dia 17 de outubro de 1975. Faz já alguns dias que o parasita aqui pousou. Desde então, ele tem encontrado abrigo nos seres vivos. Usa-os como parasitas. O resultado: os humanos e animais tornam-se praticamente mortos-vivos."
Todos olham-no com um olhar estranho. Parecem estranhar a sua súbita intervenção. A intervenção daquele alto e inesperadamente assustador soldado. Ele, cujas habilidades intimidadoras apenas se poderiam equiparar a outro soldado de altura quase igual ao seu lado.
Mas o que é que ele está a fazer? Se os seus olhos não se enganam aquele é o capitão deles. E está a fazer um discurso? Agora?! Ainda por cima, as suas palavras só serviram para relembrar a todos do seu objetivo. Só piorou a situação. Mesmo assim, continua:
Soldado: "Entendo como se sentem nervosos. Porém, quero também vos lembrar que estão aqui porque mereceram. Cada um de vós é um perito no combate. Polícias ou militares, foram selecionados porque são bons no que fazem. E, por isso, contamos convosco para darem o vosso melhor nesta operação."
O soldado imponente carrega a metralhadora na sua mão. Como se para simbolizar o quão preparado estava para enfrentar esta situação sobrenatural e desesperadora.
Soldado: "Lembrem-se: todos estão a contar connosco. Este país está em quarentena por alguma razão. Ele está doente. Nós somos os médicos. Teremos de ser nós a curá-lo desta doença. Caso contrário, quem o fará?"
Pergunta quase que para incentivar quem o ouvia. E aparentemente...talvez seja pela pressão...voz assustadora...a sua própria postura...ou altura...mas...
...foi efetivo.
Soldado: "Estamos entendidos?" 
Multidão de soldados: "Sim, senhor capitão."
Seja pela razão que for, ao menos garantiu que eles não correrão dali para fora. Pois, se o fizerem, terão de passar por ele primeiro. Sim, é por isso que ninguém se atreve negá-lo. Ninguém se quer meter com ele. Com ele e...outro...
Soldado: "..."
Com esta pequena tarefa cumprida ele retorna ao silêncio. Da mesma forma que o clima volta a ficar tenso. De cortar à faca com a diferença que agora todos percebem que não há volta a dar.
Outro soldado: "Hmm."
Havia era alguém ao seu lado que parecia querer dizer algo. Um soldado por volta da sua altura. Não, mais alto que ele. Debatendo, podemos até dizer mais encorpado. Apenas não parecia ter a mesma facilidade com as palavras que a do capitão.
Soldado: "Parece que tem algo a dizer, soldado. Ou estou errado?"
Pergunta para o homem ao seu lado com nível físico comparável ao seu. Fê-lo de forma intimidadora sem se aperceber. E curiosamente conseguiu intimidar aquele seu subordinado. Mas não ao ponto de o calar por completo.
Outro soldado: "Ah, bem...até tenho uma pergunta para lhe fazer se não se importar."
Responde, numa voz grossa, no meio de todo aquele silêncio com medo de ser julgado pelo capitão ou pelos outros.
No entanto, rapidamente fica a saber que não há nada a temer ali.
Soldado: "Está bem. Pode fazer a sua pergunta. E não tenha medo de a fazer. Seja ela óbvia, estúpida ou esquisita. De qualquer forma, nós já estámos numa situação estranha, não é?"
Outro soldado: "Sim, é verdade."
Exatamente. Esta situação é tão fora do normal que a sua pergunta talvez nem seja tão descabida. Já para não falar que o seu capitão...apesar das aparências...até parece ser uma boa pessoa. Simpática que só magoa quem o fere a si e aos que ama. Logo, não há razão para hesitar:
Outro soldado: "Certo. Eu por acaso até lhe queria perguntar se sabe quem é que nos mandou a carta com o convite para a missão. Você sabe...se era alguém do governo...da polícia...exército...ou outra coisa mais importante. Porque para recrutar tanta gente, para ter tantos contactos, é porque deve ser uma entidade importante, estou correto?"
Soldado: "..."
Pois...excelente pergunta. Tinha-lhe prometido que não o iria julgar, mas esta pergunta...nem ele sabe responder. E olhem que ele é seu superior.
Sabe tanto quanto ele. Nem sabe o que lhe dizer. Contudo não se atreve a deixá-lo sem resposta. Motivou-o tanto a falar, por isso sente que o soldado merece algo em troca. Nem que seja uma resposta circular como a que tem em mente.
Soldado: "Ok. Antes de mais, pode só dizer-me o seu nome?"
Will: "N-Nome? Ah, bem, eu chamo-me Will. Ou, pelo menos, trate-me por Will."
Cage: "Cage é o meu primeiro nome. Venho de uma firma de seguranças, uma que, bem, pode-se dizer que protege algumas pessoas com certa importância no governo. Peço-te é que não contes a todos. É melhor que, por enquanto, isto fique entre nós. Mas agora que estamos apresentados e sei que posso falar a um nível mais íntimo, permite-me responder à tua pergunta."
O capitão aproxima-a a sua cara mascarada de onde fica o ouvido de Will. Este que não se mexe sem conseguir decifrar as ações deste seu chefe improvável. Este que ainda assim está curioso e quer saber o que se passa.
Will: "..."
É por essa razão que ele não reclama. Não se mexe. Estranha tudo, porém a curiosidade é maior. Ele abre-se a esta estranheza e ouve o que Cage lhe sussurra ao ouvido:
Cage: "Sinceramente, sei tanto quanto tu ou qualquer outro aqui neste helicóptero. Mandaram-me uma carta. Abri-a e vi que era um convite para participar numa tal operação de nome 'Abnormal Parasite Containment'. Li-a avidamente e ponderei se haveria mesmo de aceitar. Aceitei. Conduzi até ao local marcado e aqui estamos."
Will: "..."
Cage: "Sei que outros receberam mensagem por telemóvel. Outros até receberam uma chamada ou a visita de um mensageiro. Mas independentemente da forma que tenha acontecido, a todos eles foi-lhes dada um decisão. Quem aceitou está agora na luta. Quem recusou...bem...não estou tão certo ao que possa ter acontecido, contudo devem estar num bom lugar, muito provavelmente sentados no sofá ou a dormir."
Will: "E ao menos tem alguma especulação ou teoria de quem é que quis fazer esta missão? É que na carta estava escrito 'entidade anónima'."
Pergunta também sussurrando num mesmo tom.
Cage pondera por um segundo. Olha em redor para garantir que ninguém esteja atento ao que dizem. Então, quando tem a certeza, ele diz a sua opinião:
Cage: "Isto pode ser maluquice, mas quero que ouças com atenção. Trata-se de uma teoria que ainda assim tem uma probabilidade de ser verdadeira."
Will: "Como assim?"
Cage expira pesadamente para aliviar o peso que tinha em cima dos ombros e falar sem medo.
Cage: "De novo, posso ser só eu, mas acredito que não foi o governo. Não foi a polícia. Nem o FBI ou a CIA. Acredito que tenha sido outra entidade. Ou devo dizer organização. Uma muito poderosa e com muitos recursos, capazes de contratar tanta gente dos mais variados ramos do combate e de lhes fornecer todas as armas à face da terra, incluindo um inútil fio de estrangulamento só para assegurar o sucesso da missão. Uma que muitos desconhecem e que é capaz de ter andado nas sombras durante muito tempo. Ou que talvez só agora tenha aparecido."
Will: "..."
Cage: "Seja o que for...ou quem for...acredito que estamos a lidar com algo muito maior. Algo tão novo e secreto que te podes considerar um previligiado por estar aqui neste preciso momento a experienciar o nascimento de uma nova organização. Por isso alegra-te. Para além de estares aqui para proteger o mundo, podes muito bem estar a fazer parte da história sem sequer te aperceberes."
Will: "..."
Foi quando parou de falar que ele afastou a sua cara da de Will. Tendo chegado à conclusão da dua teoria ele deixa o soldado sozinho com os seus pensamentos para formar a sua opinião.
Queria deixá-lo pensar por si próprio. Para ver se ele era maluco ou se o contexto em que se encontram é tão anómalo que consegue levar dois à beira da loucura. 
E o pior é que...no meio disto tudo...processando bem o que Cage disse...Will chega à sua conclusão. Por muito esquisito que pareça ele não goza com a hipótese.
Não, porque, lá no fundo...
...ele até acredita no que ele disse. 

Por volta de 47 soldados foram enviados para esta missão. Cada um deles que aceitou o convite desta entidade misteriosa. Cada um deles encarregue de varrer o país que estava a ser atormentado por este problema sobrenatural há uma semana.
Nas notícias o problema até que parecia normal. Mas agora que estão aqui...frente a frente com este tão proclamado "surto" é que percebem a gravidade da situação e o quão fora do normal é. Chega a parecer...
Trew: "...um filme de terror, Ziv. Mas um daqueles filmes tão macabros que até os amantes têm dificuldade em ver."
Ziv: "A sério? Podes ao menos calar-te e focar na situação em mãos?! Isto não é um filme, Trew. Não estamos a lidar com bandidos tal como lá em Nova Iorque. As notícias não fazem jus ao inferno que é aqui. O mínimo que podes fazer seria levar isto a sério, por favor. Estamos literalmente a aproximarmo-nos do local de origem: Lusaka! Entendes o nível da situação?"
Implora contendo a raiva que guarda dentro de si ao máximo. Algo que fica cada vez mais difícil tendo em conta que o anda a tolerar há quase uma hora.
Ou se contarmos com o tempo que a dupla andou a servir como polícia...bem...já vamos em anos.
Soldado: "Ei! Peço desculpa, mas importam-se??"
Intervém educadamente, farto de aturar a barulheira daqueles dois. 
Trew: "Oh, p-perdão."
Ziv: "Raios. Peço imensa desculpa. Prometo que não se volta a repetir." 
Ambos se apressam a pedir as suas desculpas. Não só por estarem a importunarem outros dali como também por medo de serem atirados borda fora.
Soldado: "Sem problemas. Apenas assegurem-se que isto não se volta a repetir. Não quero ter de ir reclamar ao capitão."
Ziv: "De todo. Vamos agora calar-nos. Não voltaremos a importunar ninguém."
Soldado: "Ok..."
Calando-se para deixar de chatear os outros eles tentam parecer normais depois do que aconteceu. Ficam de boca fechada. Com as armas na mão. Quietos em pé, rodeados por outros soldados. No entanto, este silêncio não é o suficiente para parar Trew...
Trew: "Ao menos admite que esta porcaria é estranha. Especialmente para nós, que somos dois polícias de Nova Iorque e não militares como a maioria destes tipos."
Intervém, sussurrando ao seu amigo que só para o calar responde-lhe, também sussurrando:
Ziv: "Ah, sim, admito. É estranho. E o que quer que passe nos noticiários era um eufemismo. Isto aqui não é só um surto ou uma potencial nova pandemia como eles dizem."
Trew: "É, não é?"
Ziv: "É. Trata-se de algo mais...estranho e...e sobrenatural."
Trew: "..."
Ziv: "..."
Ainda no mesmo helicóptero cada um se preparava. Carregavam as armas, se já não o tivessem feito. Ajeitavam os coletes. Asseguravam-se que os capacetes estavam bem postos. Tudo isso entre outras coisas.
Soldado: "..."
Entre esses estava o soldado que tinha calado Ziv e Trew. Vestido da mesma forma que os outros. Ele carregava a sua arma enquanto amontoado pelos outros. Carregava a metralhadora bala por bala.
Soldado: "..."
No meio desse seu trabalho minucioso e atentivo, ouve-se uma voz, um grito de alguém que parecia anunciar algo importante:
Piloto: "PREPAREM-SE! VAMOS POUSAR DAQUI A POUCO!"
Aquilo era o sinal do piloto, a sua deixa para avisar a todos por uma penúltima vez do risco que estavam a correr. Porém, como disse, este aviso não era o último. Por muito que muitos já tenham começado a dar os últimos retoques, o capitão do esquadrão aproveita para dar o último aviso que capta a atenção de todos:
Capitão: "OUVIRAM-NO, RAPAZES? TÊM UM MINUTO NO MÁXIMO. POR ISSO, SE QUISEREM DESISTIR, AINDA VÃO A TEMPO DE SE ATIRAREM BORDA FORA PARA ESCAPAREM A ESTA OPERAÇÃO!"
Soldado: "..."
Ziv: "..."
Trew: "..."
Capitão: "MAS ESPERO QUE ESSAS VOSSAS PERGUNTAS E ESPECULAÇÕES NÃO VOS ESTEJAM A CONVENCER. ESPERO QUE O QUE VIRAM ATÉ AGORA NÃO SEJA O SUFICIENTE PARA VOS ATORMENTAR. PATRULHÁMOS A ZONA QUE NOS FOI DESIGNADA E FELIZMENTE NÃO ENFRENTÁMOS NADA. FOI SORTE. VIMOS MUITAS ATROCIDADES E CADAVÉRES QUE TIVEMOS DE QUEIMAR, MAS, DE RESTO, FOI MUITO PACÍFICO, MUITO LEVE COMPARADO COM O QUE ESTÁ POR VIR. AFINAL, O QUE VÃO VER AGORA, AQUI, NO CENTRO DO SURTO, PERTO DA CRATERA ONDE O METEORO ATERROU...OH, GARANTO QUE SERÁ DEZ VEZES PIOR!"
Soldado: "..."
Ziv: "..."
Trew: "..." 
As palavras foram mais desmotivadores do que qualquer coisa. Deixaram os soldados mais pessimistas do que otimistas. Deixou até alguns, nomeadamente os de mais fraca determinação com vontade de desistir.
Mas esses soldados...eram só alguns. Pois a grande maioria já estava ciente disso. Desde o momento em que leram a carta, mensagem ou ouviram o mensageiro ou chamada...sabiam os riscos. E se estavam aqui era porque estavam dispostos a corrê-los.
Capitão: "QUE ME DIZEM? VAMOS A ISTO?"
Pergunta uma última vez aos soldados. 
Todos eles que se unem numa voz. Têm a resposta e sem hesitar dizem-na em voz alta. Em uníssono exclamam o apreço que têm pelo mundo e por esta missão. Mostram a determinação que têm guardada.
Soldados: "SIM, SENHOR CAPITÃO!!!"
Capitão: "..."
Em silêncio ele sorri. Carrega a metralhadora. Olha para a frente e vê pelo visor do piloto o lugar marcado. É ali que o trabalho acaba. E ninguém vai desistir. Vão dar de tudo... 
...pelo bem deste mundo.
...
E as hélices pareciam abrandar. O clima ficava mais turbulente. O helicóptero começava a chacoalhar. Inicialmente eram chacoalhos leves que simplesmente aumentavam e aumentavam de intensidade. Cada vez mais.
E o soldado à frente de Trew e Ziv, o mesmo que os calou, continuava a carregar a arma. A pôr as suas balas, porque apenas há bocado é que se tinha lembrado com todas estas perguntas que tentava responder na sua cabeça.
Soldado: "..."
Talvez a turbulência esteja a dificultar a tarefa. As balas na sua mão começam a rolar e a tremer, forçando-o a segurá-las com mais força. Também não parece ser uma tarefa muito difícil. Faltam três balas.
Soldado: "..."
Ao pôr a antepenúltima bala o helicóptero começa a tremer mais. Com mais força. Parecendo até que emitia um som. O som das hélices que apenas ficava mais forte ao cortar nas folhas das altas árvores que delimitivam aquela zona florestal.
Soldado: "..."
Ainda assim conseguiu pôr a terceira bala. Ia pôr a segunda quando sentiu o helicóptero a baixar-se. Alguns soldados agarravam-se aos outros para manter o equilíbrio, sabendo que o pior vinha agora no preciso momento em que o helicóptero...
Soldado: "..."
...pousava.
Trew: "Uou. Isto está meio turbulento."
Comenta ironicamente sentindo os chacoalhos a chegar no nível mais intenso. Ziv queria mandar-lhe uma reprimenda, mas estava tão preocupado em manter-se em pé que se esqueceu.
O capitão não se mexe. Já estava acostumado. Mais do que tudo, sabe o que isto significa.
Cada um consegue sentir que a parte de baixo do helicóptero estava prestes a tocar em algo para o veículo estar a abrandar tanto. Era tão lento que indiciava algo mau. 
Mesmo assim, aquele soldado punha a sua última bala. Aquela que ainda estava na palma da sua mão. Então ele ignora a situação que se encontra e foca-se nessa tarefa.
Pega na bala com dois dedos. Aproxima-a da metralhadora suspensa ao seu pescoço por um fio. Ele abre a câmara da arma onde estão metidas todas as balas. E, no meio daqueles chacoalhos fortes e antecipação de todos...ele insere a bala, quando-
*Thomp*
O helicóptero pousa.
Soldado: "Argh."
E com isso...o helicóptero tremeu. Da direita para a esquerda. Um pequeno segundo de turbulência que não se comparava ao que já tinham aturado. Mas suficiente para fazer a bala escorregar das mãos do soldado para o chão.
O helicóptero para. A turbulência e o som das hélices cede.
O soldado ia agachar-se para apanhar a bala que rolava no chão metálico quando-
Capitão: "Vamos a isto. Sem medo!"
Às ordens do capitão todos se começam a mexer.
Trew: "Bora!"
Ziv: "Faz-me é o favor de ouvires o que te digo."
Outros soldados: "Vamos!"
E a bala que estava ali perdida acaba por ser pontapeada pelos seus companheiros que saem em monte. Sem se preocupar com pequenas coisas nem no que pisam. Apenas com o sucesso da missão.
Soldado: "Raios partam..."
Não há nada a fazer senâo soltar resmungos de indignação. A operação tinha começado e isso é o que importa. Nada se compara ao preço de uma bala. Pois eles estavam lutar por algo maior. Estavam a lutar pela humanidade.
Soldado: "..." 
Por isso ele não tenta perseguir a bala que provavelmente já teria sido chutada para o meio da vegetação. Vê que o helicóptero está quase vaziu. Quase todos saíram. Só falta ele.
Portanto não perde tempo. Põe-se logo a andar, sem querer mais saber da bala. Sai juntamente com os outros quatro restantes dali e vai para o campo desta batalha final.
Soldado: "..." 
Mal põe o seu pé na terra molhada, sente logo a dimensão de onde está. Sem ter superado totalmente a perda da bala, ele observa bem para onde se encontra.
É uma floresta. Aterraram bem no centro de uma floresta. Com grandes árvores. O que explica a turbulência. Mas não explica as suas mãos de manteiga. 

Enfim, tem de se focar na missão, na operação pela qual outros 46 soldados lutam.
Capitão: "A ESTRATÉGIA É SIMPLES. EU VOU À FRENTE! PEÇO QUE OS OUTROS FIQUEM ATRÁS DE MIM E SIGAM PREPARADOS PARA O COMBATE. A NÃO SER QUE QUEIRAM FAZER COMPANHIA AO NOSSO PILOTO CLARK, OK?"
Soldados: "ENTENDIDO!"
Segundo os gritos, parecia que já estavam todos prontos mais adiantes. Só este soldado que perdeu uma bala é que não estava com eles. Bem, isso serviu de sinal que tinha de se apressar. Algo que fez logo para não ser julgado.
Com medo de levar reprimendas ele vai ter com os seus companheiros. Esquecendo aquela bala que perdeu. A que rebolou para fora do helicóptero onde só ficou o piloto no cockpit. Enquanto os outros, incluindo Ziv, Trew e este soldado foram lutar. 

Lutar nesta batalha tão estranha que eles nem esperam o que os aguarda...

Pela floresta onde passam aqueles 10 soldados (incluindo o capitão) havia apenas vegetação. Era um espaço verde e vivo que agora foi reduzido a...morte.
A vegetação...toda ela...
As raízes de certas plantas e de algumas árvores...
Até alguns dos animais que por lá viviam...
Tudo tinha morrido.
Apodrecido graças a este fungo.
A paisagem descrevia tudo. Parecia-se mais com um pântano. Faltava só a água para tornar este clima exatamente igual.
Os animais estavam mortos. Com fungos a tomarem parte dos corpos deles. Fungos grotescos que se sobressaíam dos seus intestinos abertos e derramados na terra suja de sangue.
As plantas perderam a sua cor. O verde perdeu-se com o surgimento deste parasita.

Essa cor viva tornou-se num morto cinzento. 

Talvez das infenções que o fungo tinha causado na raíz.

O que quer que fosse era culpa do parasita. Só de ver dá para entender a gravidade da situação. O porquê do país estar de quarentena. A razão de lá estarem. A paisagem sangra e descreve tudo tão bem que-
Trew: "Caramba. Quase dá vontade de vomitar..."
Comenta brevemente para deitar o horror todo que sente para fora num sussurro. 
Normalmente Ziv, que se encontra ao seu lado, estaria a reclamar destes comentários, mas...neste tipo de situação...nem o consegue culpar.
Ziv: "T-Tens razão. Isto é...tão...grotesco."
Responde também num sussurro ao mesmo tempo que olha para os ursos mortos no chão. Estripados. Alguns ainda a verter sangue dos cortes profundos que receberam. Outros, por outro lado, estão secos. São carcaças rodeadas de moscas. 
Mesmo assim não param. Trew e Ziv continuam a marcha atrás dos outros soldados que, por sua vez, seguem o capitão destacado à frente. Isto enquanto lá atrás vai o tal do soldado.
Soldado: "..."
Quieto e tão horrorizado quanto Ziv e Trew. Com a diferença que ele não expressa tudo para fora. Tal como o capitão e os outros fazem. Não é como se não sentissem medo ou vontade de vomitar. Apenas fazem questão de suprimirem tudo para não assustar os outros numa reação em cadeia.
Capitão: "FIQUEM ATENTOS! E SE VIREM ALGO, AVISEM!!!"
Soldados: "CERTO!"
Soldado: "..."
Ziv: "..."
Trew: "Sem dúvida..."
Graças aos avisos do capitão são trazidos de volta ao que importa, de volta à realidade. Tentam por segundos abstrair-se daqueles horrores que os rodeiam para focar na missão: matar o parasita.
Imediatamente todos começam a segurar com mais força nas suas armas. Sendo que todos carregam uma metralhadora carregada, alguns um intercomunicador e o soldado com uma bala a menos é o único que não tem a metralhadora carregada até ao máximo.
Todos ficaram mais atentos. Às frutas podres nas árvores outrora cheias de vida. Às bananas e acerolas lá no topo das árvores com cores estranhas.
Ziv quase tremia de medo sem tirar os olhos dos animais mortos.
Trew nem queria acreditar no que via ao prestar atenção nas flores desabrochadas e relva murcha.
Já o soldado decidiu olhar para os arbustos que estavam cinzas e-
Soldado: "..."
...
O que-
...
O homem para de súbito. Deixando os restantes marchar. Eles nem se apercebem que ele já não os segue. Talvez por estar lá atrás. Mas...há algo certo. Ou que pelo menos se julga. E o soldado...pelo menos ele...
...
...julga ter visto algo a mexer-se.
Soldado: "CAPITÃO!!! PESSOAL! PAREM, POR FAVOR!"
Ele grita logo para alertar todos num enorme stresse.
Todos parecem ouvir a sua voz vinda do fundo. Ziv. Trew. Até o capitão e os soldados da frente. Todos sem excepção param. Viram-se para trás só para ver ali, na cauda do batalhão, um soldado. Aquele soldado que facilmente passaria despercebido estava ali parado a olhar para...arbustos...
Ziv: "..."
Trew: "Huh?"
Soldados: "..."
Capitão: "O quê?"
Ninguém compreende. Mas pela forma como falou, ele não parecia estar a mentir. Por isso é que o capitão e todos os outros ficaram intrigados ou, devo até dizer...assustados.
Capitão: "..."
Antes que os outros pudessem fazer qualquer coisa, o capitão antecipa-se. É o primeiro a agir. Ele sai da frente e vai até ao fundo. Passando ao lado dos próprios homens, dos próprios subordinados que jura proteger e para quando alcança aquele soldado.
Soldado: "..."
Este vira-se para o lado ao ouvir passos de alguém. acompanhado...por uma voz familiar.
Capitão: "Se ouvi bem, tu disseste que tinhas visto algo."
Diz, de forma muito calma. Tão calma que tranquiliza o soldado ali por um bom bocado.
Soldado: "..."
Capitão: "Podes ao menos dizer-me o que vistes, soldado..."
Clint: "Clint."
Capitão: "Clint. Diz-me o que tu viste para o batalhão inteiro parar."
Clint: "..."
Ele nem consegue exprimir em palavras. Talvez por só agora ter percebido que ninguém o levaria a sério. Sim, pode ter visto um arbusto a mexer-se, mas...e daí? Não havia lá nada. É, não é? É...não. Clint tem a certeza que havia algo ali.
Clint: "E-Eu sei que isto pode parecer estupidez, mas juro ter visto algo a mexer-se."
Capitão: "A mexer-se? Tipo um vulto? Ok. E onde é que estava esse vulto?"
Clint: "B-Bem...vi o movimento quando estava a olhar para os arbustos."
O soldado tira a mão direita de cima da metralhadora deixando apenas a mão esquerda a segurá-la. Com essa sua mão solta ele aponta de pouca segurança para o tal do local.
Clint: "Ali. Foi ali, no meio da vegetação morta que julgo ter visto."
O capitão segue o movimento do dedo indicador. Da mesma forma que outros soldados que, embora muitos não consigam ouvir a conversa, conseguem interpretar o que acontece. E sabem bem o que Clint fazia.
E felizmente para eles...olhando para aquele arbusto quase de coração na mão...rapidamente chegam a uma conclusão...
...e o que vêm...
...
...
...é nada.
Trew: "..."
Ziv: "..."
Soldados: "..."
Os soldados já suspiravam em silêncio. Queriam era seguir em frente deste susto momentâneo que pelos vistos não era nada de interessantes. Esperavam que o capitão fizesse o mesmo. Com esta minúscula diferença que...ele continuou a olhar para o arbusto morto seriamente.
Como se acreditasse mesmo nas palavras de Clint.
Wells: "Sabes que mais, Clint? Fica aqui. Que o capitão Wells vai ali ver, está bem?"
Diz o capitão, de forma mais íntima, para o seu subordinado, tal como se estivesse a falar para uma criança.
Clint apenas lhe acena de volta com a cabeça ao mesmo tempo que baixa o braço. Sem conseguir dizer nada por ainda não ter processado tudo. Especialmente a identidade do que pode ter visto...
Clint: "..."
Wells: "..."
Os soldados nem sabem o que dizer. Iam já prontos para julgar o capitão, mas...a forma como ele segura firmemente na metralhadora...o olhar acerrado e postura séria dele...alerta-os que isto não é tempo para brincadeiras.
Ziv: "..."
Trew: "..."
Soldados: "..."
Clint: "..."
Logo todos se calam. Ficam quietos ao observar apreensivamente cada movimento do capitão. Cada passo do homem que corajosamente vai investigar o local do movimento. Sabendo perfeitamente que corre o risco de atacado pelo inimigo.
Wells: "..."
Num andar agachado. Metralhadora na mão. E todas as intenções para matar tudo o que vir à frente. É desta forma que ele pisa na relva morta que leva àquele arbusto do fundo.
Aquele arbusto sem cor.
Preto e branco.
Onde o inimigo se esconde.
E a cada passo que dá fica mais perto.
A cada passo que se aproxima. A cada passo...
E, de momento, está perigosamente perto. A uns meros passos de chegar à sua conclusão.
Os soldados todos sustêm a respiração ao verem que ele estava já diante do arbusto. Clint teria levado a mão à boca se não tivesse a máscara. Ziv e Trew também não piavam com curiosidade mórbida para ver o veredito final.
Wells: "..." 
O capitão dá os passos finais.
Um.
Dois.
Três e para.
Ali mesmo. Sem dar nem pôr. Para agachado de frente para o arbusto. Assim está perto o suficiente para ver quem lá se esconde.
Wells acerra ainda mais o olhar. Tentando ao máximo confiar nos seus instintos para chegar à conclusão mais fiável. Ele fica o mais calado possível. Só a olhar para o arbusto.
Reduzindo a sua visão inteira do mundo para o arbusto. O arbusto. Aquele arbusto que supostamente se mexeu com o movimento. O movimento. Onde está? O que foi? Ele fica a ponderar isso tudo ao olhar para o arbusto.
Numa avaliação meticulosa onde usou todas as suas habilidades. Muitas das quais já se tinham esquecido que tinha. Ou que não punha a uso há muito. Mas...o que interessa é que depois disso tudo...
...ele chegou a uma conclusão.
E pelos vistos...
...
...
...
...não era nada.
Wells: "Tch. Nada."
O capitão levanta-se por completo. Sinalizando que realmente...não havia nada. Fosse o que fosse...muito provavelmente foi uma brisa ou-
???: "RARGHRGHRAAAAA!!!"
De súbito sai uma esguia criatura dos arbustos. Pulando do meio da folhagem para cima do capitão.
Ninguém tem tempo para pensar. Nem sabem ao certo o que era aquilo, embora se parecesse muito uma hiena. Só sabiam que tinham ali o inimigo, mesmo diante dos seus olhos.
Wells: "HAAA!"
Compreensivelmente o capitão é assustado. Grita e é desiquilibrado com a raiva da criatura acabando por cair para trás sem se aperceber.
A sua mísera sorte foi que a criatura pousou com as suas quatro patas no solo sem o pisar. Conseguiu ficar precisamente à sua frente permitindo cada soldado ver do que se tratava. E era mesmo o que a figura transparecia...
...uma hiena.
Por segundos eles confirmam as suas suposições. A hiena já estava mais do que morta. De aparência grotesca com bolhas de ácido por todo o seu corpo e partes do seu crânio à mostra tendo a sua pele arrancada. Era óbvio do que se tratava.
Era um inimigo.
Wells: "DE QUE É QUE ESTÃO À ESPERA?!"
Indaga o capitão a segurar desesperadamente na metralhadora e apontando-a para a cabeça da criatura diante de si.
Wells: "DISPAAAAAAAAREEEEEEEEEEEEMMMM!" 
E imediatamente todos acordam para a realidade.
Soldados pegam nas suas armas de preferência e apontam-nas para o monstro adiante. Então, quando o capitão prime o gatilho, fechando os seus olhos...
...
...
...todos seguem a ordem.
Soldados: "HAAAAA!"
Trew: "HAAAA!"
*Bang* *Ratatatatatata* *Plam* *Vwish* *Vwish* *Plam* *Tam* *Pow* *Ratatatatatatatata* *Bang*
*Vwish* *Vwum* *Tam* *Bang* *PLAAAAAAMMM*
*RATATATATATATATATA* *BAAAANG*
Balas voam pelo ar com o pressionar de um gatilho. Cada um indo em direção da hiena monstruosa. Perfurando nas mais variadas partes do seu corpo.
*Ratatatatatatatata* *Plam* *Bang* *Bang* *Bang*
Cabeça. Barriga. Patas e pernas. Todos os tiros eram efetivos, independente da arma que o soldado estivesse a usar. Pois cada bala acertava naquele relativamente pequeno animal, inclusive aquelas que vinham dos soldados mais inexperientes.
*Vwish* *Bang* *Vwish* *Bang* *Vwish* *Plam* 
Ziv: "HAAAAAAA!"
*Ratatatatatatata* *Blang* *Plam* *Bang* *Pow* 
Trew: "HAAAAAAAAAAA!"
*Bang* *Bang* *Bang* *Pow* *Pow* *Pow* *Pow*
Clint: "..."
Só Clint é que estava tão chocado com o que viu que não se conseguia mexer. Apenas observar os esforços conjuntos de todos para alcançar a vitória.
*Cram* *Blum* *Bang* *Prumm* *Ratatatatatatata*
Wells: "HAAAAAAAA!"
O capitão conseguia disparar apesar do nervosismo. Tinha o inimigo mesmo à dua frente. Quase à queima-roupa. A correr risco de vida. Por isso não se conseguiria ver a fazer outra coisa.
*Bang* *Ratatata* *Blam* *Palm* *Vwish* *Plam*
Todas as balas são usadas sem nenhum desperdício. E não vão parar até a criatura que leva disparos de todos os lados caía. Não enquanto ainda tiverem balas no pente.
Algo que acaba mais rápido do que o esperado.
*Ratatatata* *Vwish* *Vwush* *Tram* *Plam* *Bang*
*Bang* *Pram* *Bang* *Pow* *Pow* *Plam* ... .... ... ...
*Thrommmp* *Plam* *Bang* *Plam* ... ... ... ... ... ... ... ...
*Pow* *Blam* *Prow* *Pam* ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...  
*Ram* *Tump* ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
*Vwish* ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ..
Wells: "..."
Trew: "..."
Ziv: "..."
Soldados: "..."
Clint: "..."
Até que o pressionar dos gatilhos deixa de soltar balas. Todo aquele barulho e estrondos que ensurdeceram alguns dos soldados dali tinha finalmente cessado. 
...
Restava ver o resultado dos disparos.
Wells: "..."
Nervosamente o capitão abre os seus olhos ao máximo. Depois de toda esta enxurrada de balas ele abre os olhos esperando que a criatura tenha morrido. Dá uma boa olhada e vê que a criatura ainda está em pé.
Mas...toda esburacada...ensanguentada...e...
...aparentemente...sem vida.
Pois não deixa passar nem um segundo depois de todos os soldados terem parado e de todos terem dado uma boa olhada que a hiena morta finalmente aceita a sua derrota...
...caindo sem vida...
...para o chão.
...
Clint: "..."
Trew: "..."
Ziv: "..."
Soldados: "..."
Wells: "Nós...conseguimos."
O capitão levanta-se, mantendo sempre a pega firme na sua metralhadora. Sem conseguir acreditar no que tinha acontecido. Sem saber como tinha sobrevivido à experiência, mas, ainda assim, cheio de felicidade.
Wells: "Hahaha. Nem consigo acreditar."
Agora mais seguro ele vira-se para trás tendo conseguido o veredito final e anuncia a todos a vitória:
Wells: "VIRAM ISTO, MALTA? ELA ESTÁ MORT-"
???: "Raragh!"
Quando tudo parecia ganho o perigo volta a surgir.
Das costas do capitão confiante surge um par de tentáculos que não gasta tempo a colar-se ao pescoço de Wells com a maior agressividade. 
Trew: "Ah..."
Ziv: "..."
Clint: "..."
Alguns soldados assustam-se com a quebra das próprias expectativas. Assustam-se ao ver o capitão que há um segundo atrás parecia ter ganho a ser surpreendido pela própria arrogância. 
Os tentáculos incapacitam Wells com enorme força, fazendo-o largar a metralhadora no chão enquanto é erguido no ar contra a sua vontade. Rapidamente o inimigo autor do ataque surpresa revela-se. Vindo diretamente de trás dos arbustos mortos surge outra hiena. Uma que parece...diferente.
Sim, tinha também bolhas de ácido. Sim, tinha o ar que já tinha morrido. Sim, estava certamente infetada. Contudo, ela parecia ter sofrido mutações. Senão é impossível explicar os tentáculos a saírem das suas costelas.
Trew: "É uma hiena, mas..."
Ziv: "Ela é tão diferente como se..."
Clint: "Tivesse sofrido uma mutação."
E nesse momento em que uma hipótese é formulada, ouve-se o terror do último suspiro do capitão. Estando todos observando incrédulos e paralisados por surpresa, tentando fazer sentido da situação que se dá...
*Crack*
O quebrar do pescoço de Wells com um torcer dos tentáculos segundo a vontade da hiena.
...
Foi neste momento que os soldados ficaram a saber o que tinham a fazer.
...
Trew: "..."
Ziv: "..."
Soldado: "..."
Clint: "Então isso significa que...os tiros..."
Os olhos dele arregalam-se não só pelo choque mas pelo que acabou de perceber. Com todos os seus companheiros paralisados ele vira as costas para o corpo que o tentáculo deixa cair no chão sem vida e grita para todos o que conseguiu prever ao mesmo tempo que começa a correr:
Clint: "FUJAM! ELAS VÊM AÍ!"
E os soldados viram o que ele tinha previsto...
Porque ao lado daquela hiena surgiram outras 5. Não, 7. Não, 10. Elas vinham e vinham sabe-se lá de onde. Só sabiam de uma coisa. Sabiam que apenas tinham ali uma chance: fugir.
...
Hiena infetada: "Rarghragah!"
Hiena infetada: "Rarrrhghrah!"
Hiena infetada: "RARAGHARGH!!!"
...
Ziv: "CORRAM!!!"
Trew: "AHHHHHHHHHHHHH!"
Soldados: "AHHAHHHHAHAHA!!!"
Clint: "FUJAAAAAAAMMMM!!!"
Todos começaram a mexer-se. Todos viraram as costas com as suas armas por carregar e fugiram que nem uns cobardes. Fugiam dos inimigos que saltavam para a frente tento alcançá-los. Tentavam fugir da morte.
Soldados: "AHHHHHHH" *pant*
Clint: "NÃO OLHEM PARA TRÁS! APENAS SIGAM!!!"
Trew: *pant* "RAIOS PARTAM!!!"
Ziv: "VAMOS, TREW! NÃO PARES!!!"
Cada um fazia de tudo pela sobrevivência.
Eles saíram a correr pelo mato com as hienas a perseguirem-nos a enorme velocidade, encurtando cada vez mais a distância entre eles. Por equanto ficaram apenas 9 soldados que sujavam as botas na lama e se atrapalhavam nos galhos e arbustos, mas que corriam pela própria vida. 
Corriam pela sobrevivência.
Clint: *pant*
Trew: *pant*
Ziv: "ANDA! EU SEI QUE CANSA, MAS SE CONTINUARES EU JURO QUE TE RECOMPENSO QUANDO VOLTARMOS!!!"
Diz tentando dar motivação ao colega mais velho que não parece aguentar uma corrida daquelas por muito mais. 
Trew: *pant*
Ziv: "Uff."
Trew: "FALA POR TI...TU É QUE ÉS MAIS NOVO..."
Porém este esforço era efémero.
Os humanos têm os seus limites. Nomeadamente o cansaço e a energia que gastam e que precisa de ser constantemente recuperada.
Muitos dos soldados dali já não aguentavam. Ou eram muito velhos ou simplesmente estavam tão focados nos horrores que tinham acabado de experienciar com o capitão que...não se conseguiam focar na corrida, só no trauma.
Soldados: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*
Clint: *pant* *pant*
Trew: *pant* *pant* *pant*
Ziv: *pant*
O cansaço começava a apanhar os soldados. Mais a uns do que a outros, mas sempre presente. E as hienas não recuavam. Continuavam a sua corrida sem parar. Parecendo que tinham energia infinita. Parecendo que fariam de tudo para os apanhar e à distância em que estavam, não demorariam muito.
Clint nem sabia como, mas estava à frente do bando. Levava-os pela floresta adentro e agora pareciam estar a entrar numa zona de relevo inclinado para baixo. Uma espécie de morro com relva murcha a preenchê-lo.
Clint: "CUIDADO COM O MORRO AQUI À FRENTE!!!"
Trew: *pant* *pant*
Os soldados são obrigados a abrandar para não caírem. Têm de descer com cuidado para não caírem, porém, foi neste momento que se abriu a oportunidade para o predador. A oportunidade de atacar quando a presa está preocupada em outra coisa: não cair.
Foi então...que se deram as vítimas.
Ao abrandar no início do morro vários soldados se puseram à jeito. Alguns apenas o fizeram para tomar cautela no piso, mas outros não aguentaram a oportunidade para descansar por um segundo ou dois. Mas...nestas situações...até um segundo pode decidir entre a vida e a morte...
Hiena infetada: "RARGHRAAAAH!!!"
Soldado: "AHHHHH!" 
Os animais saltam para a frente abocanhando soldados que ficaram nem que seja um instante a apanhar o fólego. Usando os tentáculos para os incapacitar e as bocas para os devorar. Tendo alguns estranhamente cuspido ácido no momento em que os foram comer.
Um.
Dois.
Três se foram.
Três homens tinham sido perdidos para o bando de hienas que ainda parecia cheia de fome.
Restavam 6 soldados.
Esses que restaram tinham cuidado ao descer. Cuidado para não pisar em galhos ou tropeçar em algo que fosse surgir. Eles que, apesar do cansaço, davam tudo para continuar.
Trew: *pant* *pant* *pant* *pant*
Ziv: *pant*
Clint: *pant* *pant*
Soldados: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*
Desciam com cuidado. Cuidado talvez a mais. Cuidado necessário, mas que pode ser aproveitado para o mal tal como as hienas fizeram.
Criaturas estas que aproveitaram a lentidão com que os soldados desciam. Usaram a inclinação para aumentar a sua velocidade de corrida. Desta forma, conseguiram atropelar um soldado com as suas pernas ossudas e ter mais um para comer.
Mas não passou de um. Tiveram sorte de haver uma só vítima, pois os restantes estavam ocupados a comer o que restava dos outros soldados. Então. quando acabaram, já os restantes 5 tinham descido tudo. Tinham chegado a uma superfície plana outra vez.
Clint: *pant* *pant* *pant*
Trew: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*
Ziv: *pant*
Soldados: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*
Acabaram de passar uma das partes mais complicadas. Mesmo assim não podiam parar. Não até despistar as hienas, o que parecia improvável tendo em conta todas as casualidades que nem poderam lamentar e o cansaço do qual nem têm tempo para recuperar.
Agora era um espaço mais estranho. Plano e ao mesmo tempo pouco familiar. Uma espécie de espaço descampado. Onde nem havia vegetação morta. Simplesmente não havia nada senão terra, areia churrascada e árvores que delimitavam aquele espaço num círculo, separando-o do resto da floresta.
Mais parecendo que tivesse havido um incêndio.
Porém as teorias não passam disso.
Incêndio.
Trew: "Ai...espero que não te importes." *pant* *pant*
Já com as pernas nas últimas e dificuldade a acompanhar o colega da sua direita ele apoia-se no ombro de Ziv. Este não se importa muito, pois compreende aquela dor e estava bem ciente do risco que o seu colega de trabalho iria correr.
Ziv: "Huh. Aguenta, companheiro."
Trew: "T-Tentarei." *pant* *pant* *pant*
Outros 2 soldados: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*
Clint: *pant* *pant* *pant*
Ficava difícil inclusive para Clint manter o ritmo para sempre. Agora que olhava para trás e via os poucos soldados que lhe sobraram e as hienas que chegavam a toda velocidade ao descampado, percebia que teria de fazer algo diferente.
Clint: *pant* "Ei! Alguém tem um intercomunicador." *pant* *pant*
Pergunta ofegante no meio da correria e suspiros aos restantes soldados que seguem mesmo nas duas costas.
Trew: *pant* "D-Desculpa." *pant* *pant*
Ziv: "Sim, infelizmente estás com azar."
Clint: *pant* *pant*
O desespero já começava a correr solto. Estava pronto para desistir e atirar-se aos às hienas. Ia mesmo suicidar-se para não ter de sofrer uma morte longa e dolorosa quando...se lembrou que faltava a resposta de outros 2 soldados.
Clint: "EI! E VOCÊS? TÊM UM INTERCOMUNICADOR?" *pant* *pant*
Grita para os soldados lá no fundo ouvirem. Estes que são os mais prováveis de morreram, mas também a sua última esperança.
Ao que um deles responde para sua felicidade:
Soldado: "SIM! TENHO AQUI NO MEU BOLSO!"
O seu coração fica logo a palpitar de empolgação. Quase sem acreditar que, afinal, ainda havia esperança. Mas ele rapidamente se foca no importante:
Clint: "A SÉRIO? BOA!!! LIGA AOS OUTROS! PEDE REFORÇOS URGENTEMENTE! REPITO, URGENTEMENTE!!!"
Soldado: "OK!" *pant* *pant*
Isto é o mínimo que pode fazer além de correr. Porque este último não garante a sua sobrevivência. 
Terá de contar nos outros para isso.
Então o soldado faz a sua parte. Ao correr tira o intercomunicador colado ao colete à prova de bala. Lado a lado ao seu outro colega sobrevivente, ambos extremamente exaustos, estando a poucos metros das hienas, ele clica no botão e manda uma mensagem a quem quer que seja que esteja a ouvir:
Avers: *pant* "ESCUTO! AQUI FALA O AVERS DO ESQUADRÃO 4!!!" *pant* *pant*
Informa num grito para que todos ouçam.
Outro soldado: *pant* *pant* *pant*
O seu companheiro não parece aguentar mais. Aumentando mais a urgência da situação, como se as hienas já não fossem suficientes.
Avers: *pant* *pant* "EU PEÇO QUE A QUEM QUER QUE ESTEJA A OUVIR..." *pant* "SEJA QUEM FOR...QUE POR FAVOR NOS VENHA AJUDAR NO CENTRO DE LUSAKA!!! POR FAVOR!!!"
Mas estes suplicos são apenas suplicos. E por muito que a ajuda venha, não virá cedo para salvar todos. Já morreram 5. E o seu amigo também não virá a tempo...
Outro soldado: *pant* *pant* *pant* *pant*
No meio do pedido de Avers, o cansaço chega ao seu pico. O seu companheiro acaba por cair no chão com as pernas sendo incapazes de sustentar mais o peso do seu corpo.
Surpreendendo o seu colega ele rebola pelo chão como se fosse um pedaço de lixo emprestável. Vai sem vontade de se levantar ter com o inimigo, pois, por muita vontade que tivesse de viver, o seu corpo não o iria permitir. Não cansado como está...
Hienas infetadas: "RARGHRAAAAAARGHHHH!!!"
Outro se foi. Restava agora ele e os outros 3 ali adiante. O suficiente para fazer qualquer um quebrar e ficar de joelhos no chão. Mas Avers não. Tinha visto sacrifícios suficientes hoje e não deixaria este ser em vão.
Já estava a prever o que aí vinha. O seu destino não seria muito diferente do do seu companheiro. Ainda assim ele persiste. Persiste para completar o pedido. Mesmo que morra no processo. Ao menos assim saberá que a sua morte não será em vão.
Então ele volta a ganhar determinação dos seus olhos, que se enchem de lágrimas, e completa o pedido num último grito:
Avers: "POR ISSO EU PEÇO-VOS DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO. NEM QUE ESTAS SEJAM AS MINHAS ÚLTIMAS PALAVRAS: AJUDEM-NOS!!!"
E mal acaba a chamada, tentáculos das hienas a meros passos de si estendem-se para a frente e pegam na perna de Avers. Incapaz de resistir com o cansaço que tem, ele aceita a própria morte. Deixando de clicar no botão e terminando a chamada antes de ser abocanhado por uma hiena.
Urso infetado: "RARGH!!!"
Faltavam agora 3 soldados.
Trew. Ziv. Clint.
Eles que...com este último grito de Avers...mesmo sem olhar para trás...perceberam que eram os últimos sobreviventes do esquadrão.
Só precisavam de aguentar.
Clint: *pant* "VAMOS LÁ! SÓ PRECISAMOS DE ESPERAR POR ELES MAIS UM POUCO!!!" *pant*
Trew: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*
Ziv: *pant*
Ofegantes eles continuam a fugir da morte com o resto das suas forças. Vão adiante sem sequer saber aonde. Apenas querem despistar os seus inimigos. Para isso eles seguem em frente...apercendo-se aos poucos que não estão só num descampado.
Ziv: "EI! TU QUE ESTÁS AÍ À FRENTE CONSEGUES VER O QUE É AQUILO ALI AO FUNDO?" *pant*
Clint é alertado para algo que não esperava. Mas é verdade. Havia algo ali ao fundo. Algo que não tornava este descampado num deserto completo. 
Olhando bem, dá para ver que não é uma árvore. Não é mais uma hiena felizmente. É algo estático ali no chão. Algo meio achatado...como se tivesse sido atingido por uma certa coisa.
Tratava-se...de uma cratera.
Clint: "Não posso..." *pant* *pant* *pant*
Ao correr os pensamentos começam a fluir a mil. Por muito que tenha sido naquele momento, ele sentiu o cansaço e a dor a desaparecer. Assim ele foi ter com a sua mente e...as suas teorias.
Não. Agora não é por preocupação excessiva. É que fica complicado não pensar naquela cratera ao fundo sabendo o que eles já lhe tinham avisado. O que Wells lhes tinha dito no helicóptero. E como ele também tinha falado...
...de uma cratera.
Os pontos começam logo a ligar. O cansaço e a dor voltam com esta conclusão a que o soldado chegou. E não é uma boa conclusão. Nem por sombras. É uma notícia terrível. Pois a não ser que os seus olhos o estejam a enganar, aquilo-
Clint: "Merda. AQUILO ALI À FRENTE NÃO É SÓ UMA CRATERA! AQUILO É O LUGAR ONDE O METEORO CAIU!!! AQUILO É O NINHO DE TODOS ESTES MALES!!!!!!!!!"
Grita, dando a chocante informação aos colegas que ainda não conhece. Deixando-os assim em choque. Perdidos. Perguntando-se se, afinal, sempre vale a pena continuar a correr...
Trew: "N-Ninho?" *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*
Ziv: "O quê? M-MAS ESTÁS A GOZAR?! ENTÃO ESTAMOS A CORRER PARA QUÊ?! ESTAMOS A IR EM DIREÇÃO À NOSSA MORTE ENQUANTO ESTAMOS A SER ENCURRALADOS POR URSOS FAMINTOS!!! VAMOS MORRER DE QUALQUER FORMA!!! QUER CONTINUEMOS A CORRER QUER DESISTEMOS AQUI NESTE PRECISO MOMENTO!!!"
Clint: "..."
Ele sabia disso. Ziv é que foi mais rápido a atirar-lhe isso à cara. Mas ele ainda tinha esperança. Esperança que a ajuda havia de chegar. E por isso é que não podia parar agora...
Clint: "Tens razão." *pant* *pant* "MAS TEMOS DE CONTINUAR." *pant* "SENÃO QUEM É QUE NÓS VAI SALVAR?" *pant* *pant* *pant*
Trew: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*
Ziv: "..." *pant* *pant*
Pior é que ele tinha razão. Enquanto houver esperança não se pode desistir. Tem que se continuar a correr até ao último segundo, mesmo que seja em direção ao perigo. Mesmo que a situação não os ajude e as hienas sejam capazes de aproveitar o mais pequeno momento para atacar, impossibilitando-os sequer de mudar de rumo.
E ainda assim continuam. Pois a cada segundo podem ser salvos. 
A cada segundo...
Trew: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*
Ziv: "Ouviste, Trew? Temos de nos aguentar." *pant* "Só mais um pouco."
Então eles continuam a seguir em frente. No pico do esforço, dor e cansaço. Sendo perseguidos pelas hienas que aceleram o passo em sua direção. Correndo estes humanos para a única direção em conseguem: em frente, até à cratera.
Clint: *pant* *pant* *pant* *pant*
Esse local que ficava cada vez mais perto...
...tal comooas hienas.
Ziv: *pant* *pant* 
Até o espaço ir encurtando...
...encurtando...
Trew: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* 
...encurtando...
Clint: *pant* *pant* *pant* *pant*
...encurtando.
Ziv: *pant* *pant* *pant*
Trew: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*
Clint: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*   
Encurtando entre esses três elementos e as hienas e a cratera. Trew, Ziv e Clint. As hienas. A cratera.
...
Clint: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* 
Até que...
...o espaço entre dois desses elementos...
...entre Clint, Ziv e Trew...
Ziv: *pant* *pant* *pant*
Trew: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*
Clint: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*  
...e a cratera...
... 
...deixar de ser significativo.
Clint: *pant* "..." *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*
Naquela corrida pela sobrevivência, o momento que ele menos esperava chega mais cedo do que queria. Finalmente tinha alcançado a cratera de 20 metros que parecia ter desflorestado aquela região. O ninho da criatura...
Correndo mais um pouco vai começando a ter uma ideia do local. Vai começando a ver as pedras deslocadas com a queda do meteorito. Vai começando a pisar num solo cada vez mais vertiginoso e de maior ângulo. Um espaço digno do poder despertado sobre os ursos e os mortos-vivos que assombravam a Zâmbia toda.
Ele continua e continua, corre e corre instantes à frente de Trew e Ziv, segue em direção ao local até que...para.
Clint: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* "..."
Tinha acabado de chegar numa espécie de precipício que levava a uma queda de 3 metros até ele.
A criatura que, a esta altura, está quase tão visível como o sol...
...
...envolvido por pedaços rochosos...
...restos que sobraram do meteoro...
...no ponto mais baixo está o monstro...
...
...lá residia o parasita.
De forma humanoide.
Com pedaços de ferro espalhados pelo corpo como se fossem uma armadura.
Crânio semelhante ao de um camelo na cabeça.
...
Assim estava ele.
...
Sem se importar com o que rodeava.
...
Numa posição fetal.
...
Aparentemente num sono profundo...
...
...enquanto ligado ao mundo...
...
...mantendo a sincronia com a região...
...
...ele estava com os pés bem plantados no solo...
...
...usando-o como meio de propagar a sua doença.
...
...
...
Os olhos arregalados de Clint. A respiração mais pesada ao ver algo de outro mundo. Estas não eram só reações momentâneas. Eram reações realistas que qualquer um teria ao ver um ser deste nível. 
...
Era uma reação que qualquer um teria ao ver o causador desta pandemia que tem debastado todo um país...
...matando-o...
...
...pouco...
...a pouco...
...
...

...
Trew: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*
Ziv: *pant* *pant* "WHOW!!! MAS QUE-"
A chegada de Ziv acaba com este momento de contemplação de Clint. Este que se lembra que não está sozinho. Agora ao seu lado tem dois soldados, embora um esteja essencialmente a ser carregado pelo outro menos cansado.
Trew: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* "Ah! Finalmente parámos!"
Diz ele aliviado sem sequer se ter apercebido do que o rodeava.
Por outro lado, tínhamos Clint a voltar as suas atenções para os inimigos atrás de si após ter visto aquela criatura de que lhe tanto foi falado. E ao mesmo tempo, Ziv tem o seu primeiro vislumbre dela...
Ziv: *pant* *pant* "Então isto...ele é que é o parasita mãe. Ele sempre foi o responsável disto tudo..."
Murmurando a si mesmo ele vai juntando todas as informações que recebeu. Processando o porquê do parasita ser tão grande e estar envolto em pedaços rochosos, em posição fetal, pés plantados no solo como se estivesse a entranhar-se na terra para...para que...
...para poder... 
...para poder propagar este vírus para todos.
Ziv: "Espera um momento..." *pant* *pant*
Percebendo quem tem diante de si e o significado da sua presença ele vira-se para trás, vendo o seu colega a passos à sua frente, encarando os ursos que em segundos os alcançarão. Trew estafado segue o movimento e aproveita para apanhar ar, mas não ouve os barafustos do seu colega, não ouve o que ele diz:
Ziv: "Ei, eu não sei se sabes a oportunidade que temos diante de nós." *pant*
Clint: *pant* *pant* *pant* "Sim, estou bem ciente."
Responde num tom monocórdico e decepcionado.
Ziv: "Então de que é que estamos à espera? Porque é que tu não espetas com uma bala na cabeça do parasita?" *pant* "Sabes o que isso significaria, não é? Deves ter ideia do quão benéfico para nós isso seria. Literalmente estaríamos a concluir a nossa missão. Matávamos a fonte deste surto de uma vez por todas!!!" *pant* *pant*
Clint: "..." *pant* *pant* *pant* *pant*
Ziv: *pant* *pant* "Ao menos responde-me a isso. Antes que os ursos nos alcancem. O mínimo que tu podes fazer é dizer-me porque é que tens agido desta maneira esquisita...te tens mantido tão esperançoso...o porquê de seres a única pessoa de arma carregada que não carrega nenhum colega e que ainda assim se recusa a agir..." *pant*
Trew: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*
Clint: *pant* "..." *pant*
Ziv: *pant* "ESTÁS A OUVIR O QUE EU ESTOU A DIZER?! RESPONDE-ME!!!"
Clint: *pant* "..." *pant*
Naquele segundo, tudo se concentrou naquelas palavras. Parecendo até que, por momentos a preocupação e morte eminente tivessem desaparecido. Como se as hienas não estivessem ali bem diante dos seus olhos ele concentra-se naquelas palavras insignificantes...
"Porque é que tu não espetas com uma bala na cabeça do parasita?"
Porquê...
Clint também não percebe o porquê destas palavras terem ressoado tanto com ele e paralisado o seu pensamento. 
Nem ele sabe porquê...
Mas quanto à pergunta...
...boa pergunta...
...porquê...
...porquê...
...porque é cobarde...
...porque é que tem andado a correr durante todo este tempo se tem uma arma carregada ao pescoço...
...bom ponto...
...que boa pergunta...
...boa pergunta...
Clint: *pant* *pant* "É...tens um ponto..."
Murmura como se um pensamento lhe tivesse escapado da boca para fora.
Clint: *pant* "Mas...as coisas não são assim tão simples. Aquilo é um parasita...ele deve dar-nos mais trabalho a nós do questesas hienas."
Responde sem voltar a acordar para a realidade e sem ter se apercebido das hienas que estão cada vez mais próximos de alcançar com esta discussão.
Mas...ele que já se sentia confiante com a solução que tinha encontrado ao problema é deparado com algo que não esperava...
...
...e era algo que não esperava que o pusesse tanto a pensar...
...
Ziv, com Trew a recuperar a energia apoiado em si, falando lentamente e de forma irritada questiona-o nestes últimos segundos que tinham até os inimigos os alcançarem:
...
Ziv: "E como é que sabes disso? Tu nem sequer parece que queres tentar!!! Pareces apenas...parece que..."
... 
Clint: "..." *pant*
...

Ziv: "Parece que estás a fugir das tuas responsabilidades!!!"

...
Clint: "..."
...
E foi quando ouviu isto...
...de instintos adormecidos...
...acabado de recuperar da corrida...
...que foi acordado...
...
...
...
...que acordou para a realidade e viu as hienas a metros deles.
...
Clint: "Merda..."
Ele nem teve tempo para responder.
Ficou boquiaberto ao entender quanto tempo passou preocupado com os seus pensamentos.
Foi tanto tempo que agora vê a morte a bater à porta. Caso contrário nem se teria apercebido do quão perto estava...de morrer.
...
Do quão idiota foi durante este tempo todo... 
...
Clint: "Ah! AFASTEM-SE!!!"
Sacando da metralhadora atada ao pescoço ele aponta para as criaturas à frente de forma bastante presunçosa e num ato de desespero...ele prime o gatilho.
*Bang* *Vwish* *Plam*
Como há bocado, agora Ziv vê balas a voarem novamente. Trew é que nem tem energia para levantar a cabeça, contentando-se com a visão do chão de pedra.
*Tlam* *Shwush* *Viuuuuummm*
As balas acertam em todas as hienas. Nenhuma fica de fora. Apesar do ataque ter sido improvisado, nenhuma bala foi desperdiçada...
*Plam* *Tam* *Trumm*
Hienas infetadas: "Auhhh! Rargh!!!" 
Furadas na barriga. Na cabeça. Algumas no olho e patas. Da maneira que Clint mexia a metralhadora da esquerda para a direita, conseguia cobrir todos aqueles inimigos com uma chuva de balas.
*Brumm* *Thrump* *Vwish* 
E assim continuava por um bom tempo.
*Tam* *Blam* *Bang* 
Enquanto tivesse o dedo firme no gatilho nenhuma hiena atingida se atrevia a aproximar.
Até tinham começado a recuar quando...
...
... 
...bem...
...quando a realidade bateu forte novamente...
...quando o pente foi totalmente descarregado.  
...
...
...
O silêncio volta de súbito.
...
...
...
Após o estrondo que afinal durou segundos. Nem um minuto durou. Porque ao contrário dos últimos disparos...este não vinha dos atos de um grupo. Quem disparava era Clint...ele que era uma só pessoa...uma pessoa que mal ficou sem munição...
...se tornou em presa aos olhos das hienas.
Clint: "Hã?"
O próprio tem dificuldade em acreditar que foi assim tão rápido. Ele que passou um bom tempo a carregar a arma no helicóptero. Tinha a certeza que seria suficiente para matar uns inimigos, mas...
...embora tenha ferido quase todas as hienas...
...não matou nenhum...
...nenhuma daquelas por volta de 20 hienas que agora consegue ver com clareza caiu no chão...
...o máximo que conseguiu fazer foi fazê-las recuar...
...e agora esses passos estão a ser retrocedidos...
...pois neste preciso momento...
...ao recuperar dos buracos na pele...
...
...rosnam e andam lentamente para a frente...
...dividindo-se...
...cercando a presa junto ao parasita mãe...
...envenando pouco a pouco a esperança deles.  
E pode ser do desespero exasperante que começava a fortalecer-se...mas ele mesmo começou a ponderar...
...se aquela bala que se perdeu no mato...
...
...não teria feito a diferença.
...
Ziv: "Hunf. Então é assim que acaba..."
Trew: *pant* *pant* *pant* *pant* *pant* *pant*
Ziv: "Sabes que mais? Esquece o que te disse. Já vi que não estás na melhor posição para responder. Nenhum de nós está, para ser sincero. Com a morte tão perto, nenhum humano consegue..."
Clint: "..."
Ele larga a metralhadora ao perceber a ineficiência da sua rajada de balas. Ao perceber o quão insignificante foi este seu ato de defesa que não fez nada.
...
Hienas infetadas: "ROARGH!!! RARRRRRR!!!"
As hienas encurtam a restante distância. Num movimento de tenaz cercam os três soldados. Pondo-os entre eles e uma queda para ir ter com o seu criador. Uma posição onde perdem das duas formas...
A esperança que Clint tanto falava parecia ter desaparecido. Trew já nem falava ou reagia. Estava a uns passos de desmaiar de cansaço. E Ziv...bem...nem ele tinha algo a dizer...com certeza não tinha elogios a dizer.
Foi a isto que se resumiu os seus esforços. As vidas perdidas. Avers. Wells. Os outros soldados. Todos eles morreram, sacrificaram-se por eles e o que receberão em troca? Mais cadavéres.
E não há nada a impedir o destino. Não há nada a separar os ursos deles. Não há nada a impedir as criaturas de os abocanharem todos. Não há nada a impedir aquele esquadrão de acabar. Não há nada a impedir as hienas de entregarem aqueles últimos soldados aos céus com os três nomes:
Clint...
...Ziv...
...e Trew.
Então...as hienas todas param por um momento.
Elas quase que comunicam sem dizer nada e deixam que uma hiena tome controlo destes assassinatos.
De uma posição mais central destaca-se uma hiena que salivando e vertendo sangue como uma torneira anda para a frente.
E de seguida...ela agacha-se. 
Agachou-se mais. 
Contraiu as quatro patas dela.
Acerrou o olhar e olhou para Clint que estava paralisado de medo...como sempre.
Encarou este soldado uma última vez.
Abriu a boca de onde saía saliva e sangue.
...
E isto foi quando...
...ela saltou.
Hiena infetada: "RARGHHHHHHHHH!!!"
Com toda a raiva originada pelas 7 balas que tinha levado, ela usa a força das suas pernas para se impulsionar para a frente. Pronta a matar Clint ela abre bem a sua boca...prestes a enfiar estes dentes no seu pescoço.
Prestes a matá-lo.
E neste curto segundo.
Quando Clint tinha mentalmente desistido.
Ziv aceite o que estava por vir...
...
...Trew viu algo no chão...
Trew: *pant* *pant* *pant* *pant*

...
...
...
...ele viu...
...
...
...
...
...
...
...
...uma luz.

Trew: *pant* *pant* *pant* 
...
...
... 
Ziv: "..."
Mas havia algo a mais...
Pois Ziv naqueles momentos...
...
...também julgou ter visto algo...
...
...algo a cair dos céus...
...
...
...
...um objeto redondo de cor verde...

...
...
...
...uma surpresa vinda dos céus que alguém largou...
...
...
...
...largou aquele objeto que mais se parecia com...
...
...
...
...
...
...
...
...que mais se parecia com...
...
...
...
...
...
...
...

...uma granada.

...
...
...
Clint: "..."
...
...
...
Hiena infetada: "RAHHRGHHARAAAAAAHHH!!!"
*BOOOOOOOOMMMMMM* *PFOOOOOOMMMMM*
*THROOOOOOOOOOMMMMMMMMPPPPPPPPPP*
*BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM*
Hienas infetadas: "RARGH-!!!"
Hiena infetada: "RARFGH-!!!"
E vindo do nada surge uma explosão que é desencadeada junto das outras hienas.
Criaturas estas que são engolidas pelo estrondo que as incinera e fazia o chão tremer, deixando-as apenas soltar uns grunhidos de desespero. Nem a hiena que estava no ar em direção a Clint escapou ao raio da explosão.
Pernas foram separadas do corpo de algumas. Partes dos seus corpos voavam pelo ar deixando linhas de sangue que mais cedo ou mais tarde caíam no chão, misturando-se no fumo que surgia ali.
Algumas até tinham sido esmagadas com aquela libertação de energia. Fragmentos da granada também se espetaram bem a fundo na carne podre dos animais. Furando olhos, cortando cabeças...matando tudo ali... 
Todas elas tinham sido incineradas de um segundo para o outro. E parecia que o próximo alvo seria Clint e de seguida os outros soldados, mas...
...embora poeira tenha voado...
...embora a explosão tenha danificado os ouvidos de todos...
...embora Clint e Ziv tenham tremido com o choque da explosão naquele segundo de choque onde até o chão tremeu...
...
...quando piscaram e voltaram a abrir os olhos, ao mesmo tempo que mantinham o equilíbrio...
...
...ainda estavam em pé.
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Então eles voltam a processar tudo o que aconteceu depois daquela explosão que não tinha durado menos de um segundo.
...
...
...
...
...
...
...       
Clint: "..."
Trew: *pant* *pant* *pant*
Ziv: "..."
...
...
...
...
...
...
...        
É claro que não sabem o que dizer.
...
...
...
Têm os ouvidos temporariamente surdos.
...
...
...
As cabeças a tentar fazer sentido do que acabou de acontecer e o porquê de terem uma cortina de pó no ar sem os permitir descobrir o que aconteceu com os inimigos à sua frente.
...
...
...
Tentando descobrir o que tinha explodido, no caso de Clint. Tentando descobrir quem tinha atirado aquela granada, no caso de Ziv. Tentando entender o que é que sequer aconteceu, no caso de Trew.
...
...
...
Porque tudo aquilo aconteceu tão rápido que eles nem conseguiram fazer nada. Dizer nada. Ou sequer reagir à explosão. Apenas observar, piscar os olhos e ver o que agora estava diante dos seus rostos sujos de poeira.
...
...
...
Pois tudo é revelado quando aquela cortina de poeira cai:
...
...
...   

...hienas, infetadas, incineradas e caídas no chão sem movimento...
...
...todas aquelas mais de 10 hienas tinham sido derrotadas por aquele estrondo que os deixou surdos e perdidos.
...
...
...
Surdos perdidos e...
...no caso do Clint, de joelhos...
...com uma questão: 
Clint: "Mas que raio aconteceu...?"
...
De súbito a audição deles parece voltar. E o que lhes fez perceber isso foram os sons que ouviram ao fundo. Sons incessantes. Falas de pessoas misturadas com um outro som que parecia vir de algo acima deles.
Ziv e Clint olham para cima cheios de curiosidade. 
E vêm...
...um helicóptero.
Rapidamente percebem que alguém de lá atirou a granada. Que os sons que ouviam eram os sons das hélices e dos soldados a falar. E eles pareciam estar a dizer-lhes algo...que não ouviam...
...
Pelos vistos eles já estavam fartos de esperar uma resposta, porque mal olharam para cima, do helicóptero a 12 metros de altura, foi lançada uma corda que desceu até ao chão.
...
Os soldados mascarados logo aproveitaram.
...
Muitos deles puseram-se à borda do helicóptero, agarraram-se à corda e desceram.
...
Deslizando as mãos por aquela superfície eles vão se aproximando do solo.
...
Criando fricção entre as suas mãos e a corda descem rapidamente e chegam ao solo, onde estão os homens que toda a sua descida e sobreviveram a este ataque.
...
O primeiro homem dos cinco que desceram a chegar ao chão vai ter com Ziv de forma apressada, aparentemente ignorando Clint.
...
O segundo e terceiro também o ignoram, mas parecem mais preocupados com Trew e nos corpos das hienas.
...
O quarto também o ignora, mas parece que está mais interessado na cratera do que neles.
...
Mas com a chegada do quinto e último...
...
...
...para além da sua audição ter voltado...
...
...
...
...este soldado pareceu olhar para ele...
...
...estava de capacete como todos os outros...
...vestindo o mesmo uniforme de todos os outros e ainda assim...
...parecia mais humano do que qualquer um...
...
...
...   

...isto na visão de Clint...
...
...
...
...já que...
...
...
...    

...este último soldado foi o único a ir ter com ele.

Este último que se aproxima do soldado de joelhos.
Vai ter com ele de forma lenta.
Este que já parecia habituado a estas situações.
Este que percebeu logo que se passava.
Logo entendeu que aquele soldado no chão...estava traumatizado...
...que ele...passou por coisas horríficas.
Parecia entender Clint mais do que qualquer outro.
...  

Então ele agacha-se.
Põe-se ao mesmo nível daquele soldado que precisa de ajuda e...
...faz o seu trabalho.       
Dirigindo-se numa voz vazia que apenas perguntava:
... 

Bruce: "Estás bem?"
 
Clint: "..."
Com aquelas palavras Clint volta totalmente à realidade. Vendo-se de novo rodeado por outros que lhe querem bem. Mal sabe o que dizer...tanto que fica sem palavras e quase em lágrimas por ver ajuda depois de todo o trauma que passou...
Bruce: "Soldado? Consegue ouvir-me?" 

Clint: "..."

Bruce: "Ouve-me bem? Eu estou aqui para o ajudar. Quero é saber se não está ferido ou foi atacado por aquelas hienas que o atacaram, ok?"
Clint: "..."
Bruce: "Ouvimos suplicos a vir do intercomunicador que levava a este local. Sabemos que estava complicado, mas precisamos de saber mais. Por exemplo, se foste tu quem fez a ligação."
Clint: "..."
Não vendo alguma mudança no soldado de máscara, ele suspira. Um pouco maçado de tanto tentar e não conseguir nada. Ele tenta mais uma vez, de forma mais sincera...mais sincera do que nunca...ainda assim se perceber...
Bruce: "Nós apenas queremos o seu bem, entendid-"
...sem se aperceber que Clint estava mais grato do que nunca. 

Apanhando Bruce de surpresa, Clint não se contém. Interrompendo o seu calmo discurso, Clint abraça aquele soldado que não conhecia, mas que lhe dava uma enorme segurança.
Agradece-lhe sem uma palavra por lhe terem salvado a vida.
Bruce claramente fica confuso. Sem sequer entender o que deveria fazer. Sem entender o porquê daquele soldado estar a abraçar um desconhecido. 
Porém consegue presumir que aquele abraço vem de gratidão pela ajuda. Ele precisava de consolo. Uma ajuda para ter coragem para seguir adiante. Ajuda que deve ter vindo depois de muito...muito sofrimento...e isso...
...
...e isso...
...
...
...   
...isso é algo que Bruce entende bem...mas...
...
...
...
...este calor que sente...
...este abraço...
...
...
...
...isso é algo que não sente há anos.    

Clint: "..."
Bruce: "..." 
John: "Muito bem. Muito bem, rapazes, deixem para lá a explosão. Foquemo-nos no que importa: a missão."
Rompendo qualquer clima que pudesse haver, a voz do soldado que agora descia era capaz de arruinar tudo e mais alguma coisa.
Com a sua chegada, todos param o que faziam para o encarar. Mudando para uma postura muito estreita e séria que apenas grita respeito.
E no caso de Bruce e aquele soldado...
...não era diferente.
Bruce: "..."
Clint: "..."
... 
Educadamente puxando os braços de Clint para lá ele negligencia aqueles sentimento do soldado que nem conhece. Sem ofensa contra ele. Acontece que ele tem é outras prioridades no momento. Ou tal como disse John, ele tem uma missão em que se focar...
Bruce: "Desculpa...tenho...coisas a tratar."
Diz como desculpa para o soldado não estranhar. E também para não ser rude. Mas agora que ele desfez este abraço...deixou Clint a pensar exatamente o que este não queria mal Bruce se levanta para encarar John que dele se aproxima...
John: "Ora, espero não ter perdido nada."
Diz, dirigindo-se a Bruce que, recuperando daquele momento constrangedor, tenta voltar àquela sua postura habitual enquanto se aproxima de John.
Bruce: "Sem preocupações. Garanto-lhe que não perdeu nada, capitão."
Fala ao parar perto o suficiente do seu superior.
John: "Bom saber. Então isso significa que posso ir direto ao que importa. Contigo e todos os outros."
Bruce: "Quer que chame a atenção dos outros?"
John: "Deixa estar. Eu trato disso."
Estando os dois parados diante do soldado traumatizado eles dão uma boa olhada na situação. Na cratera. Naqueles outros dois soldados, incluindo aquele que estava tão exausto que parecia que iria tombar a qualquer momento. Avaliam o cenário antes de chegar a altura em que teriam de pôr ordem no cenário.
E era uma situação complicada.
Precisariam de uma ajudinha para tratar daquela cratera estranha
Talvez aqueles três sobreviventes cansados e confusos fossem úteis.
Os planos de ação formam-se na cabeça dos dois até que chega o momento em que, segundo John, se tem de fazer algo...
John: "Muito bem..."
Ele ergue as mãos no ar e bate palmas com toda a força que tem, tentando captar a atenção de todos eles, encontrando-se debaixo do helicóptero que o sobrevoava.
*CLAP* *CLAP*
Todos se voltam logo para o local de origem do barulho com curiosidade pura.
Clint: "..."
Aquele soldado no chão também se mostra captivado por aquele ato tão súbito.
Ziv: "..."
Trew: *pant*
Mesmo Trew e Ziv que estavam a ser auxiliados por dois soldados se mostraram captivados da mesma forma que aqueles dois ajudantes pararam o que faziam para olhar para o líder.
E, por fim, o soldado que examinava os corpos das hienas queimadas de membros amputados...
...ele e...havia mais um. 
Um pobre soldado que estava na cratera e que se viu obrigado a subir aquela inclinação toda para ver e ouvir bem o capitão. Ainda por cima ele que estava já ao pé da rocha onde estava o parasita mãe...
...ele que agora, com grande peso no coração, começou a ter de escalar de volta, por muito que custasse. 
Pois todos ouviam com atenção o que ele tinha para dizer.
Incluindo Bruce que estava ao lado do capitão que ia discursar:
John: "OUÇAM BEM, MALTA! E EU ESTOU A REFERIR-ME A TODOS!!! AO NICK QUE ESTÁ NA CRATERA, AO MURE E HYUND QUE ESTÃO A AJUDAR OS NOSSOS ALEIJADINHOS E MESMO AO SERY QUE ESTÁ MAIS INTERESSADO NAS HIENAS DO QUE QUALQUER OUTRA COISA!!! ISTO É PARA TODOS OS QUE NÃO ESTÃO FERIDOS E SE ENCONTRAM AQUI NO CHÃO COMIGO!!!!!!!!!!"
Bruce: "..."
Clint: "..."
Ziv: "..."
Trew: "..."
Mure: "..."
Hyund: "..."
Sery: "..."
Nesse instante em que tudo ia começar, Nick escala até à superfície e consegue ouvir o que mais importava...
Nick: "..."
John: "ACHO QUE JÁ REPARARAM QUE ESTA ZONA EM QUE ESTAMOS É O LOCAL ONDE O METEORO POUSOU, CASO A CRATERA NÃO O TENHA DEIXADO CLARO O SUFICIENTE..."
Bruce: "..."
John: "COMO TAL, E NÃO POSSO REALÇAR ISTO MAIS, NECESSITAREI DE TODOS OS VOSSOS ESFORÇOS E A VOSSA ATENÇÃO MÁXIMA PARA A TAREFA QUE TEMOS EM MÃO: CAPTURAR O PARASITA!!! OUVIRAM?"
Bruce: "Haham."
Clint: "..."
Trew: "..."
Ziv: "..."
Mure: "CERTO!"
Hyund e Sery: "ENTENDIDO!!!"
Nick: *pant* "É..." *pant* "Apoiado."
Fala ao mesmo tempo que escala, assentando as suas botas em espaços rochoso na vertente inclinada e escorregadia. Tendo especial cuidado de se manter presente pontuando com as suas falas. Porque aquilo ainda ia demorar, tanto como o discurso que agora continuava...
John: "MAS ANTES DE MAIS, QUERO É DEIXAR ALGUMAS COISAS CLARAS. EM PRIMEIRO LUGAR, QUERO QUE TODOS VÃO PARA A CRATERA ARRANJAR FORMA DE TIRAR DE LÁ O BICHAROCO. ESSA É A NOSSA MAIOR PRIORIDADE. POR ISSO, HYUND E SERY, LARGUEM ESSES DOIS!"
Hyund e Sery: "É PARA JÁ!"
Dizem ao se porem a sete pés de Ziv e Trew de forma atrapalhada. Pegando nas metralhadoras atadas ao pescoço, chegando ao início da descida e, com um passo, pondo-se os dois a derrapar pela inclinação, baixando o seu centro de gravidade e usando as suas botas para chegar até ao centro da cratera. Passando ao lado de Nick que ainda subia até ao topo.
John: "MURE! TU TAMBÉM ESTÁS INCLUÍDO!!! EU JÁ VOU LÁ TER CONVOSCO DENTRO DE MOMENTOS PARA CER COMO AQUILO ANDA A CORRER. POR ISSO DEIXA AS HIENAS E VAI TER COM OS TEUS COLEGAS!!!"
Mure: "VOU AGORA!"
E sem pensar duas vezes ele deixou os corpos das hienas despedaçadas, passou por John, Bruce e Clint e, também por Ziv e Trew. Chega ao cimo e cuidadosamente desce aqueles 4 metros derrapando com as botas, da mesma forma que Hyund e Sery. Passando ao lado de Nick, no início da descida.
Nick, que estava com as mão sujas e lamacentas. Mais do que cansado. Mas cujo esforço parecia estar a chegar a um fim, tal como o discurso do capitão, que estava já não tinha mais nenhum subordinado junto a ele...exceto...
...Bruce.
Baixando o tom de voz, ele vira-se para Bruce, ignorando Clint que estava diante deles e escutava tudo. E desta não foi diferente. Por muito que ele falasse tão baixo...
John: "Dito isto, só faltas tu..."
Bruce: "Diga sem medo."
John: "Ok, ao contrário dos outros, quero que fiques aqui comigo a supervisionar tudo. Armado e atento como sempre enquanto vou interrogar aqui estes coitados. Achas bom?"
Bruce: "Não me parece mau."
John: "Vou levar isso como um elogio."
Depois da interação rápida ele torna a voltar-se para o soldado no chão. Este que já espera o que aí vem. Mas...antes de ir direto ao assunto...sentiu que se tinha esquecido de algo...
Nick: *pant* "ESPERE UM POUCO, CAPITÃO!!!" *pant* *pant*
E como resposta a esta dúvida que surgiu numa fração de segundo, quase no mesmo intervalo de tempo, antes que começasse a conversa, ouviu a voz de alguém ao fundo. Alguém que vinha a correr na sua direção da forma mais desengonçada. Parecendo mais cansado do que o soldado por qual passa rapidamente.
Trew: "Mas quem é este, Ziv?"
Pergunta tendo recuperado o suficiente para ficar em pé sem precisar de apoio. 
Ziv: "Esquece, amigo. Acho que perdeste demasiado com o teu estado de cansaço."
Os que não conheciam comentavam à medida que o viam passar. Clint também o julgava com os olhos. Considerando aquela pessoa estúpida e quando ela chegou perto deles e abrandou para apanhar ar, apoiando-se nos próprios joelhos, manteve a sua opinião.
Nick: *pant* *pant* "Ufa." *pant* "Desculpe lá, capitão. Estava..." *pant* "Estava na cratera e tive de escalar o caminho de volta, mas...isso não importa." *pant* "Porque agora estou aqui e isso é o que importa."
E para ser sincero, John nem se lembrava dele...até tê-lo visto diante dele e ter demorado o tempo inteiro que ele esteve a explicar-se a tentar descobrir quem era...mas ao menos lá descobriu.
John: "Ah, espera aí, és o Nick! Bem me parecia que estava a faltar alguém."
Bruce: "Nick?"
Pergunta sem sequer se lembrar que este tinha sequer descido do helicóptero que pairava sobre eles. No entanto, a resposta vem logo...
Nick: "Eu desci consigo e com o capitão." *pant* "Estava a examinar a situação com o parasita mãe que está numa espécie de casulo, com os pés..." *pant* "...plantados no solo. Quase fundido com a terra...propagando assim esta espécie de vírus..." *pant*
As palavras dele pareciam mesmo plausíveis. É verdade que não tiveram uma visão tão próxima como a dele, mas já dá para terem uma ideia do tipo de tarefa em mãos. Para saber que não o conseguirão tirar dali tão facilmente.
Se querem capturar o parasita mãe terão de o tirar de lá à força. Isso sem levar em conta os cuidados que devem ter. Afinal, ninguém lhes garante que ficarão bem se tocarem nele. Não, não é assim tão simples. E agora é que dá mesmo para ter a certeza disso. 
Bruce: "Estou a ver..."
John: "Interessante. Obrigado pela informação, soldado." 
Nick: "Fico feliz...feliz por estar a ser útil..." *pant*
Nesse instante, ele recompõem-se e fica com as costas direitas. 
Nick: "Nesse caso...só preciso é que agora me dê uma tarefa..." *pant* *pant* "Você sabe, da mesma forma que deu aos outros."
John: "Ah, mas é claro. Era...Er...mesmo isso que ia fazer."
Apanhado de desprevenido ele pensa em algo rápido. Não tinha levado isto em consideração. Nem a sua presença, muito menos a informação que ele lhes veio dar. Pois é...ele merece algo bom...só por isso...e...John não tem nada...exceto...
John: "Oh, bem, tu, podes, se quiseres, ficar como...nosso guarda-costas. Que tal?"
Só se tinha esquecido é que alguém já tinha ficado com esse papel. 
Bruce: "Guarda-costas? Pensava que eu é que era o guarda-costas."
Insurge-se com um bom ponto que o capitão já se tinha esquecido. Porém, Nick fica é mais confuso.

Desta forma John fica com as opções ainda mais encurtadas. Pressionado até por Bruce ele vê-se obrigado a dizer algo...algo de jeito...e saiu-lhe algo.
Não sabe é se é de jeito... 

John: "Ui, m-mas é claro. Como é que me poderia alguma vez ter esquecido. Assim sendo...Er...tu podes ficar...podes ficar com os teus colegas na cratera, está bem-?"
Nick: "Hã? Cratera!?"  
Mal faz esta sugestão, os olhos de Nick arregalam-se.
O tempo quase que tinha abrandado para ele naquele momento em que repensou todas as escolhas da sua vida. 

Pois percebeu que tinha uma nova tarefa em mãos.
Tarefa essa que constitui voltar ao espaço do qual acabou de sair.
Ao espaço do qual escalou com todas as suas forças.
Ao espaço que agora terá de voltar, tornando inútil todo este seu esforço. Mas ao invés de se recusar...como é obediente...decidiu simplesmente aceitar a derrota, dizendo:
Nick: "Oh, está bem..."
Numa voz sentida e decepcionada ele vira as costas e vai até à cratera. Afastando-se daqueles três sabendo que tinha desperdiçado energia. Sabendo que iria deixar o capitão para voltar ao espaço onde começou...infelizmente...
Clint: "..."
Bruce: "..."
John: "E...pronto! Podemos seguir para o que importa."
Diz audivelmente, aliviando a tensão que se tinha acumulado quando estava a ser pressionado pelos seus subordinados há segundos.
John: "Bruce. Já sabes o que fazer."
Bruce: "Precisamente."
John: "Antes que me esqueça, pede ao helicóptero para rondar a área. Não quero que a barulheira das hélices fique a interromper o meu discurso agora que eu agora tenho umas perguntas a fazer ao nosso amigo aqui."
E seguindo cada pedido à risca, Bruce faz tal como ele disse.
Bruce: "É para já
Sacando da pistola ele começa a cumprir o seu papel como guarda-costas.
Faz um sinal para o helicóptero que os esteve a sobrevoar durante todo este tempo e o piloto Blake não demora a entender o que aquilo significava.
Em segundos, o helicóptero vira e passa a seguir num roda. Sobrevoando a zona de fronteira entre a floresta e aquela zona da queda do meteorito. 
Zona onde estavam os membros daquele esquadrão. Onde estavam a preparar-se para a captura do parasita mãe.
Onde John, agora sozinho com Bruce, uns soldados mais atrás e, é claro, o soldado de joelhos no chão, se prepara para fazer o seu interrogatório.
Agachando-se, assentando os joelhos no chão para ficar ao mesmo nível que Clint, enquanto protegido por Bruce que se põe atrás de si para poder ouvir o que ele começa a falar neste preciso instante:
John: "Então diz-me lá o que aconteceu."
Clint: "Hã?"

Apesar de ter escutado o que estavam a falar uns com os outros antes do outro soldado ter interrompido, ele não esperava que aquele capitão fosse tão direto ao assunto e mais descontraído. 

Mais descontraído do que qualquer um que tinha visto.

Vendo que a pessoa com quem conversava estava mais afetada do que pensava, John tenta simplificar um pouco as coisas:
John: "Ok. Deixa-me tentar outra vez."
Clint: "..."
Ele passa a mão pela cara e fica um bocadinho mais sério.
John: "Qual é o teu nome?"
A reação não muda. A confusão permanece. Contudo, o soldado ficou mais à vontade. Quer essa tenha sido a intenção ou não, aquele capitão pareece ter um certo jeito com as palavras. Talvez até seja melhor com ela do que com armas...
Clint: "O meu nome...Clint."
Diz com pouca segurança. Como se já nem tivesse a certeza da própria identidade depois de tudo pelo qual passou. Mas para John, isso era melhor que nada.
John: "Fixe. Clint. Olha, eu sou o John Mark. O capitão fixe que te pode dar um cãozinho ou um urso de peluche caso sejas bem educado comigo. A pessoa assustadora atrás de mim é o Bruce. E nós fazemos parte do esquadrão 2. Sendo eu o capitão. Agora quero saber mais de ti. Tipo qual é o teu esquadrão e tal."
Pergunta tentando tirar dele o máximo possível usando aquela sua forma de falar que parecia ter sido ensaiada precisamente para momentos como estes. Uma técnica à prova até de traumas e pensamentos que possam estar na cabeça de outros.
Clint: "Esquadrão...Er...bem...se não me engano é o 3."
John: "Com que então esquadrão número 3..."
Repete a informação ao processar tudo.
John: "Ok, e presumo aqueles ali atrás devem ser teus colegas de esquadrão. Acho que posso dizer até dizer amigos."
Clint: "Hum, d-de certa forma..."
Fala relutantemente distorcendo aquelas palavras e as confirmando ao mesmo tempo, num tom amedrontado, parecendo que...a pergunta o lembrou...de quem perdeu.
Mas o maior problema disto tudo foi é arranjar a razão que sobrou no seu corpo para falar. Algo que está a recuperar aos poucos depois de se ter perdido com...
...bem...
...certos acontecimentos.
Acontecimentos que Bruce tinha conseguido presumir mal o viu.
Que Bruce percebe terem sido mesmo reais agora que o observa de pistola na mão.
Acontecimentos que John agora também percebe que aconteceram...
...como se o número de soldados não tivesse deixado isso claro bastante.
E ao perceber isso...rapidamente também se apercebe que essa é um pedaço do puzzle a averiguar...
...agora que Clint se parece encolher de medo...

...parece olhar para o chão...

...cerrar os punhos sujos de terra e pó...

...com as memórias que lhe vieram à cabeça.

Foi então que...
...pondo uma fachada mais séria para a situação...
...o ex-agente da CIA inquire-o educadamente...
...fazendo questão de não o entristecer mais. 

Clint: "..."
...
Bruce: "..."
...
John: "Como é que digo isto..."
Clint: "..."
John: "Eu sei que...isto pode ser sensível...por isso também não te vou obrigar a responder a esta minha pergunta um tanto quanto...egoística, mas..."
Clint: "..."
John: "Podes dizer-me o que aconteceu com o teu capitão?"
Clint: "..."
...
...
...
Ele sabe que dói.
...
Dói tanto relembrar-se que...aquelas pessoas que estiveram ao pé de si há minutos...agora...
...já não estavam.
...
E por muito que não as tenha conhecido lá muito bem...ainda eram pessoas...com sonhos, motivações, personalidades, família e...
...uma vida.
E tudo isso foi tirado ao mundo neste intervalo de tempo.

O olhar mais cabisbaixo e o baixar da cabeça dele para olhar para o chão sinalizou isso tudo àqueles dois soldados que o interrogavam.
Eles que passaram a perceber que tinham mesmo tocado em algo sensível. Algo que muito provavelmente não iriam entender. 
Nunca iriam entender o que Clint sentia.
Ou pelo menos esperavam nunca vir a saber a dor que era ver morrer todos os seus companheiros.  

Numa questão de minutos...
...com eventos...tão palpáveis...
...na mão dos animais que agora se encontram mais do que mortos ali...
...atrás de John...atrás desse tal de Bruce...
...lá jaz os assassinos dos seus companheiros.
Os responsáveis por estas carregadas palavras de tristeza que Clint fala olhando para o chão, absorvendo estes sentimentos:
Clint: "...O capitão...ele...bem...o Wells, ele fez o que podia dentro das circunstâncias. Tal como...tal como eu...e os meus colegas atrás de mim e...tantos outros que...infelizmente...não tiveram a mesma sorte."
John: "..."
Bruce: "..."
Clint levanta a cabeça e olha diretamente para John, que fica mais sério do que nunca, com algumas lágrimas no canto do olho, prestes a cair com um único piscar de olhos. E diz:
Clint: "Eu...tentei, mas...nada posso fazer contra estes inimigos. Não houve nada que pudéssemos fazer contra estes inimigos. O mínimo foi...correr e implorar por ajuda no walkie-talkie. Porque nunca vimos nada do género, nunca estivemos tão fracos. Por isso, eu não peço que me ajudem, mas mais que..."
Procurando a palavra certa ele pica o olho, deixando uma lágrima escorrer por debaixo da sua máscara.
Clint: "Peço é que nos perdoem. Por favor..." 
John: "..."
Bruce: "..."

Clint: "Por favor perdoem-nos por sermos tão incompetentes."

Bruce: "..."
John: "..." 
Clint: "..."
E quando ele se cala...os dois que o vieram ajudar percebem a 100% o que se passou.
Passam a compreender aquela dor. Passam a entender o que aconteceu aos outros soldados, confirmando as suaspeitas que já tinham criado, mas que não queriam ver tornadas realidade. Acima de tudo, eles passam a entender que a situação pela qual aquele esquadrão passou foi pior do que infernal.
Nem se comparava ao que passaram nos instantes em que estiveram a patrulhar a Zâmbia toda, incluindo nos momentos em que se depararam com um morto-vivo numa dessas patrulhas.
O que eles passaram era muito maior em escala...
...perigo...
...e dor.
E essa foi a principal razão de John ter recorrido à sua empatia. Pondo a sua mão no ombro do soldado que ele claramente percebe estar em sofrimento (apesar da máscara que usa).
Perante tal...Clint deixa-se mover pelo ato. As lágrimas vêm com mais força, sabendo que, ao menos, tem pessoas que o ajudam. Ao menos tem boas pessoas do seu lado. E essa segurança é transparecida pelos atos deles...e pela voz:
Clint: "..."
John: "Não faz mal. Eu sei que vocês deram o vosso melhor."
...
John: "E tendo em conta o contexto tão fora do normal em que nos encontramos, isso é o mais importante: saber lutar apesar das adversidades."
...

John: "E isso é algo que não posso dizer de muitas pessoas." 

...
Ele tira a mão do ombro do rapaz de uma vez por todas. Acabado o seu discurso ele absorve vem o que disse e tenta mudar o tom. Tenta agora voltar ao assunto que o levou a esta conversa.
Bruce também já sentia isso. Observando bem a conversa dos dois de cima, ele conseguia sentir cada emoção. Todas as emoções com as quais...
...se identificava...
...de uma forma demasiado íntima.
De uma forma que só ele soubesse, pois só ele passou por tais experiências semelhantes.

Só ele consegue compreender aquela dor de Clint melhor do que ninguém.

John: "Certo. Hummm. Dito isto, queria só falar de uma última coisa. A sério. Juro que não te quero chatear mais depois disto."
Clint: "P-Pois. À vontade. Não faz mal."
Diz, recompondo-se daquelas memórias e situação que acabou de recordar. 
John: "Ok. Olha. Eu...queria só saber como está o vosso piloto."
Clint: "Erm. Piloto?"
John: "Sim, piloto. Quer dizer, a pessoa que vos trouxe até aqui."
Clint: "..."
John: "Ele não veio convosco, certo? É que ele é habitualmente deixado num lugar seguro enquanto os outros vão para a missão correr perigo. É assim que funciona."
Clint: "..."
John: "Pelo menos foi assim que me ensinaram. É assim que ensinam no exército também."
Clint: "..."
John: "Não tenho é a certeza de que o vosso capitão foi ensinado da mesma forma."
Clint: "..."
John temia que a falta de resposta do soldado de máscara fosse por não estar a ser claro o suficiente. Contudo estas explicações são mais do que suficientes. Logo, concluiu que tudo se devia à sua comunicação pobre.
Mas não podia estar mais errado.
Toda esta falta de respostas devia-se ao facto de Clint estar a usar toda a capacidade do seu cérebro para se lembrar de um piloto. Afinal, aconteceu tanto que o próprio se tinha esquecido dos menores detalhes.
Morreu tanta gente. Tanta gente que nem sabe o nome. Explodiram umas quantas hienas. Foram-se mais pessoas. Uma bala foi perdia no mato. Ele descarregou o pente da metralhadora que se encontra no chão ao seu lado. Morreu Wells. Depois de outra hiena morrer e...
...de um helicóptero! 
Clint: "Já sei!"
Afirma com segurança num momento de eureka que demorou uns bons segundos constrangedores a John para ali chegar. 
Clint: "Sim, é verdade. O piloto! Ele ficou muito lá atrás no trajeto. Ele...ficou à nossa espera! Ele está à nossa espera até agora!!!"
Fala, sem conseguir controlar o tom da sua voz de tão orgulhoso que está pelo esforço estar a pagar. John também não poderia estar mais grato. Não só acabou aquele silêncio como também conseguiu o que queria.

Uma resposta. Era essa a razão pela qual esteve a insistir com ele pelos segundos.
Custou-lhe uns nervos, mas valeu a pena.
Agora percebe que valeu a pena.
Agora que tem a resposta.  

E agora que a tem não precisa de mais nada dele.
John: "Está certo."
Diz, feliz pelas suas habilidades verbais estarem aguçadas como sempre.
Ele levanta-se, voltando a ficar ao mesmo nível de Bruce, observando aquele soldado por cima, novamente.
John: "Clint, não é? Obrigado pela tua cooperação.  Fizeste a tua parte. Agora é a nossa vez."
O capitão pega no walkie-talkie à sua cintura, preparando-se para "fazer a sua parte". Tal como disse e continua a dizer.
John: "Fica aqui a descansar. Não tires a másacara e descontrai. Confia em mim. Tu e os teus colegas aqui atrás merecem um descanso mais do que qualquer outro. Muito mais do que tu alguma vez imaginas. Muito mais."
Fala ao dar-lhe um último olhar de confiança e de agradecimento.
Um olhar que deixa Clint quase corado. Sem saber como reagir perante um elogio daqueles. Sem saber o que dizer senão-
Clint: "Entendido."
Ao capitão que foi compreensivo. Empático e gastou o seu tempo para falar com ele. Um mero soldado. E se isso não fala mais do que qualquer ato...então ele não sabe o que fará.
Mas é que não sabe mesmo...não sabe mesmo mais o que pensar enquanto espera que eles façam a sua parte.
Que John e Bruce...
...os dois em pé...
...à sua frente...
...façam a sua parte.
John: "..."
Bruce: "..."
Agora é com eles.

John: "..."
Bruce: "..."
E a primeira coisa que John faz é mexer no walkie-talkie que já tinha pegado para fazer a sua chamada.
John: "..."
Estressadamente aproximando o auscultador da zona da boca da sua máscara, ele clica num botão e, deste modo...começa a falar:
*Bip* 
John: "Escuto. Daqui fala John Mark, capitão do 2° esquadrão. Faço aqui uma chamada para o piloto do esquadrão 3. Repito, peço que o piloto do esquadrão ouça bem o que digo."
Feitas as introduções, ele vai direto ao ponto que quer fazer. Sendo que, nesse mesmo instante, ele vira-se para o seu guarda-costas para ver se esta aprova do seu discurso:
John: "Estamos no coração da floresta. Tão no centro que julgamos ser a zona da queda do parasita. Sim, ouviram-me bem. A zona de queda do meteorito. Onde está o meu esquadrão e...bem...alguns...talvez poucos...membros do esquadrão 3."
Nesse instante, Bruce começa a sentir que John puderia divagar só com aquela menção da tragédia. Como tal, ele antecipa-se e faz-lhe um subtil aceno com a cabeça e John parece entender logo o que ele pretende, voltando logo para o caminho certo:
John: "Ah, mas...isso não importa. O ponto é que estamos à vossa espera. Por isso quem quer que esteja a ouvir, especialmente o piloto do esquadrão 3, por favor, VENHAM TER CONOSCO!"
E...
*Bip* 
...com o clicar do botão a transmissão acaba.
Bruce: "..."
E o seu guarda-costas permanece a observá-lo afiadamente. E John olha-o com um grande ponto de interrogação no seu olhar:
John: "Ok. Acho que a mensagem foi passada. E tu?"
Pergunta, claramente pouco confiante deste discurso. Queria ver em Bruce um apoio motivacional. Mas é capaz de se ter esquecido que aquele homem só mostrou mesmo compaixão ao ajudá-lo naquele segundo. Já que, de resto, é o Bruce que tem visto desde sempre, o mesmo que diz:
Bruce: "Mais ou menos. Já vi discursos piores."
Levando um homem de bom húmor como John a ter de tirar as próprias conclusões.
John: "Fixe. Vou levar isso como um elogio."
...
Pondo isso à parte, eles têm outro assunto em mãos. Um muito mais importante que agora ganha palco, tendo eles já feito todas aquelas tarefas menos importantes. Neste momento, tinham nas suas mãos um grande trabalho a fazer.
O trabalho de concluir a missão.
O trabalho de capturar o parasita mãe.
O trabalho de livrar o país desta doença...
...deste vírus.
John: "Tudo bem. Hora de ir para o que interessa."
Diz, indiretamente dando a entender o que pretende para Bruce que o parece compreender melhor do que ninguém.
Bruce: "Como queira. Irei sempre nas suas costas."
Informa, puxando o cão da pistola com o polegar.
John: "Fazes bem. E não tires nunca a máscara. Sabe-se lá o que nos pode acontecer se respiraramos o ar que vem da cratera. Nada nos puderá salvar de ter o mesmo destino que aquele morto-vivo que tu baleaste: furado da cabeça aos pés com uma fome danada por carne crua." 
Bruce: "Estou a ver...nesse caso, o melhor é seguir com cautela."
John: "Sim, sempre com cautela."
Feitos os últimos avisos, ele volta a pôr o walkie-talkie na cintura. Segura na metralhadora à volta do seu pescoço e segue para o espaço mais importante dali.
Passando por Clint, que faz questão de permanecer de joelhos a observá-los.
Passando por ele e pelos outros elementos do espaço com Bruce sempre atrás dele.
Passando pela vegetação morta e ignorando as heinas despedaçadas que deixaram para trás.
Passando naquele espaço que está a ser sobrevoado pelo helicóptero.
Passando por Trew e Ziv, que os observam com a sobrancelha levantada.
Passando pelo piso que vai ficando mais rochoso, mais inclinado...até...
...pararem.
Ali.
Os dois param ao mesmo tempo.
Na beira da queda.
Mesmo no cimo da cratera.
Onde têm altura suficiente para ver tudo o que os outros soldados fazem.
Hyund e Sery.
Mure.
E...
...é claro...
...Nick.
Mas nada lhes captava mais a atenção.
Nada os preocupava mais e fazia segurar com mais força nas armas do que...
...a peça central daquele cenário a metros de altura deles.
Aquele que se encontra em posição fetal, envolvido em pedaços rochosos de um meteorito.
Adormecido e, ao memso tempo, conectado ao planeta.
A criatura que arrastou todos estes soldados a este local:

...o parasita mãe.

Em toda a sua glória.
Em toda a sua nojeira.
Em todo o seu terror e estranheza.
Deixando qualquer um desconfortável com a sua cabeça de animal.
Mãos feitas para matar.
E um corpo colado...
...contra a natureza.
Esse era o inimigo deles.

Essa era a criatura a capturar.

John: "..."
Bruce: "..."

Essa era a parte mais difícil.

John: "..."
Pelo que John via, as coisas pareciam bem.
Bruce: "..."
Já Bruce, críptico como sempre...nem sabia o que pensar.
Bruce: "Que te parece?"
John: "Por acaso nem sei o que achar disto. Nem sei se o plano deles é apropriado ou não. Mas mesmo se for mau, não os vou culpar."
Bruce: "..."
John: "Até porque, convenhamos...ninguém tirou curso para aprender como lidar com parasitas."
E o comentário dele não poderia ter sido mais apropriado para o cenário diante dos seus olhos e dos de Bruce.
Pelo que via...os soldados estavam a dar o seu melhor, mas...não pareciam ter adiantado muito.
Mure: "Anda, puxa mais para aí, Nick!"
Nick: "Já vai. Deixa-me só descansar um pouco."
Mure: "Nesse caso, Hyund e Sery! Venham aqui que os meus braços já estão a doer!"
Hyund: "Porra, já?"
Sery: "Anda lá, Hyund. Tem de ser, tem de ser..."
Todos estavam cansados. Estiveram o tempo todo a trabalhar e a dar no duro. Isso inclui Nick que se encontra sentado no chão duro de pedra. Ou Hyund e Sery que estavam prontos para se atirar ao chão. Talvez Mure é que fosse a excepção dali...
Uma vez que ele era o único que continuava a dar de tudo para deslocar aquela rocha do lugar. Para tirar aquela camada de proteção e revelar o parasita mãe por completo, permitindo-os arranjar um plano.
E agora estavam mais perto do que nunca de fazer isso. Agora que Mure teria a ajuda de Hyund e Sery que se punham ao lado do colega, com as mãos na parte interior da rocha e, com toda a força...
Mure: "PUXXXEEEEMMM!!!"
Hyund: "HAAAAAAAAA!!!"
Sery: "VAMOS!!! FALTA POUCO!!!"
...eles tentavam mover a rocha para o lado, tentavam deslocá-la a0enas com força dos seus músculos e muita, MUITA força mental para superar o nível de cansaço a que estavam sujeitos.
Mure: "GYAH!!!"
Hyund: "SÓ...MAIS UM POUCO!"
Sery: "ANDA LÁ!!!" 
Mas o esforço, para além de herculeano era era eficiente. Sendo um esforço coletivo de cada um. 
Cada um deles que não sabia muito bem o que fazer senão ter a certeza de que precisariam de tirar aquele pedregulho do lugar...
...de uma...
...vez...
...por...
...todas.
Mure: "HAAAA!!!"
Hyund: "PUUUUUUXXXAAAAA!!!"
Sery: "AGORA!"
E o esforço finalmente paga.
*Badum*
Com um estrondo, o pedragulho rebola para trás.
Revelando o parasita.
Tornando-o desprotegido.
Ou desprotegido de ao menos um dos lados, pois ainda existe mais uma rocha do meteorito do outro lado.
Nas isso não é importante.
Porque só sem essa pedra, já têm total visão para o parasita mãe.
Já têm total liberdade para fazer qualquer manobra que tire de lá a criatura.
O problema é esse...
...tirar de lá a criatura.
Hyund: "Wooh! Que trabalheira!"
Exclama, limpando o suor na testa com a manga da camisola.
Sery: "A quem o dizes."
Mure: "Caramba. É que estas vestes e o calor não ajudam nada...mas ao menos lá conseguimos...ao menos isso."
Fala, olhando para o parasita mãe que desvendaram. A criatura que veem em toda a sua glória. A criatura assustadora e adormecida que encaram frente a frente. Que encaram sem saber como a tirar de lá.
E isso vale para todos os que agora a observam com cara de parvo: Hyund, Sery, Mure...
...e mesmo Nick, que esteve a observar tudo por estar demasiado cansado de escalar rochas.

Bruce: "..."
John: "Hummm. Já tiraram a proteção...resta tirá-lo de lá..."
Comenta para si mesmo em voz alta, à espera que surja uma ideia. Uma ideia dignA de um génio...
Bruce: "Sinceramente, não tenho sugestão alguma."
Informa, decifrando bem John e aquelas palavras.
John: "Não me surpreende. Encontro-me na mesma. Mas...se tivesse que apostar algo...e aposto com todas as minhas fichas...é que...façam o que fizerem...talvez seja má ideia tocarem diretamente no parasita."
Tendo murmurado os seus pensamentos em voz alta, ele dá um passo para a frente. Deixa-se de estar preso na sua cabeça e volta-se para a realidade. Mais especificamente, para os seus subordinados:
John: "OK, PESSOAL!!!"
Grita de um momento para o outro. Espantando Bruce de tão súbito que foi a sua mudança de tom. Surpreendendo e apanhando desprevenido até os soldados de baixo. Eles que olham para cima, com curiosidade, e veem...o capitão deles...
Hyund: "..."
Sery: "..."
Mure: "..."
Nick: "Hã?"
Todos ficam perplexos ao observar o homem que se encontra acima deles. No topo. Prestes a dizer algo que até eles conseguem perceber que é importante.
John: "OUÇAM BEM O QUE EU VOU DIZER!"
Pede-lhes, ficando num tom mais sério que é raro de se ver, captando ainda mais a atenção de todos.
John: "ADMITO QUE FIZERAM BEM EM REMOVER ESSA ROCHA DELE. TENHO DE VOS PARABENIZAR POR TAL. NO ENTANTO, AGORA TÊM DE FAZER A PARTE MAIS COMPLICADA E MAIS IMPORTANTE: TIRÁ-LO DAÍ!!!"
Bruce: "..."
...
Sery: "..."
Hyund: "..."
Mure: "..."
Nick: "..."
...
John: "COMO FAZÊ-LO É A GRANDE QUESTÃO. QUER DIZER, É UMA À QUAL NEM EU TENHO RESPOSTA. MAS ESTOU CERTO DE QUE IRÃO ARRANJAR UMA FORMA. ESTOU CERTO DE QUE USARÃO O VOSSO ENGENHO PARA ENCONTRAR UMA SOLUÇÃO. SÓ...FAÇAM-NO COM PRECAUÇÃO, OK? ACONTEÇA O QUE ACONTECER, PENSEM O QUE PENSEM, SUGIRAM O SUGERIREM...UMA COISA É IMPERATIVA..."
...
Sery: "..."
Hyund: "..."
Mure: "..."
Nick: "..."
...
John: "NÃO TOQUEM NA CRIATURA, POR FAVOR. A NÃO SER QUE ESTEJAM A ANSIAR TANTO A MORTE..."
Bruce: "..."
John: "ESTAMOS ENTENDIDOS???"
...
E perante a pergunta séria e intimidadora...
...perante o futuro incerto...
...perante as dúvidas que o próprio capitão reconheceu...
...eles respondem em uníssono, preparados a seguir às suas palavras até à morte:
Sery, Hyund, Mure: "SIM, CAPITÃO!!!"
Nick: "É C-CLARO!"
...
Bruce: "Entendido."
...
E perante as respostas, debaixo da máscara sorri, sabendo que tinha ali bons homens. Sabendo que tinha ali uma chance de vitória.
John: "Olha que bom."
Após ter murmurado para si próprio aquela vitória moral, ele vira as costas à cratera. Bruce entende que não havia mais nada a dizer e segue John.
Pois agora o trabalho estava na mão deles.
Daqueles soldados que estavam na cratera. Que sabiam que teriam de tirar dali o parasita sem o tocar. 
É verdade...sem o tocar.
Sem o tocar.
As ideias tornaram-se ainda mais escassas. E nada representava isso melhor do que o silêncio que se formou depois do discurso de John. Chegando a um ponto onde ficaram a trocar olhares à espera que alguém tivesse uma ideia.
Hyund: "..."
Sery: "..."
Mure: "..."
Nick: "..."
O problema era esse.
Arranjar uma ideia.
Problema que parecia vir a demorar algum tempo para resolver.
E isso aplicava-se a todos...
...um problema que todos (exceto talvez um) teriam de enfrentar por um bom tempo.
Um booooommmmmm tempo...

John: "Bruce, não me estou a esquecer de mais nada, pois não?"
Pergunta ao caminhar pelo campo de batalha em direção às hienas. passando pelas mesmas plantas e por aqueles dois soldados que ainda não pareciam perceber a presença deles.
Bruce: "Esquecer...não me parece ser o caso."
Responde com sinceridade, não fazendo a menor ideia. Mas John interpretou de maneira diferente.
John: "Sim, senhora. Assim é que eu gosto. Isso significa que podemos ir ver o que falta."
Bruce: "..."
Eles seguem por mais uns passos. Uns passos que os permitem ultrapassar Clint. Dão mais uns passos no mesmo terreno de sempre que pouco a pouco começam a entranhar.
Um passo.
Um.
Dois.
Três.
E para.
John para. 
Seguindo o mesmo ato, Bruce também trava. 
Trava e olha para a frente, não tendo compreendido de início o porquê de terem parado precisamente ali. E quando o faz...
...bem, digamos que ficou logo a saber o porquê.
Também seria complicado isso não acontecer.
Especialmente tendo em conta que estavam agora...
...os dois...
...diante das hienas incineradas.
Das hienas despedaçadas...
...infetadas e ensaguentadas...
...aquelas que morreram com uma granda...
...os inimigos que lhes puderiam dar alguma pista sobre o perigo que enfrentam.
Talvez as hienas sejam a peça para decifrar o grande mistério que é esta criatura. Quem sabe senão John que agora se agacha para ver os restos mortais daqueles outrora animais normais... 
Bruce: "..."
John: "Vejamos..."
Agachando-se ele presta atenção àquela chacina no chão. Ele vê em primeira mão o poder daquela granada. A granada que não atirou, mas que ordenou ser lançada por Mure.
Não sabe se sente orgulho por aquele ato ou terror pelo que fez.
Seja o que for que o seu coração sente, uma coisa é certa: matou os inimigos.
Estes inimigos rebentados em pedaços.
Que se esvaíram em sangue e foram perfurados por pedaços da granada. 
Que não aparentam ter mais vida ali, naqueles corpos tão podres, cicatrizados e...rasgados.
John: "..."
Contudo, para além disso, para além destes aspetos óbvios, não via nada de interessante.
E isso valia para John e para Bruce que, mesmo não observando tudo tão de perto, rapidamente conseguia deduzir que estava tudo como esperava.
Tudo morto...mais do que morto...
John também sentia isso. Talvez tenha demorado, mas eventualmente lá chegou. Porém, mesmo lá, ainda não se sentia com vontade de desistir.
John: "Isto aqui...não é tão interessante como esperava."
Diz, cuspindo para fora a conclusão a que tinha chegado de momento. A mesma a que Bruce tinha chegado há muito.
Bruce: "Pois. Não sei do que estavas à espera."
John: "Do que estava à espera...talvez de encontrar sentido nestas circunstâncias. Afinal, também estamos aqui para encontrar respostas."
Bruce: "Sim, se possível, encontrar respostas."
John: "Respostas que só chegarão com ajuda de especialistas, pelos vistos."
E finalmente ele percebeu isso.
Bruce até tinha estranhado ele ter demorado tanto, mas não falou nada, pois, no fim de tudo, o resultado foi o mesmo. Demorou, mas sempre chegou ao resultado óbvio.
Como tal, tinha chegado a hora de partir para a próxima tarefa deles, estava na hora de John se levantar para-
John: "Ei, Clint! Desculpa, e eu sei que prometi não te chatear mais, mas importas-te de me responder a mais umas coisinhas?"
Bruce: "..."
Clint: "...???"
Quebrando as expectativas do seu guarda-costas, John abre a boca e faz uma pergunta. Faz uma pergunta à pessoa de joelhos no chão. Clint, com quem tinha acabado de falar. O soldado que parece receber um choque por todo o seu corpo ao ouvir o seu nome a ser proferido.
Clint: "Huh, desculpe? P-Por acaso disse algo, capitão?"
Pergunta o soldado, visivelmente confuso e começando a duvidar da própria audição.
Desta forma encontrava-se Bruce também. Cético e sem entender o que John pretendia...sem entender o porquê destas perguntas...tal como Clint.
John: "Por acaso até perguntei, caro soldado. Queria saber mais uns detalhes sobre estas criaturas aqui à minha frente."
Responde com a maior despreocupação do mundo. Dando a confirmação a Clint e a Bruce que ele estava mesmo a fazer algo estranho. Que John talvez tivesse algo em mente que nenhum dos dois percebe. Algo que, se quiserem ver...terão de cooperar com ele. 
Isso vale para Bruce que terá de desgastar a sua paciência.
E para Clint que terá de responder a cada pergunta.
John: "Portanto...importas-te ou não? Isto claro, se não te estiver a causar uma inconveniência, até porque...a última coisa que quero é recordar-te de coisas...menos agradáveis."
Diz, completamente ciente do que estava a fazer. E das consequências deste seu atrevimento. Mas...estes avisos e precauções...não afastaram Clint.
Não foram fortes o suficiente para matar a sua curiosidade. Não. A dor que sentia...ele decidiu...que estas mortes teriam que ter algum valor...valor que lhes poderia dar ao responder-lhe:
Clint: "Ah, n-não. Sem problema, capitão. Responderei a qualquer coisa."
Fala, determinado a fazer de tudo para ajudar. Determinado a fazer de tudo para ser útil, a fazer de tudo para saciar a sua curiosidade. 
A fazer de tudo para dar valor às vidas perdidas.
Uma decisão que foi de muito agrado de John.
O capitão que, debaixo da máscara, sorri ainda mais nitidamente. 
John: "Boa escolha, rapaz. Boa escolha."
Reage momentaneamente num jubilo que mantém para si próprio. Uma vez que havia pouco tempo a perder, deixou os sentimentos de parte. Foi direto ao ponto, como sempre é: perguntou logo o que queria:
John: "Certo, Clint, eu não quero ser muito intrusivo com estas perguntas. Também me recuso a ir muito além do que é confortável para ti. Apenas...notei em algo que...simplesmente não consigo perceber. E...bem...é mais fácil dizer logo..."
Ele olha vira-se para trás e encara o soldado atrás de si, não deixando que Bruce interfira:

John: "Estas criaturas...elas não foram só infetadas, pois não?"

Mure: "..."
Hyund: "..."
Sery: "..."
...
Nick: "..."
Já pela zona da cratera...
...
...está tudo no silêncio.
...
Tudo na mesma.
...
Tudo a olhar para o que os rodeia à espera que venha um momento brilhante...
...
...à espera que venha uma boa ideia capaz de tirar de lá o parasita mãe...
...
...sem precisarem de lhe tocar...
...sem que ninguém precise de morrer.
Hyund: "..."
Sery: "..."
Mure: "..."
...
E ainda assim...os resultados estavam na mesma...
...pois após 4 minutos desde que alguém tinha falado...
Nick: "..."
...ninguém tinha conseguido uma ideia.
...
Ficaram por ali. A pastelar. No silêncio...
...à espera da resposta.
...
Num intervalo de tempo bem constrangedor e esquisito de se assistir...onde 4 homens estavam petrificados, olhando uns para os outros, à espera que algo acontecesse...
...
Todos menos...
...menos um.
Sery: "..."
Sery Quirt.
O soldado ao lado de Hyund que, ao contrário de todos os outros...
...tinha os pensamentos a correr soltos.
Sery: "..."
Soldado este que não se limitava só a observar os arredores.
Não que não o tivesse feito nestes últimos minutos, mas...ele ao menos tantava algo diferente ao ver que o ambiente não o ajudava.
Ele procurava em outro lugar...mesmo que isso significasse usar o que possui.
Sery: "..."
E foi a este ponto que chegou depois de 4 minutos duradouros onde apenas chegou a uma conclusão lógica: que a melhor ajuda será ele mesmo.
...
E por isso é que ele finalmente para de olhar para os arredores e olha para baixo, para o seu torso...
...
E dessa curta observação...a sua imaginação é fomentada...levando-o a ter uma nova ideia...
...levando-o a agir.
Sery: "..." 
Hyund: "..."
Levando-o...por muito estranho que pareça...
Mure: "..."
...por muito inesperado que esteja a ser para todos...
...
Nick: "..."
...por muito inusitado que seja...
...estas pequenas observações levaram-no a agir.
Levaram-no a vasculhar os utensílios fornecidos pelos seus superiores. 

Bruce: "..."
John: "Então...é verdade ou não?"
...
Clint: "Se as hienas estão mais do que infetadas?"
Pergunta sem entender a questão de John.
A questão que o capitão disse de forma tão segura como se tivesse chegado a uma conclusão brilhante. Trata-se de uma questão que ele pergunta com toda a segurança, tanto que acena com a cabeça para Clint.
Bruce: "..."
Clint: "Er...bem...eu não sei o que lhe dizer. Já que...como deve ter notado, estavam infetadas, mas...o que quer dizer com mais do que infetadas?"
Insiste no mesmo ponto que lhe causa confusão a ele e a Bruce que, embora não fale, encontra-se com pontos de interrogação na sua mente.
John: "Oh, tu sabes. Se eles não sofreram algum tipo de mutação ou algo do género. Se não tinham aparência esquisita."
Clint: "M-Mutação?"
Clint fica mais visivelmente confuso. Aparentemente tendo se esquecido do que se tinha passado. Ou ao menos tentando evitar ao máximo lembrar-se daquilo que estava tão presente não só na sua memória como no chão.
Bruce começa a perceber que John tinha algo em mente. E este seu palpite...não podia estar mais preciso.
John: "Ok. Não faz mal. Vejo que já te esqueceste do que se trata ou tentaste te esquecer. Mas tudo bem, deixa-me relembrar-te."
Pondo um sorriso no rosto debaixo da máscara, inesperadamente ele pega na metralhadora ao seu pescoço. Tira-a de volta da sua cabeça e fica com ela livre na mão. Porém, não para a usar em combate.
Este capitão de esquadrão inclina-se mais para a frente da chacina sempre com a metralhadora de cano longo bem firme nas suas mãos. Intrigando mais Bruce e Clint que deixam abrir a boca ligeiramente só de pura curiosidade.
John estende a sua mão com a metralhadora para a frente. Parecendo que ele tentava alcançar algo. Parecendo que o cano da metralhadora ia tocar em algo. Pois pouco a pouco...centímetro a centímetro, este cano ia se aproximando dos corpos de duas hienas, uma sobre a outra...as duas amontoadas.
Fazendo questão de manter a distância e de, ainda assim, revelar-lhes o porquê desta sua suspeita...ele inclina-se mais para a frente. 
Mais...e mais...
Chegando com o cano ainda mais perto e perto...
...e perto dos corpos das hienas até...
...
...lhes cutucar.
...
Ele inclina-se mais um pouco, apenas mais um pouco para a frente...
...estendendo o seu braço ao máximo...
...ao máximo que pode para então...
...com um forte toque...
...
John: "Gyah!"
...
Ele derrubar o corpo da hiena que estava em cima...
...
...
...
...para o lado.
Revelando bem o aspeto verdadeiro da hiena que estava debaixo.
O aspeto que...
...afinal...
...era ainda mais macabro do que já era.
Mais anormal do que já era.
Mais incomum do que já era.
John: "..."
E John tinha sido o capitão responsável por revelar esse aspeto mutado da hiena.
Foi ele quem mostrou...
...
...
...
...os tentáculos nas suas costelas.      
...
Bruce: "..."
E Bruce agora conseguia entender isso.
...
Clint: "..."
E Clint tinha agora se lembrado disso.
Tinha se lembrado desta anomalia que matou...
...Avers e...
...o capitão e...
...tantos dos seus companheiros...tragicamente...
Clint: "Espera aí. Isso é..."

Sery: "..."
Já ia ele começando a vasculhar os seus bolsos na procura de uma ferramenta útil quando os olhares começaram todos a centrar-se nele. Uma vez que aquele soldado era o único a mover-se...
...o único a tentar procurar uma solução...
...pelo menos o único a fazê-lo de uma forma nunca antes concebida.
Hyund: "..."
Mure: "..."
...
Nick: "..."
Sery vasculhava tudo.
Os bolsos vazios das calças.
Os bolsos dos coletes que agora examina.
Tinha mesmo que ver tudo. Tudo dali para ter a certeza que nada lhe estava a escapar.
Mas...esta atitude foi tão súbita e...
...estranha para os que o observavam que...
...mesmo depois daquele tempo todo de silêncio...
...e do pesado clima capaz de levar qualquer um a calar-se...
...eles não se conseguiam impedir de perguntar:
...
Hyund: "Sery...meu, o que é que estás a fazer?"
Pergunta ao companheiro da sua direita sem conseguir conter a curiosidade.
Desta forma quebrando o silêncio que durava 7 minutos.
E o mais interessante é que Sery já estava à espera deste tipo de reação...
Sery: "Ah, Hyund. Estava a ver que não ias falar, meu comparça."
Diz, da forma mais natural, ao mesmo tempo que vê os bolsos do seu colete à prova de balas. Nem sequer olhando o seu amigo nos olhos.
E a sua voz é tão descontraída e relaxada que leva a crer que...estava à espera de uma reação deles...
...mas isso são só suspeitas vindas da pessoa que o conhece melhor...do único com coragem para falar.
Hyund: "Ok...olha, eu não entendo o que estás a fazer. Ninguém entende o que estás a fazer. Isto é para chamar atenção? Porque se foi por isso, então já podes parar. Estamos todos a olhar para ti."
Mure: "..."
...
Nick: "..."
Hyund: "Por isso importas-te de me responder a mim e aos outros?"
...
Sery: "..."
...
...
...   
Hyund: "..."
...
Nesse instante, Sery abranda.
Não.
Ele não só abranda.
O soldado para por completo.
Para no meio da sua ação e vasculhar dos seus instrumentos. 
Para naquele instante e...
...levanta a cabeça.
Levanta a cabeça para encarar o soldado do seu lado.
Para encarar o seu amigo que lhe fala de uma forma quase irritadiça e perdia...
...que lhe fala tanto...
...mas não tem certeza do que lhe sai da boca para fora...
Hyund: "..."
E agora que ele olha bem para si...
...agora que todos olham para si como se fosse um maluquinho...
...é o momento perfeito para lhes dar uma lição.
Sery: "..."
...
Hyund: "..."
...
Sery: "Hunf. A sério que achas mesmo que eu quero atrair a vossa atenção. A vossa atenção...não, é claro que não. Eu posso parecer esquisito e que estou a fazer algo digno de um psicopata, mas estou aqui a fazer algo ao contrário de vocês."
Fala em voz cansada e farta de ouvir críticas, rapidamente continuando.
Hyund: "..." 
Sery: "Hyund, amigo, eu só estou a fazer a minha parte. Da mesma forma que vocês deviam estar a fazer a vossa ao invés de permanecerem aí especados a pensar em muito e a fazer pouco."
Hyund: "..."
Mure: "..."
...
Nick: "..."
...
Sery: "Mas sim, talvez isto seja esquisto. E, se for, eu não poderia estar mais nas tintas para isso. Pois assim sei que estou a pensar fora da caixa. Ao menos dessa forma sei que estou a fazer algo de jeito. Ao menos fico a saber que estou a fazer algo que nem vos ocorre...algo que...pode garantir que não teremos o mesmo destino que...os soldados que pelos vistos se foram...os soldados que apenas puderam pavimentar um caminho para a sobrevivência daqueles soldados lá em cima...mas...como eles...eu também quero fazer o meu melhor."
Hyund: "..."
Sery: "Para assim ter a certeza de que, mesmo caso tudo dê errado, ao menos eu fiz o meu melhor. Pois, não sei quanto a vocês, porém, se me obrigarem a esvolher a opção de lutar uma luta perdida, então...na mesma, eu farei de tudo para vencer. Farei de tudo para viver mais um dia neste mundo tão misterioso."
Hyund: "..."

Sery: "Afinal...este mundo é tão bonito...e eu conheço-o tão pouco...e não quero deixar que as minhas últimas memórias sejam de uma chacina como esta...não quero que sejam de um mísero momento onde o mundo mostrou a sua parcela cruel..."

Hyund: "..."
Mure: "..."
Nick: "..." 
Sery: "E espero me estar fazer ser compreendido...ok?"
...
Perante todos estes argumentos eles nem conseguem revidar. Também devido ao tomexaltado em que Sery falava. E, pessoalmente, acho que ninguém ali queria causar mais confusão do que esta situação já estava.
Criar lutas nestas circunstâncias apenas baixaria ainda mais a moral do esquadrão.
Isso sim, seria uma confusão nunca antes vista.
...
Isso sim, seria algo a evitar.
...
Então, em silêncio todos parecem concordoa r e reagir da mesma forma.
...
Deixando assim que Sery deixe de se exaltar.
...
Que dê um último olhar no seu colega, o intimidado Hyund que segue o raciocínio dos seus companheiros.
E que num rápido gesto e mudar de postura, volte àquela tarefa de há bocado.
Baixando a cabeça para voltar a mexer nos seus bolsos e uniforme.
...
Assim volta-se ao mesmo.
De volta a como começou.
Como se o que Sery estava a fazer fosse normal...
Como se Hyund nem tivesse intervindo...
...
Hyund: "..."
Mure: "..."
...
Nick: "..."
...
...
Sery: "..."
...
E agora que o silêncio volta...
...volta a mesma sensação.
A sensação de que nada mudou.
...
...
...
...
...
Mas...
...
...
...   
...havia uma leve exceção a essa regra.
...
...
...
Hyund: "..."
Hyund Ryk.
...
Um soldado que...da mesma forma que o seu colega...
...pensando bem...
...aproveitando o silêncio e o vazio nos sdus ouvidos para pensar melhor....
...começa a repensar nas palavras de Sery.
Por um bocadinho..
...e por um bocadinho mais...
...e mais um bocado...
...e mais um pouco...
...e começa a procurar nelas uma perspetiva verdadeira...
...e continua a procura...
...até perceber que não é preciso procurar assim tanto...
...que as respostas estavam implícitas na premissa...
...que as respostas estavam debaixo do seu nariz.
E por isso ele continua a tentar desenrolar a resposta de Sery por camadas.
Vendo que a sua perspetiva tinha bons pontos.
Que ele e os outros realmente estavam jujulgá-lo demasiado sem razão aparente.
Tem de admitir...
E também tem de reconhecer que ele pode mesmo vir a encontrar algo útil ao vasculhar-se a si mesmo.
Já que nem ele, nem ninguém senão o general com quem teve uma breve conversa parecem conhecer bem todos os detalhes da missão...
...quanto mais do equipamento que lhes foi fornecido...
...
...
...
...
...deram-lhes metralhadoras (a quase toda a gente, exceto àqueles que tinham uma certa preferência)...
...deram-lhes faquinhas que quase ninguém usará...
...até a porra de um fio de estrangulamento e-
...
Raios, mas...
...agora é que percebe que...
...
...
...
...Sery tem razão.

Bruce: "..."
Clint: "I-Isso são mesmo..."
John: "Yup. São tentáculos. Não estás a sonhar nem nada, estás mesmo a ver tentáculos nas costelas de...uma hiena. Caramba, isto é mesmo marado..."
Dizendo em voz alta também não o deixa lá muito credível...
Percebe isso agora que fala de forma séria, como se tivesse descoberto um novo elemneto químico da tabela periódica. E, na verdade, descobriu que...hienas têm costelas?
Bruce: "Então queres dizer-nos o quê com isto? Porque, sendo sincero, as cinzas nos corpos deles e a forma como estavam amontoados ocultaram-me essa característica. Parabenizo-te aí, mas, de resto...não sei o que dizer..."
Diz, abrindo a boca numa rara instância para falar. John até focaria mais surpreendido com uma intervenção daquele soldado se também não estivesse à procura de uma boa explicação. Uma explicação mais plausível que explicasse aquela anomalia...mesmo não sendo um cientista...
John: "É assim, eu não sou cientista, mas..."
Fala, olhando para o soldado atrás de si ao mesmo tempo que teoriza.
John: "...isto é só um palpite meu, porém...se tivesse que te explicar isto...esta anomlia aqui...bem...diria que se trata de uma...uma m-mutaç-"
Clint: "É uma mutação."
Intervém com segurança. Possuindo na sua voz um ligeiro contraste...bastante estranho que transparece um sentimento tão...poderoso...tão trágico que...capta a atenção daqueles dois.
Bruce e John que viram novamente a cabeça para aquele soldado que estava mais familiarizado com aquilo do que parecia. Ele que tinham negligenciado desde que se tinha revelado os tentáculos. 
Ele que parecia estar a passar por algo mais complexo do que aqueles dois jamais teriam imaginado.
Bruce: "..."
John: "..."
Clint: "..."
Mas tantos olhos, olhos tão acerrados em cima dele...deixavam-no constrangido.
Clint: "Hmmm...bem...acho que me inusitei um pouco..."   
Bruce: "..."
John: "..."
Ele engole em seco para ganhar alguma coragem para se abrir perante aqueles dois soldados tão imponentes. Pois está complicado, mas...desde que consiga passar a mensagem...nada mais lhe importa.
Clint: "É que...hmmmm...eu...eu e os meus outros colegas...não só os que sobraram ali atrás como também...os que foram deixados para trás no caminho, mas esta talvez seja uma divagação excessiva..."
Bruce: "..."
John: "..."
Clint: "O importante é que sim, nós já tínhamos reparado nisso. E passámo-nos da mesma forma que vocês. Ou, no meu caso, passámo-nos a um ponto tão grande que...preferimos esquecer isso...ou talvez tenha sido por termos passado por tanta merda que...já nem conseguíamos processar tudo e algumas coisas perderam-se ou foram esquecidas neste tão curto intervalo de tempo em que tanta coisa mudou e tantos...tantos...tantos se foram...numa questão...de minutos..."
...
...
...

E o silêncio volta.
Outra vez.
Fazendo-o perceber que os seus esforços eram insignificantes.
...
Que estava a tentar evitar algo...
...inevitável.
... 

Que...por muito que se foque...
...as memórias simplesmente não desaparecem.
Recusam-se a desaparecer.
...
Bruce: "..."
John: "..."
John e Bruce começam a perceber que talvez tenham exercido demasiada pressão naquele rapaz. Que talvez não tenha sido boa ideia depender num soldado traumatizado para lhes fornecer informação.
...
...
...
Sim, não vale a pena forçá-lo mais.
Clint tinha feito o seu melhor e eles respeitavam esse risco e sacrifício que ele estava a correr por eles, mas...
...
...antes que o pudessem calar e deitar abaixo...
...
...
...a voz de Clint reergue-se:
Clint: "Mas...acho que o que vos quero dizer é que...segundo o que eu vi..."
...
...
...

Clint: "Sim, o palpite do capitão está correto. Estas hienas sofreram uma mutação ao serem infetadas. Caso contrário...como é que estas mortes todas se explicariam?"

...
...
...   
Clint: "..."
...
...
...
Bruce: "..."
...
...
...
...
...
John: "..."
...
...
...
...
...
E...ninguém sabe o que dizer.
...
...
...
Depois de uma intervenção tão inesperada destas e de uma resposta assim...
...
...
...já seria de esperar este tipo de silêncio por parte de todos.
...
...
Silêncio que surgia não só com a dificuldade ao processar tudo o que foi dito...
...
Bruce: "..."
...
Clint: "..."
...
John: "..."
Cada um ali pensava de forma diferente.
Por isso cada um também chegava à sua própria conclusão.
...
No caso de Clint, este defendia que havia realmente uma mutação. Servindo não só de desculpa para todas aquelas...mortes, mas...também para explicar o facto de não ter morrido, pois...certamente haveria algo a mais...
Já Bruce estava indiferente. Pensando bem se confiava naquela hipótese. Naquela teoria que vinha do soldado indefeso no chão. E, sendo sincero, ele nem sabia o que pensar ou dizer...afinal...nunca foi bom detetive.
Então decidiu deixar a tarefa para John.
Este agente do FBI que parecia mais apto em investigações do que o normal...
...mais do que para um soldado comum dali.
Contudo, deixando suspeitas e mistérios à parte, ele deixa John trabalhar.
Deixa-o decidir em quem confiar e no quê confiar...
Deixa o capitão chegar ao veredito final...
Deixa-o desvendar o mistério por detrás deste parasita.
...
John: "..."
E deixa-o fazer isso envolto pelo silêncio...

...
Da mesma forma que envolto pelo silêncio.
Mure: "..."
Nick: "..."
...
Hyund: "..."
Envolto pelo silêncio dos próprios companheiros.
...
O soldado continua a vasculhar.
Sery: "..."
...
Tendo verificado que não tinha nada nos bolsos do colete à prova de balas. Neste momento virava-se para vasculhar os bolsos das calças.
Enquanto os outros o olhavam da mesma forma.
Julgando-os com os seus olhares de estranhar. Como se o discurso que deu não tivesse servido de nada, mas...
...já devem ter reparado que há sempre uma exceção.
Pois é.
...
Uma vez que, embora Mure estivesse a tentar processar o que via...
...e Nick...
...distante como sempre...
...tentava pensar em algo para mostrar a sua utilidade...
...
...Hyund acaba de perceber algo.
...
Apercebeu-se que, para além de estarem na situação mais fictícia de todas, estão também numa situação onde tudo conta para a sobrevivência.
Porque talvez o cenário não o tenha deixado claro o suficiente, mas esta é uma situação de vida e de morte.
Onde cada um pode desaparecer numa questão de segundos, da mesma forma que deduz que isso aconteceu com este esquadrão que vieram ajudar.
Da mesma forma que isso é um destino que pode acontecer a qualquer um.
Da mesma forma que é preciso dar de tudo para puderem regressar à casa.
Da mesma forma que Sery faz.
Da mesma forma que Hyund percebeisso.
Da mesma forma que Hyund para de olhar para Sery que parece ter encontrado uma faca no bolso das calças.
Da mesma forma que ele é agora inspirado.
...
E dessa mesma forma...
...ele segue os passos de Sery.
...
Hyund: "Tchk. Porra...ganhaste."
...
Sery: "..."
...
Mure: "..." 
Nick: "..."
...
E surpreendendo a todos...
...também ele é influenciado pelos atos de Sery.
...
Começando...
...da mesma forma que o seu companheiro...
...a vasculhar o que leva no seu uniforme.
...
Hyund: "..."
Revirando de forma rápida os bolsos do colete, pois já tinha visto através de Sery que não valia a pena ver mais.
Segue para então vasculhar as calças.
Vê um dos bolsos e encontra lá um canivete.
Da mesma forma que Sery lá encontrou uma faca no seu bolso.
Apenas servindo para confirmar as suas suspeitas... 
...
Pelos vistos esta coisa de vasculhar sempre compensa ou pode vir a compensar.
Uma realização que veio a motivá-lo mais.
Motivando-o a atirar o canivete para o chão, seguindo a busca nas calças.
Seguindo a busca, não olhando, não se importando com os que o pudessem julgar, não se importando de todo com os outros.
...
E isso valia para cada soldado dali.
Para Mure que começava a achar que estava a enlouquecer.
Ou para Nick que continuava numa crise de ideias e numa confusão indescritível.
Ou...
...até mesmo para Sery.
Ele que...por muito impossível que parecesse...
Observou pelo canto do olho aquela sua mudança de estar.
Observou de forma orgulhosa...
...tão orgulhosa que...
...sem querer...
...esboçou um sorriso, feliz por ver que o seu discurso foi eficaz...
...por ter conseguido persuadir Hyund.
...
Sery: "Fizeste uma boa escolha, Hyund. Fizeste uma boa escolha."
Comenta, agachando-se mais para vasculhar as suas botas. Já Hyund também sente o mesmo. E não se deixa ficar. Para com uma certa vergonha, neste seu novo eu, lhe responder, ao mesmo tempo que verifica os bolos:
Hyund: "Bom saber, meu. Vejamos é se eu não serei o único a mudar."
Sery: "..."
Hyund: "..."
Mais nada.
Feita a veloz troca de palavras, ele retornam ao que faziam. Com maior certeza quanto ao valor das duas ações. Esperando ter passado esse mesmo valor para os outros que os ouviam. Mandando-lhes uma indireta que parecia dizer:
"agora é convosco...
...só faltam vocês".
...
Hyund: "..."
Sery: "..."
...
Mure: "..."
Nick: "..."
...
Realmente...
...
...só faltavam eles.
Mure: "..."
Mure...
Nick: "..."
...e o trabalhão Nick.
Os dois soldados que parecem ter entendido a mensagem daquela frase tão inigmática.
...
Entenderam-na tão bem que olharam um para o outro com aquele entendimento.
Quase que falando com os olhos...
...pretendendo chegar a um entendimento sem palavras.
Almejando chegar à conclusão que eles sabem qual será.
A conclusão a que estão a ser forçados a chegar.
Arranjarem coragem para se agacharem e fazerem como Hyund e Sery:
Vasculhar.

John: "Hmm. Acho que estou a ver o que tu dizes."
Diz, pensando ter chegado ao seu veredito. O veredito que Bruce tanto aguardava para formar a sua opinião. O mesmo veredito que Clint tanto precisava para julgar a situação...
Bruce: "..."
Clint: "..."
John: "Essa tua teoria não é descabida. Não é descabida de todo. Tem as suas raízes em factos e, devo dizer, que é bem provável que seja verdade."
Bruce olha para John, perguntando-se como ele pode ter chegado a uma conclusão de forma tão súbita, mas, estes pensamentos são rapidamente interrompidos por mais perguntas externas.
Clint: "Então isso significa que..."
John: "É melhor ter cuidado. Que, caso os outros indícios não tenha sido suficientes, temos aqui provas de que não lidamos só com uma gripezinha como dizem nas notícias. Temos aqui todo um parasita capaz de transformar quem infeta a um nível molecular e...emocional."
Bruce: "..."
Clint: "..."
John: "Quando se pensa que algo já está mau..."
...
John: "Elas só pioram..." 
O soldado parece divagar, como se esta circunstância o tivessem repembrado de algo. De um evento traumático guardado lá no fundo da sua memória. 
Mas é um evento que...
...apesar de ter deixado cicatrizes bem visíveis...
...também o relembrou de que se devia focar no que tem agora.
Pois tem Clint e Bruce a olhar para ele, sem entender o que vai na sua cabeça...
John: "C-Certo. Er. Obrigado...Clint. A tua ajuda é sempre bem-vinda."
Agradece, procurando concluir aquela conversa para ir se explicar para Bruce e deixar-lhe a entender o que percebeu.
O soldado no chão, já lhe ia agradecer de volta, como o bem educado que é, mas, antes que o pudesse fazer, uma última pergunta é feita pelo capitão de esquadrão...
...de forma mais inesperada que o comentário que tinha feito anteriormente:
John: "Só...mesmo uma última coisa que te quero perguntar antes de ir." 
Insurge-se, captando a atenção dos outros dois que ali se encontravam presentes e que pareciam já não entender o que se estava a passar na cabeça dele. Eles que, ainda assim, faziam um esforço para saciar a curiosidade.
John: "Tu falaste sobre a mutação deles, mas...agora que penso um pouco...pergunto-me se...para além disso....por acaso viste mais alguma coisa de estranho com estes animais infetados?"
Clint: "???"
Ora aí está algo que não esperava. Mas algo que, para vir do John, é porque não veio do nada. É porque, segundo as suas últimas suposições, pode ser bem verdade...é porque ele deve ter se apercebido de um furo na história onde tem a certeza que pode estar a chave...
Bruce: "..."
O guarda-costas estava perdido e não tinha nada a opinar, deixando Clint com os seus pensamentos e memórias novamente. As memórias que ele já não ignora e que voltam pouco a pouco.
Relembrando-se até das mortes que queria esquecer, sob os olhos curiosos de John que estava prestes a acrescentar algo à pergunta, vendo que o soldado não se lembrava de nada-

Clint: "Espera..."

Bruce: "..."
Mas felizmente não parece vir a ser necessário...
John: "Lembraste-te de algo?"
Clint: "S-Sim...foi mais uma coisa esquisita que aconteceu antes de vocês terem chegado. Quando estava com os meus companheiros...aqueles dois ali atrás...com medo das hienas que nos cercavam..."
A curiosidade no capitão só se intensifica. 
John: "Como assim, 'uma coisa esquisita'?"
Pergunta ao soldado que se recorda de coisas que aconteciam há momentos. Pequenos detalhes que ficaram perdidos no meio de tantos acontecimentos e que começaram a voltar com o interrogatório de John que agora chegava na sua fase final, na sua última pergunta, no seu último esforço...
Clint: "É que...eu não sei...estávamos aqui...cercados e prestes a morrer. À mercê as hienas que tinham tudo para nos matar, abocanhar e desmembrar em segundos, se nos atacassem em grupo, todos ao mesmo tempo. Afinal, essa era a escolha mais provável dentro do leque delas. Eram para aí umas 17 contra 3. Tinham tudo para acabar connosco em segundos e..........."
Ele pausa, tentando perceber se as suas palavras seguintes são verídicas. Mas a curiosidade de John não aguenta:
John: "O que é que aconteceu? Vá lá, Clint, diz-me o que aconteceu?"   
O apoio de John exerce a sua influência indireta e dão-lhe o último empurrão que precisava para confirmar tudo aquilo.
Agora tinha a certeza do que ia dizer.
Bruce: "..."
John: "..."

Clint: "Para eu estar aqui a contar a história é porque as hienas desperdiçaram a oportunidade delas. Felizmente ficaram mais burras e abrirarm espaço para a vossa chegada e a nossa consequente sobrevivência, mas...isso não aconteceu sem querer, num golpe de sorte. Não, a nossa sovrevivência parecia planeada. Porque, quando elas pareciam que iam saltar todas para cima de nós, elas...pararam. Misteriosamente. Subitamente. Petrificaram ali por completo. Como se alguém lhes tivesse ordenado mentalmente isso. Como se uma entidade acima delas e que as controlasse a elas e a todas as outras criaturas infetadas."
Bruce: "..." 
Clint: "Como se ela lhes tivesse ordenado neuralmente para pararem, porque...aquelas presas...aquelas presas não mereciam morrer. Elas tinham sobrevivido a tudo o que essa entidade lhes havia atirado para cima. Estas três presas mereciam mais do que isso...elas-"
John: "Queriam infetar-vos...?"
Clint: "Hummmm...Talvez...é a única coisa que me vem à cabeça para explicar aquele ato tão pequeno, curto e insignificante que, ainda assim, me causa uma grande confusão. Mas...isso também explicaria o porquê de algumas vítimas de cães e hienas infetadas terem morrido enquanto outras foram infetadas e transformadas numa espécie de morto-vivo. Só se pode explicar ao afirmar que-"

John: "Todos os infetados fazem parte de uma rede controlada pelo parasita..."
Clint: "...onde transmite os seus sentimentos e vontades ou...até mesmo........."

 
John: "Quem quer infetar...???"


*Rooof* *Woooof* *Grrrawwrrrhhh*
Acabando com o raciocínio e descoberta daqueles dois, o som de um animal entra em cena. Sendo escutado pelos dois criadores de teorias e pelo guarda-costas ao ponto de os fazer olhar para a fonte.
*Rarwr* *Wooof* *Grawrrrrhhh*

*Rawrrrrrargh* *Wrooooofff*
Sendo também escutado até pelas pessoas que tentavam arranjar forma de lidar com o parasita mãe. Os mesmos que estavam na cratera, tendo alguns dos quais parado o que faziam ao ouvir-
*Woof* *Rwrrrrr*
...estes sons.
Sery: "...???"
Mure: "...?"
Hyund: "Hã?"
... 
Nick: "P-Pessoal...estão a ouvir isto?"

As perguntas que estavam a ser formadas quanto à natureza do parasita são postas em segundo plano. Focando cada um deles, cada um dos dois investigadores e até do guarda-costas que estava entediado naquela figura ali.
O animal que saía dos arbustos e árvores à direita que delineavam o espaço onde o meteorito aterrou.
Animal infetado: *Wooof* *Rarrwrrrr*
Um animal infetado.
Quanto a isso não há que enganar.
Mas...é uma criatura muito diferente das hienas.
Mesmo aos olhos de Clint, este consegue reconhecer as diferenças.
É um animal esanguentado. Com pedaços da sua pele rasgados. Estatura fina, de pernas finas e barriga tão curtinha. Pois este é um animal baixinho que mesmo estando tão desfigurado, não engana ninguém com aqueles ladrares.
Animal infetado: *Rawrrrrrrrragh* *Woof* *Woof*
Não, aquela forma de ser, aquela baba a cair para o chão com toda a raiva inexplicável que obteve, aquele animal...é nada menos do que...
Cão infetado: *Wooof* *Woof* *Rrrufff*
Um cão. 
E um de guarda, logo os mesmos que estão preparados para matar qualquer adversário.
John: "..."
Bruce: "..."
Clint: "Hunf..."
Cão infetado: *Rarwrrrraghragh* *Wrooooooffff*
John: "..."
Bruce: "..."
Clint: "Erm...pessoal? Aquilo é..."
John: "Algo que eu não estava à espera de aparecer aqui, isso é certo."
No meio do silêncio que formavam, as teorias eram alteradas e até mesmo intensificadas, como no caso de John. Que ganhava nova perceção do que já conhecia e...da teoria de Clint.
Mas...uma coisa é certa...intencional ou não o silêncio foi estratégico. Desta forma não alertavam o cão como também não o incentivavam a atacar ou a sequer se mexer de ao pé do arbusto.
Cão infetado: *Rrrrrrrrrrrrrr*
John: "..."
Clint: "..."
Porém...nada pode durar assim tanto.
Não quando se tem muito mais para fazer.
Quando se lida com um ser muito superior a um cão.
Especialmente agora que têm o futuro do país nas suas mãos.
Quando têm o mundo inteiro a confiar neles.
*Tchik*
Não agora que estão perto de o conseguir.
Bruce: "Com licença."
O guarda-costas tira uma faca do bolso do colete e segura-a na sua mão esquerda. Ficando com a pistola numa mão e a arma para curto alcance na outra. Assim, pedindo permissão, ele dá uns passos para a frente para cumprir o seu cargo.
O cargo de guarda-costas.
Bruce: "Capitão, Clint. Peço que fiquem aí."
Pede-lhes, destacando-se na frente deles na maior das calmas e lentidão. Cuidadosamente posicionando-se à frente do cão, tapando-lhe a visão dos outros dois soldados que ele parecia tão tentado a atacar. Tanto que lhe ladrou de volta.
Cão infetado: *Arrargh* *Wrooof* *Woooof*
Ladrou na direção do homem que para à sua frente. Armado nas duas mãos. Pronto para lutar.
Erguendo a pistola e mirando bem no alvo à sua frente. 
Bruce: "Podem ficar tranquilos. Juro que isto não vai se prolongar. Então..."
Ele pausa e fecha o olho direito. 
Certificando-se que está a mirar no lugar certo antes de completar a frase, assim que abre o olho e tem a certeza do plano:
Bruce: "Não há nada temer. Mas...se vos posso dar uma recomendação..."
Cão infetado: *Rrrrrrrrr*

Bruce: "Eu só vos posso mesmo pedir para não gritarem de surpresa."

*Plam*
Cão infetado: *Grahhhhhh* *Wrrrahhhhhh*
Disparando num instante, ele é capaz de surpreender John e Clint, mesmo já lhes tendo advertido. Mais do que tudo isso, ele também deixa em alerta os soldados na cratera que nem se apercebem que um cão infetado surgiu e que ele, após ouvir o tiro, começou uma corrida.
Cão infetado: *Wrrrrahhrhgh* *Wruuuufffff*
E o mais curioso foi o facto do tiro nem ter sido mirado no cão. Foi mirado no chão ao seu pé. O animal é sentiu perigo vindo daquele homem e decidiu logo começar a correr para eliminar o soldado. Sem sequer lhe ocorrer que...talvez aquele tiro falhado...tenha sido feito de propósito e...
...o cão apenas caiu no seu esquema.
Cão infetado: *Wrufffff* *Rarrrarrrr*
Pois ao correr e a encurtar a distância com curtos saltinhos ele nem sequer ponderou a consequência das suas ações. Ou o porquê do homem estar parado. Ou o porquê de ele agora ter baixado a arma.
Com o animal tão perto. Com o perigo tão perto. Com a morte tão perto ele continua tão calmo. Tudo porque está tudo a correr bem. O cão está a correr como imaginou. 
E agora que ele está mesmo ao seu pé, sabe o que fazer...
Cão infetado: *Rarrrrarghahgh* *Rarghrafhtgrargh*
Agora que o cão a salivar loucamente salta energicamente para cima, querendo abocanhá-lo. 
Bruce: "..."
E numa postura plenamente oposta...
...o soldado friamente encara o possível fim da sua vida.
Sem frases a dizer. Sem últimas palavras. Sem nada dessas formalidades. 
Apenas mostrando uma concentração inablável e...
...
...
...
...a faca na sua mão esquerda.
Bruce: "Gyah!"
*Tchshsh*
Apanhando o cão no ar, Bruce move a sua mão esquerda velozmente.
Fazendo os seus colegas no chão perceber o porquê do tiro falhado e...
...o porquê deste ataque de agora.  
E num golpe que já tinha preparado para uma investida inimiga que tinha incitado e planeado há muito, ele afunda a lâmina da faca na barriga do cão que foi de animal a monstro...
Cão infetado: *Ahuuuu* *Huum*
...e agora é reduzido a uma mera inconveniência, sendo trazido de volta a animal, um animal que esguincha com uma facada nas suas pequenas costelas.
Bruce: "..."
Cão infetado: *Au*
E agora que chegou tão longe, o soldado prepara-se para acabar o trabalho.
Bruce: "..."
Segurando na faca firmemente, ele aproveita que a tem espetada no cão para trazer aquele pequeno confornto ao seu estágio final.
Empurrando num segundo a faca mais para dentro do pobre bicho para então, rapidamente e de forma cruel, naquele intervalo de tempo tão curto em que o cão esteve no ar, ele o puxar para o chão.
Bruce: "Agh."
Cão infetado: *Arurarurar* *Huahuuu*
Colocando-se também de joelhos e empurrando o animal com ajuda da faca espetada para baixo, Bruce prende o pequeno animal ao chão de terra baldia.
Tendo especial cuidado para pôr a perna em cima de uma das patas do cão, de modo a evitar resistência, o que não se mostrou tão eficiente.
Cão infetado: *Rarghragh* *Woofr* *Warurururrr*
Numa mudança de comportamento mais súbita que a chuva o cão vai de dor a raiva. Mostrando que mesmo no chão, ainda tem energia e vontade de vencer.
Espezinhando as suas três paras soltas deseperadamente. Ladrando mais alto e ferozmente do que antes.
Cão infetado: *Wrarghrauf* *Warrru* *Warruuu*
O animal estava mais determinado do que nunca a abocanhar Bruce. Agora que o tinha ali à frente. Agora que tinha aquela pequena ilusão de vitória...
Bruce: "..."
Afinal...
...por muito que a resistência do cão seja, definitivamente, surpreendente...
...
Cão infetado: *Arrrurru* *Wooooof* *Gruuufruuuff* 
...ele já estava à espera disto.
Senão...
...
...porque é que fez questão de segurar a pistola quase tão firmemente como a faca?
...
Cão infetado: *Raraghrarhgh* *Raufff* *Whurfwurf* 
Ah, pois é...
...
Neste momento lembrou-se...ao observar toda a luta admirável do animal contra as foeças claramente superiores do soldado.
Cão infetado: *Arghrarartahgraghfggrarrr* 
É...admirável, Bruce tem que admitir...
...especialmente vindo de alguém que conhece essa sensação.
E é por essa mesma razão que ele também se considera o mais digno de acabar com ela.
...
Cão infetado: *Rarghrauf* *Argrarr* *Wruuuff* 
É por isso que ele se considera o mais capaz de o matar.
...
Cão infetado: *Rarghraghrargh* *Agrrrrr* *Rrrruf* 
...
...
Cão infetado: *Wruuuuf* *Wruuuuuff* 
Mantendo a força sobre a pata.
A faca na barriga do cão já há muito ferido.
...
Cão infetado: *Warruirurrur* *Arghrargraghragh*  
Erguendo a pistola na mão direita.
Cão infetado: *Arghraghraghragh* *Arghraghragh* 
Pondo-a ao nível da cabeça agitada do cão que se move incesantemente da esquerda para a direita, abrindo e fechando descontroladamente e...
Cão infetado: *Arghraghraghraghraghraghraghra* 
... 
...com o premir do gatilho...
...acabando com aquela gritaria que devia ter cessado há muito.
Cão infetado: *ARAAGHRAGHRAGHRAGHARAG-*
*PLAM*
*PLAM*
Cão infetado: *Bruarhgh*
E fechar este confronto com estes dois tiros que perfuram o crânio do animal, fazendo espirrar sangue para o capacete negro do soldado frio como o gelo de inverno que mantém a pistola ali...firme e...
...e... 
...só para garantir que o animal agora a sangrar da cabeça enquanto chia de dor não resiste como o morto-vivo que abateu...
...
...mais vale dar... 
...um último terceiro tiro.
Bruce: "..."
Cão infetado: *Buraghragh-*  
*PLAM*
...
...
...
Cão infetado: *..................*
...
...
...
Assim, parando com o alvoroço.
...
...
...
Bruce: "..."
Desta forma, mostrando o vencedor.
Cão infetado: *............................................*
...
...
...
Mesmo agora que o silêncio se instalou após o estrondo.
...
...
...
O estrondo que deu arrepios a John e Clint que viam de perto. 
...
O estrondo que confundiu aqueles na cratera.
...
...
O estrondo que veio de três balas, três balas na cabeça de um infetado. Todas muito pouco dispersas e lá metidas em intervalos de tempo tão curtos. Com premires de gatilho tão pouco espaçados. Esmagando os miolos do animal que estava irrequieto e que agora...
Cão infetado: *......................................................*
...nem piava.
Estava morto.
E Bruce, a observá-lo de perto sem um pulsar de vida, sem respiração e algum movimento naquele corpo que a sua perna pressiona, tem a certeza da sua vitória.
Cão infetado: *......................................................................* 
Bruce: "Hunf. Que chatice..."
O soldado levanta-se, arrancando a faca das entranhas do bicho e levando a pistola para ao pé da sua cintura. Recompondo-se daquele pequeno esforço e com a máscara suja, olhando para os colegas ao seu lado.
Bruce: "Vocês estão bem?"
Pergunta, levemente ofegante.
John: "Er..."
Clint: "B-B-Bem...?"
John: "S-Sim, p-p-penso que sim."
Diz, tentando encontrar um significado para aquela surpresa que experienciou. Para o ataque do cão e ainda para a conclusão a que tinha chegado.
John: "..." 
Voz vinda de baixo: "OOOOIIII!!! GENTE?! ALGUÉM SABE O QUE FOI ESTE ESTRONDO???"
Um grito. E um vindo da cratera numa voz que interrompe os pensamentos de John, Clint e até de Bruce que estava a recuperar da ação. Um grito com uma voz tão característica que só podia ser de...
Clint: "Huh, Hyund...?"
Bruce: "..."
John: "Hyund. HYUND. HYUND!!!"
Subitamente a sua memória cooperou e ele lembrou-se daqueles que já tinha esquecido com toda esta confusão. Fazendo-o imediatamente ir a correr até ao sopé que dava vista para a depressão onde estava todos os outros.
John: "Oh, Hyund. Pessoal."
Diz, parando e olhando para todos os que estavam lá embaixo. Eles olham de volta extremamente preocupados e sem entender aqurla inquietação toda.
Hyund: "" 
  

        

 

 
 

                   

 

 

   


 
Jack tira um facão que se encontrava nas suas costas e corre em direção ao urso. O urso tenta arranhar o mesmo porem ele se desvia para a direita, o urso vomita ácido nele, mas atirasse para a frente para não ser atingido. Mas agora Jack estava mesmo por de baixo do urso ele então tenta o esmagar com as mão e Jack com o facão perfura a palma da mão da criatura. Jack puxa o facão com todas as suas forças e quando ele sai da mão do bicho Jack perfura a barriga do mesmo com o facão. O golpe de Jack havia sido faltal, e o urso cai para trás.  
 
Soldado Jack: Vem é assim que se faz hahaha.
 
Soldado Tony: MUITO BOM.
 
Soldado Nick: SAI DAÍ. ESSA COISA VAI EXPLODIR. 
 
E é isso mesmo que acontece a criatura explode espalhado ácido. Ácido esse que consome todo o corpo de Jack. 
 
Soldados em geral: NÃOOOO! 
 
Isso fez conque só houvesse mais 17 soldados. Contudo o pior estava só a começar. 
 
Soldado Nick: Ele sacrificou-se. Ele é um herói. Quando voltarmos faremos uma dedicatória para ele e para os outros. 
 
Soldados: SIMMM.
 
Foi aí que a terra começou a tremer. 
 
Soldado Luke: O que agora?
 
Soldado Charl: Outra vez não. 
 
Soldado Nick: Preparados! 
 
O chão começa a rachar. E uma criatura enorme emerge do chão. A criatura era feita de fungos verdes e era repleta de tentáculos. Os 17 agentes estavam cheios de medo. Nick liga “ sinal vermelho” para chamar reforço orgentes. A criatura tinha uns 30 metros e soltou um grito contra os agentes que como resposta atiraram contra a mesma. Porem metal estava espalhado pelo seu corpo, o que acabava por proteger a criatura. E lá ia o primeiro ataque da criatura. Ela atinge alguns agentes com um dos seus enormes tentáculos. Helicópteros da fundação se aproximavam. A criatura ergue todos os seus tentáculos para cima e deles cai uma “chuva de ácido”. Que mata 6 agentes. Apenas 5 estavam vivos.  
 
Soldado Hope: AAAAAA MERDAA!
  
 Soldado Nick desvia de um tentáculo e corre para as costas do bicho para poder ficar fora do seu campo de visão. Porem tudo ainda só estava a começar pois mini criaturas começavam a sair das rachaduras no chão. As criaturas eram do tamanho de um homem de 1,76m. Esses bichos foram em direção aos agentes, porem eles protegerem-se e dispararam contra os mesmos. As coisas eram perfuradas pelas balas porém não paravam de atacar. Um deles tenta acertar Nick que se desvia e com o seu facão atinge o pescoço da criatura que cai no chão sem cabeça. Nick então corre pois a mesma estava prestes a explodir. Os helicópteros finalmente chegam e neles vinham também agentes a carregar lança granadas. A criatura mãe então é atingida bem na cara por uma granada. O dano foi considerável, e parceria ter irritado ainda mais o bicho, que revida com um golpe mesmo em cheio em um dos helicópteros. O mesmo cai muito perto de Nick que é lançado para longe com o impacto da explosão. Deixando-o inconsciente. O fogo começava a se espalhar por todo lado. Apenas 4 soldados continuavam na batalha e as balas haviam acabado então só lhes sobravam o facão para defenderem. A criatura mãe estava muito ocupada a tentar destruir os helicópteros. O fogo começava a diminuir o canpo de batalha. 
  
Soldado Shane: NÓS VAMOS SAIR DESSA. E VAMOS VOLTAR PARA CASAAAAAAA. 
 
Soldado Ziv: CUIDADO COM O FOGO! 
 
Um dos pilotos então tem uma ideia muito arriscada. Ele e o atirador pegam num paraquedas porem antes ele leva o helicóptero em direção ao monstro. Mesmo antes de atingir a cara da criatura eles saltam do helicóptero. Foi então que uma grande explosão acontece. E as mini criaturas deixam de atacar. e caim mortas nos chão. A criatura mãe começa a se desmanchar e os agentes tem uma escolha tentarem enfrentar as chamas ou deixarem-se ser esmagados pelos pedaços da criatura. Eles decidiram correr em direção ao fogo. Enquanto isso Nick estava a acordar. ele tinha sido atirado para longe então nem o fogo nem os pedaços o conseguiriam atingir. Os agentes conseguem sair das chamas com algumas queimaduras graves porém melhor que morrer. Isso havia sido visto como uma vitória. No meio dos pedaços estava lá a versão menor da grande criatura. Ela não estava morta mas não estava consciente de momento, e Após 3 horas ela fora capturada.


A equipa levou a parasita mãe e o resto do parasita para a base. O cientista Clark Devs , onde lá estudou o parasita e descobriu que o ser põe ovos. A fundação prendeu o parasita numa sala vazia, blindada, sem filtros, sem chances para o parasita escapar.

Os três fundadores designaram o parasita de jf número 2, e designaram os seres vivos infectados pelo parasita, de jf 2-1.Este foi o primeiro jf contido pela fundação, os fundadores decidiram chamar a fundação de juízo final, para prevenir que o dia do juízo final não aconteça.

Até 1980 a fundação encontrou vários jf, como por exemplo o Vírus noturno que atacava as pessoas durante a noite.

Em 1980, a fundação estava muito mais avançada, foi criado o projeto dos infiltrados, que são agentes da fundação que podem ter várias profissões, mas na verdade são agentes à paisana da fundação, eles são responsáveis por esconder os relatos de anomalias, e procurar informação para ajudar a fundação a resolver casos de jf´s.

O nosso agente à paisana, Senhor Carther, que trabalhou no jornal, encontrou a informação que várias pessoas estavam a desaparecer numa vila em Orlando, a fundação entrou logo neste caso chamou os seus melhores capitães, que são Bruce Wilson, Ex militar dos estados unidos, e o outro, John Mark, detetive da fundação, estes dois agentes foram mandados para a vila Orlândia, em Orlando para resolver este caso.

Bruce Wilson e John Mark chegaram á vila onde aconteceu os sequestros, eles ficaram dentro do carro que tinha os vidros escuros para não ver o interior, eles ficaram à espera que algo acontecesse. Esperaram 20 minutos, foi quando apareceu uma carrinha preta, a carrinha estacionou à frente de uma casa, dentro da carrinha saíram dois soldados, com fatos furtivos com armas silenciadas. Os soldados iam arrombar a porta da casa. Bruce e John entraram em ação saíram do carro e e aproximaram-se dos dois soldados. Os tais homens estavam a tentar ser os mais silenciosos possíveis. Porem já era tarde de mais Bruce e Jhon acertam um golpe na cabeça de cada soldado. Um deles caiu no chão e desmaiou, o outro revidou com um soco e correu para trás da carrinha para proteger-se. O soldado com a sua metralhadora silenciada disparou contra John acertando na perna, de seguida Bruce dispara contra o homem. O tiro perfura a janela da carrinha acerta o peito do homem. A sorte do mesmo é que tinha o colete. Porem ele não tinha a mínima chance de vencer. Então ele corre para o meio da mata..

Depois do tiroteio, John foi para dentro do carro para curar-se da bala, e o Bruce foi investigar o local. Ele entra na casa onde os homens queriam invadir. Pelos vistos era só uma casa normal. Pelas fotografias espalhadas pelas casa era uma família de 3 pessoas. Uma mulher um homem e uma criança. Nenhum deles se encontrava em casa então ele apenas sai da mesma. Bruce reparou que na roupa dos soldados tinha um símbolo de uma caveira verde e estava escrito algo nela. Bruce foi à carrinha dos soldados e encontrou informação importante, dentro da carrinha tinha uma folha com a localização da base dessa possível organização. Ele também havia encontrado uma pene no bolso do soldado.Bruce e John voltaram para a base com todas as provas e mandaram uma equipa da fundação para tirar o corpo e a carrinha dos soldados.

Quando chegaram à instalação da fundação, John foi para a enfermaria, e Bruce foi falar com o General Steve. Bruce disse ao general que encontraram outra organização. O nome dela? "A doença”. Porem antes de abrir o conteúdo da pene que havia encontrado, Bruce fôra interrogar o soldado capturado. Bruce anda pelos corredores da fundação até ver uma porta de metal com com agente da fundação ao lado da mesma. E Bruce vai em direção da mesma. E quando ele chega ao pé da mesma ele diz para o seu colega. 
 
Bruce: Ele já está acordado? 
  
Agente Lucky: Sim. Levou uma sorra mas já acordado. 
 
Bruce: Ótimo. Bem eu vou entrando! 
   
Lucky: Boa sorte, esse gajo não tem ajudado em nada. 
 
Bruce: Para fazer ele falar é um questão de um estralar de dedo. ( ele diz isso enquanto dá um sorriso) 
 
 Bruce entra na sala e vê o homem amarrado na cadeira e cheio de hematomas na cara. 
 Bruce metesse á frente dele. O homem levanta um pouco a cara para encarar Bruce. 
 
Bruce: Eles fizeram um belo estrago. Ficas a saber que caso não colabores eu farei muito pior. 
 
Homem: Haha vocês falam muito. Mas… quando nós explodirmos tudo não falaram mais. 
 
Bruce: Como assim?
 
Homem: Nós mataremos cada um de vocês!
  
Bruce: Doença? Vocês são o que? A nossa cópia barata? 
 
Homem: O QUE? Não nunca, nós temos nojo de vocês, nós apenas…. somos algo melhor, superior, deuses para vocês. 
 
Bruce: Então vocês são um bando de loucos?
 
Homem: E vocês? 
 
Bruce: CHEGA DE ENROLAR. A próxima pergunta que tu não deixares explícito do que cada resposta significa… tiro-te um dedo! O que achas?  
  
Homem: Vamos NESSA! Hahaha. 
 
Bruce: Qual é o teu nome?
 
Homem: Podes-me chamar de …. deus. (quando ele diz um sorriso malicioso fica estampado na sua cara) 
  
Bruce tira uma faca do bolso.
 
Bruce: Ultima chance. Vá lá não sejas burro. 
 
Homem: corta COrta CORTAA!
 
Bruce arranca um dedo polegar da mão do homem.
 
Homem: Aaaaaaaa.
 
Bruce: O TEU NOME? JÁ! NÃO VOU PERGUNTAR OUTRA VEZ! 
  
Homem: haha (cospe sague para o chão ) eles dizem que eu sou o agente 105.  
 
Bruce: NOME!
 
Homem: Ficas irritado muito rápido.  
 
Bruce corta fora o dedão do homem. 
 
Homem: AAAAAAA.
 
Bruce: JÁ FORAM DOIS. Agora diz.
 
Homem: Ok… ok, eu chamo-me… Rodriguez. 
 
Bruce: Boa Rodriguez, já é um começo. Agora, o que querem com a nossa fundação? 
 
Rodriguez: Queremos que vocês caíam. 
 
Bruce: Isso eu já intendi. Espera vocês tem haver com o desaparecimento daqueles 13 cientistas? 
 
Rodriguez: Finalmente você entendeu.  
 
Bruce: O que vocês fizeram com eles?
 
Rodriguez: hâ…hâ não sei. 
 
Bruce: Vais perder outro dedo!
 
Rodriguez: Eu realmente não sei. Mas… ficaram nas mãos de Mark. 
 
Bruce: Mark?
 
Rodriguez: Apenas o mais louco e sádico da Doença. Ele tem uma mente brilhante… mas é mais louco que qualquer um. 
 
Bruce: Essa vossa piada não vai dorar muito tempo.
 
Rodriguez: HAHAHAHA. O QUE? ( Rodriguez tinha um sorriso de bochecha a bochecha) Nós existimos a muito mais tempo que vós. 
 
Bruce fica com um olhar ainda mais sério do que estava.
 
Bruce: Onde fica a vossa instalação?  
 
Rodriguez: Qual delas? Haha. 
 
Bruce: A que se encontra Mark.
 
Rodriguez: Sei lá. 
 
Bruce: Talvez naquela pene deve estar lá a resposta. 
 
Rodriguez fica finalmente com um olhar de preocupação na cara.
 
Rodriguez: Que pena. Não queres brincar um pouco mais? 
 
Bruce: Olha fode-te!
 
Bruce caminha até a saida da pequena e escura sala. Ele sai pela porta. 
 
Lucky: O que conseguiste?
 
Bruce: Vamos recuperar os cientistas perdidos! 
 
Lucky: Espera. Aqueles que desapareceram á 3 semanas?
 
Bruce: Sim.
 
 
 Bruce vai até á sala onde havia deixado a pene. Ele entra na sala e senta-se numa cadeira á frente de uma mesa com um computador em cima. Ele então mete a pene no computador. E uma pasta é aberta. Dentro dela havia um mapa com o país inteiro. Existiam casa que no mapa tinham um círculo vermelho e outra com um círculo com uma cruz. Algumas dessas casa eram moradias de cientistas da fundação. Mas o mais interessante é que existia um edifício loge de todas as cidades e que se for visto num mapa normal o mesmo não aparece. Então Bruce deduzio que fosse a instalação da Doença.

No dia seguinte, Senhor Carther, deu a notícia que tinha uma aranha humanoide, numa das ruas da cidade de Seattle e que havia atacado um Shopping. O general mandou Bruce e um dos seus melhores militares, Capitão Clint, para essa missão. Porem Bruce tinha que imformar ao seu general sobre o que havia descobrido.  
Bruce: Olá General Steve. 
 
Steve: Olá Bruce. Sei que ontem tentaste me ligar porem, não conseguia mesmo atender. 
 
Bruce: Isso já não tem importância. Eu preciso ficar de fora dessa missão! 
  
Steve: Porque?
 
Bruce: Existe algo muito mais importante. 
 
Steve: Tem haver com aquela “ Doença “?
 
Bruce: Foram eles que sequestraram os nossos cientistas! 
 
Steve: Como?
 
Bruce: Já sei as coordenadas de onde fica a instalação deles. Preciso de uma equipa com urgência! 
 
Steve: Podes-me enviar as coordenadas.
 
Bruce: Já foram enviadas.   
 
Steve: Tudo bem arranjo para ti a primeira equipa de  invasão. 
 
Bruce: Vamos resgatar o que é nosso. 
 
Então Clint e mais 10 soldados foram de helicóptero, até Seattle. Quando chegaram ao local os cidadãos estavam a correr desesperados, havia carros destruídos e corpos no chão. Num beco apareceu uma aranha humanoide com três metros de altura. Os soldados tentaram atirar uma rede para conter a aranha, a mesma  lançou veneno para cima da rede e acabou por a corroer. O veneno começou a queimar as cordas rompendo a rede. Clint com uma arma tranquilizadora especial disparou na aranha. Porem a mesma deu um grande salto em direção a um dos soldados. Infelizmente a aranha acabou por comer a cabeça do pobre home. Então granadas com descargas elétricas foram atiradas contra a aranha que caiu no chão e ouve tempo para prendê-la, os soldados conseguiram conter a anomalia e regressaram para a base com a criatura.

A aranha humanoide foi designada de jf 4, a fundação não sabia quem a havia criado tal criatura. JF número 4, está contida numa sala com paredes de aço, para o veneno não derreter as paredes.

O general Steve, Bruce, Clint e o John que recuperou do tiro que levou no braço, planearam uma missão de invasão à base da Doença. Eram 21 agentes. Infelizmente Bruce não conseguira invadir a instalação da doença enquanto contiam a aranha pois Steve pedio que esperasse por Clint, para poderem atacar. 
 
Então por 2 meses esse grupo visitavou secretamente os arredores da instalação da Doença. A instalação era enorme. Com cercas que cercavam toda a instalação a uma distância de 1 km. A partir dessa cercas existem várias câmeras de segurança espalhadas pelas árvores que permitiam observar quem chega. As porta de entrada da instalação tem duas muralhas de 30m de altura. Por 2 meses eles estudaram a rotina dos agentes da Doença. E eles encontraram uma brecha. Pois todas as terças-feiras ás 21:30 o agente que vigiava que vigiava as muralhas tinha uma pequena pausa de 7 minutos. Eles descobriram isso após estudarem os pontos cegos de onde as câmeras de segurança não atingiam.

Os soldados estavam a se preparar para a primeira invasão. Então no dia 9 de março de 1982, eles  infiltram-se. Primeiro eles tiveram que fazer um pequeno buraco para poderem passar de baixo da cerca. Pois as mesmas tinham sensores. Eles tinham 12 segundo para saírem de perto da cerca pois uma das câmeras ia se virar para o local onde eles estavam e eles sabiam muito bem disso. Eles muito rapidamente correm para de trás de uma árvore que não tinha nenhuma câmera. E eles vão repetindo o processo várias vezes até chegarem ao pé das grandes muralhas. E já eram 21:31 então eles tinham 6 minutos para concluir o próximo passo.

Os nossos agentes atiraram várias cordas com um gancgo na ponta de cada uma. As cordas encaixaram possibilitando os agentes subirem para cima das muralhas. Lá em cima os agentes já não sabiam de mais nada então tinham de se guiar pelos seu instinto. 
 
Bruce: O mais difícil já passou. E mesmo assim passamos rápido. 
 
Clint: Temos que agir rápido. Vamos apenas resgatar os nossos cientistas, e ir embora. 
 
Bruce: Certo.
 
No topo das muralhas existia uma porta.
 
Jhon: Vamos pela porta. Mas sempre á lerta.
  
Eles passam pela porta e deparam-se com escadas que apenas levavam para baixo. Possivelmente para dentro da instalação.  
 
Jhon: Sempre com as armas apontadas.
 
Porem enquanto desciam as escadas nenhum deles reparou que havia uma câmera de segurança.
Eles seguem descendo, lentamente. Quando descem todas as escadas dão de cara com outra porta. 
 
Bruce: Ok é agora, 1..2..3, VAMOS.
 
Clint arromba a porta que dava para um corredor da instalação. Um alarme é ativado. E várias luzes vermelhas começam a piscar por todo o corredor. 
 Vários cientistas estavam a passar pelo corredor quando eles abriram a porta. E todos eles estavam com um olhar de espanto. Porem nenhum agente iria poupar nenhum ser vivo que fizesse parte da Doença. Então balas saim das armas do agentes da fundação em direção aos cientistas.  Nesse processo 6 cientistas morreram e outros fugiram. Os soldados da fundação caminham pelos corredores com toda a atenção. Metade dos agentes miravam para a frente enquanto a outra metade mirava para trás. Mais alguns passos e os agentes da Doença começaram a contra atacar. Porem por ser um ataque surpresa os nossos soldados tinham a vantagem. As balas voavam pelos corredores. Como era um ataque surpresa poucos agentes estavam na instalação no momento da invasão o que facilitou a penetração pela instalação a dentro.  
 
Bruce: NÓS ESTAMOS A CONSEGUIR… ESTAMOS MESMO A CONSEGUIR! 
 
Jhon: AINDA NÃO ACABOU, ENTÃO É PARA TERMOS ATENÇÃO TOTAL. 
 
Os agentes da fundação conseguia eliminar facilmente os soldados da Doença, porém começaram a ficar perdidos pelos corredores. Foi quando eles viraram á direita que deparam-se com vários agentes da Doença com duas metralhadoras de chão plantadas. Eles assim que veem os agentes da fundação apertam o gatilho disparando varias balas que perfuram 8 agentes da fundação. Desses agentes apenas 3 conseguiram se esconder a trás da parede com vida.  
 
Bruce: MERDA… ESSE MERDAS ESTÃO COM METRALHADORAS DE CHÃO. 
 
Agente Lucky: Porra acho que foi atingido nesta porra.
 
Clint: DAVID APLICA PRESSÃO NA BARRIGA DO LUCKY.  
 
Agente da Doença: O QUE ACHAM DISTO? 
 
As balas das metralhadoras estavam a destruir a parede onde os agentes estavam escondidos. O agente Boby coloca apenas a sua armas para fora e despara acertando um agente da Doença no braço. Mas uma bala da Doença atinge a arma dos mesmo, estragando-a. Mas a situação só estava a piorar. Agentes da Doença começaram a aparecer por de trás dos nossos agentes. As balas dos inimigos atingiram 3 dos nossos agentes. Uma granda lançada por Jhon foi a solução para os que apareciam por de trás. A granada explode, e com a explosão tudo á volta vai a baixo, o teto cai as parede vão a baixo. E os inimigos que estavam a trás dos agentes da fundação foram pelos ares. Algumas lascas de destruição acabam por atingir a perna de Jhon. 
 
JHON: PUTA MERDA.
 
Os agentes da Doença pararam para recarregar as metralhadoras. E um agente ingénuo tenta matá-los pondo-se exposto. Os soldados da Doença estavam mesmos a recarregar porem eles ainda tinha as suas armas pessoais. Que utilizam para matar o agente. 
   
Um silêncio pairou sobre a zona de guerra. Atrás dos agrntda Doença havia uma porta de metal. E de lá uma gargalhada soa por toda a instalação cortando.  
 
?????: HAHAHAHAHA…haha.
 
soldado da doença: Senhor tem que se proteger. 
 
?????: Sem problema… não tenho medo. 
 
Bruce: quem está a falar?  
  
?????: Acho que já deves ter ouvido falar de mim? Mas recomendo não meteres a cabeça para espreitares. 
 
Clint: Chega de jogos! Nós só precisamos dos nossos ciênciatas.  
  
?????: Voces já recuperaram um deles. 
 
Jhon: Como assim? O que queres dizer com isso?
 
?????:  Sim. Sem brincadeiras. Aquela aranha que capturaram a uns meses a trás. 
 
Steve: AQUELE NÃO É NENHUM DOS NOSSOS CIENTISTAS.
 
?????: É sim. Ele chama-se Halan. 
 
Steve: O que vocês fizeram com ele? 
 
Bruce: Já sei quem tu és! MARK O MAIS LOUCO E PERVERSO DE TODOS OS CIENTISTAS. 
 
Mark: Acertaste… em cheio. E agora nós vamos vos dar 2 escolhas. Podem ficar aqui e morrer para os nossos reforços que estam ao caminho ou podem ir em bora! O que achas? 
  
Bruce: Infelizmente não temos escolha. 
 
Jhon: Eu fico até martar esses merdas. 
 
Steve: Eu também. 
 
Clint: Vamos pensar com a cabeça. A exployda granada causou um buraco no teto. Podemos ir embora por ali. 
 
Lucky: E não consigo me mexer. Eu fico.
 
Agente Xavier: Eu também estou a dar as últimas. 
 
Mark: Tem 1 minuto para decidir.  
 
Bruce: VAMOS EMBORA JÁ!  
  
Clint: Eu posso carregar Lucky.
 
Steve: se for para ir  levamos os feridos. 
 
Clint: Eu levo o Xavier!
 
Bruce: temos que ir agora.  
 
Os agentes saiem pelo o buraco no teto. Com a explosão uma parede ficou a servir de rampa para os agentes poderem sair. Eles saiem pelas traseiras da instalação. E conseguem voltar para os veículos a salvo.
 

Numa instalação da Doença.
Está um homem com um terno, esse homem tem a pele metade humana e outra metade réptil, o nome dele é Senhor Morkoff “um dos fundadores da Doença”. De seguida um homem com os olhos laranjas, como chamas a arder, aproxima-se de Morkoff. Foi então que o senhor Morkoff, fala para esse homem.  
 
Senhor Morkoff: É um prazer conhecê-lo.